Multivitamínicos – Os superpoderes das vitaminas e dos farmacêuticos

Qual a relação entre multivitamínicos, o papel do farmacêutico e o período que vivemos? 

A procura de multivitamínicos é uma tendência em período de pandemia, e cresceu vs. 2019. O farmacêutico desempenha um papel fundamental para a saúde publica e no
apoio à população, que foi mais evidenciado e reconhecido durante o período de confinamento. Num mundo em mudança, que encontra no bem-estar uma nova tendência, o farmacêutico tem um papel de destaque e vê a sua importância reforçada.

Foi no século XX que foram descobertas quase todas as vitaminas conhecidas e nele nasceu o próprio conceito de vitamina, ou seja, uma substância aminada indispensável à vida. A etiologia da palavra, demonstra a sua importância, “vita”, em latim signifi ca “vida”, a palavra “amina” corresponde a “compostos orgânicos com azoto”. Ingerir diariamente os níveis de nutrientes adequados é um desafi o ao alcance de poucos. A ingestão de alimentos pré-preparados e congelados, com muitos conservantes e corantes, as refeições do tipo fast-food, os fritos, os alimentos ricos em açúcar e com elevado teor em gordura são consumidos em detrimento dos frutos, vegetais e cereais. Podemos afi rmar que, de uma forma geral, a dieta da população não assegura o aporte recomendável de vitaminas. Tal pode acontecer em qualquer idade, mas as crianças em fase de crescimento, as mulheres grávidas ou lactantes, os desportistas, os profissionais obrigados a esforço físico, os idosos com dietas monótonas ou pouco variadas, e todas as pessoas que não comem quantidades sufi cientes de frutos e legumes podem benefi ciar da toma de suplementos vitamínicos.

 

A suplementação alimentar é uma ajuda preciosa na manutenção do bem-estar, mas como saber quando é necessário um multivitamínico?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona o Farmacêutico como crucial na promoção da saúde pública e no uso racional do medicamento. Tem, ainda, como responsabilidade, informar e aconselhar o utente sobre o medicamento e a sua utilização (Wiedenmayer, K. et alii., 2006).

Toda esta ligação se estende também à intervenção do Farmacêutico na relação entre o utente e os multivitamínicos, na qual o Farmacêutico deve promover o uso racional e participar ativamente na vigilância da administração. Estes produtos, comercializados não só em farmácias, são utilizados, na sua maioria, por iniciativa própria do utente. Daqui advém a importância da intervenção farmacêutica. O Farmacêutico deve elucidar todas as dúvidas colocadas pelos utentes, clarificando o posicionamento dos multivitamínicos num regime alimentar equilibrado, como agentes
promotores de saúde e não como substitutos de uma alimentação racional (Ferraz, D. e Pinto, J., 2009).

 

E como pode o farmacêutico fazer o melhor aconselhamento de um suplemento alimentar?

Através de um conhecimento profundo das vitaminas e minerais, e identifi cando as necessidades específi cas de cada utente. As carências de minerais, como o zinco o cobre e o magnésio são algumas das mais comuns. No caso do magnésio este tem um papel fundamental no organismo, contribuindo para a manutenção da energia, diminuição do cansaço e controlo do stress.

Em relação a vitaminas, esta mesma carência acontece nas vitaminas do complexo B, na Vitamina D, E e também na vitamina C. A vitamina C tem um papel importante na produção de energia e sistema imunitário, podendo a sua falta gerar cansaço ou dores musculares.

A relação entre multivitamínicos e farmacêuticos permite um aconselhamento personalizado na suplementação, um combate à carência de vitaminas e minerais que afeta a população em geral, e a prevenção daquele que é um dos problemas de saúde pública dos dias de hoje, a automedicação. Com esta relação a funcionar de forma plena estamos mais próximos de garantir um bem-estar geral e consequente preparação a nível de saúde publica para os desafios que se avizinham.

“Sem Saúde não há felicidade; sem vitaminas não há saúde; logo, sem vitaminas não há felicidade.”

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