Medal Seguros: “Os seguros são um negócio de pessoas”

A MEDAL nasceu há 22 anos, mas só agora se assume enquanto a maior consultora de seguros e de risco do Algarve. Fundada por Henrique Pinheiro, esta empresa caracteriza-se como um valor regional, assente numa filosofia de contacto direto com os clientes, prezando a palavra dada e a ética acima de qualquer transação. Foi sobre estes temas e o futuro que o diretor-geral da MEDAL falou, numa entrevista que decorreu em Portimão, no escritório da empresa, recentemente remodelado.

A vida profissional de Henrique Pinheiro esteve sempre ligada à área dos seguros. Pouco depois de fazer 20 anos, teve a oportunidade de ir trabalhar para Lisboa e, garante, essa foi uma fase muito importante da sua aprendizagem profissional. “Fui para Lisboa em 1979, trabalhar numa empresa multinacional num corretor de seguros onde alguns dos diretores tinham experiência  internacional e trabalhado em Londres, que é conhecida como a pátria dos seguros, e eu pedia para ficar a ouvir os diálogos deles, já depois da hora de saída do trabalho, para perceber como é que se faziam os grandes negócios – ou, por vezes, os mais complicados – desta área”.

Durante os seis anos que viveu e trabalhou na capital portuguesa, Henrique Pinheiro fez amigos e, sobretudo, muitos contactos e aproveitou  para tirar o Curso Geral de Seguros que lhe deu bases sólidas para a sua vida profissional porque alguns dos professores  eram dos melhores profissionais do mercado.  Em 1985 regressa ao Algarve. “Vim trabalhar novamente para uma multinacional, desta feita ligada à subscrição de seguros numa seguradora inglesa, a Royal Insurance. Em 1992, saí a convite do corretor onde tinha trabalho em Lisboa, para abrir o escritório do Algarve”.

Henrique Pinheiro exerceu funções de diretor regional no corretor de ceguros durante os três anos seguintes. No início do ano de 1996, lançou-se,  no projeto da sua vida, num negócio por conta própria e com um sócio. Assim nasceu a MEDAL. “Desde 2008 que assumi sozinho o destino da empresa, com a equipa de pessoas que ainda hoje me acompanha e tem sido de uma lealdade tremenda”.

Os valores da palavra e da ética são a base do negócio

O facto de ter iniciado a sua carreira profissional em Lisboa deu a Henrique Pinheiro uma visão global desta área, o que lhe permitiu saber que valores e que mercados queria alcançar. “Começámos do zero. Criei a empresa sem ter nenhuma carteira de clientes. A experiência entretanto adquirida permitiu-me fazer uma leitura do mercado algarvio e percebi desde logo onde queria posicionar a empresa, mas tinha noção que só conseguia isso trabalhando bastante e dando provas do nosso valor”.

Henrique Pinheiro sempre viu a área dos seguros como sendo um negócio de pessoas para pessoas, por isso a palavra dada era um valor tão intrínseco como uma assinatura: “quando comecei neste setor, havia a formalidade de tomar nota das visitas e ou telefonemas, com a data e a hora do dia que nos eram dadas. Isso significava que, a partir daquela hora e daquele dia, em que eu tinha dito a alguém que ia avançar com o seu seguro, aquilo era para cumprir. A MEDAL ainda hoje usa esses mesmos formulários no seu dia-a-dia”.

Valores como a ética, a idoneidade e a credibilidade – da pessoa e do negócio – são o foco desde a sua fundação, como o próprio Henrique pôde comprovar, aquando da sua visita ao famoso Lloyds, em Londres. “É o maior mercado de seguros do mundo e prevalece o valor da palavra e da pessoa. O ‘cara-a-cara’ é muito importante. É nestes valores ancestrais que baseamos também o nosso trabalho na MEDAL”.

“Não há uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão”

É com esta frase que Henrique justifica a forma de trabalhar da sua empresa: “Todos os nossos clientes nos conhecem pessoalmente. Os emails, telefonemas são quase sempre o passo que se segue à apresentação pessoal e nunca o contrário. Valorizamos o facto de, se prometemos telefonar a alguém num determinado dia, fazê-lo, ainda que não tenhamos a resposta prometida. É importante que o cliente perceba que é uma pessoa, em primeiro lugar”.

Em jeito de exemplo, Henrique Pinheiro recorda o momento trágico dos incêndios de Monchique do verão passado, quando o seu responsável de Sinistros acompanhou durante dias os peritos das respetivas seguradoras com as quais a MEDAL trabalha, para perceber como estavam os clientes e apoiá-los, numa altura crítica e triste das suas vidas. “Não podemos estar presentes só nos bons momentos. Queremos que os nossos clientes saibam que podem contar connosco em todos os momentos da sua vida”. Além disso, é a MEDAL quem avança com as indemnizações, quando os sinistros ocorrem: “as seguradoras são, pessoas de bem mas menos ágeis que nós, porque são estruturas maiores. Demoram sempre são mais burocráticas. A MEDAL por norma avança com o pagamento da indemnização ao cliente – sobretudo quando se trata de casos de sinistrados em acidentes de trabalho, em que uma indemnização rápida pode realmente fazer a diferença na vida de uma família”.

A marca registada MEDAL

Sem qualquer base anterior, a MEDAL construiu o seu nome a pulso, baseada nos valores anteriormente citados da ética e da palavra. O diretor-geral está orgulhoso do caminho percorrido e explica porquê: “ao entrarem nos nossos escritórios, os clientes não veem nenhum nome de seguradoras. Veem a MEDAL. O único local onde se vêem referências às seguradoras com quem trabalhamos é nas nossas salas de reuniões “. Neste momento, a empresa já tem um percurso de sucessos e confiança que permite assumir-se enquanto consultora e distribuidora de seguros, ao ponto de conseguir proporcionar seguros exclusivos aos clientes. “As bases e clausulado das apólices são muito semelhantes entre seguradoras, contudo nós conseguimos adaptar o produto ao cliente, nomeadamente com a criação de cláusulas próprias e coberturas únicas no mercado, que satisfazem necessidades e nichos de mercado muito específicos ”.

Os clientes MEDAL dividem-se entre particulares e empresas, sendo que os particulares são sobretudo estrangeiros residentes: “era um nicho de mercado que percebemos muito cedo há mais de 20 anos que não tinha ainda soluções à sua medida e quando surgimos no mercado quisemos corresponder às expectativas e necessidades dessas pessoas”. Por esse motivo, os colaboradores da MEDAL falam e escrevem em inglês fluentemente e alguns, francês e mesmo alemão. “São clientes que prezam a qualidade do serviço e que gostam de se sentir confortáveis quando confiam o seguro do seu património a alguém como nós. Queremos que os nossos clientes possam entrar aqui e falar na sua língua, para estarem o mais à vontade possível”. Em resultado dessa particularização de mercado, a MEDAL tem uma parceria de longa data com a Afpop, a Associação de Proprietários Estrangeiros Residentes em Portugal que, de acordo com a opinião de Henrique Pinheiro, é indestrutível.

No que toca ao mercado das empresas, a hotelaria é a área de negócio predominante, mas as empresas das áreas da energia renovável, da saúde, informática e construção civil são uma parte importante dos clientes da MEDAL: “a confiança que depositam em nós resulta da nossa credibilidade, conseguida ao longo de muitos anos de trabalho, bem como da nossa proximidade. É importante passar a mensagem de que um seguro não tem de ser uma coisa burocrática e difícil de fazer, desde que se tenha a empresa certa ao lado”.

Um futuro promissor e com espaço para crescer

Com um escritório em Portimão e uma filial em Almancil, a MEDAL está agora em processo de abertura de um novo espaço, desta feita em sociedade com uma outra empresa, no Estoril: “é uma região do país que tem o tipo de cliente que valoriza o nosso serviço e produtos. Além disso, ainda temos espaço para crescer de uma forma sustentada com os clientes já existentes, pois temos muitos que ainda são mono produto. Acredito que, nos próximos anos, continuaremos  crescer a dois dígitos”.

Deixando uma palavra final de agradecimento aos 16 colaboradores e clientes que o acompanham neste projeto, Henrique Pinheiro relembra que é importante não esquecer que a MEDAL é uma empresa de serviços e que é a proximidade com o cliente e a idoneidade da empresa que os fidelizam. “Temos clientes principalmente empresas cujo património ascende a milhões de euros de capitão seguro. Os nossos clientes confiam em nós temos de continuar dar-lhes um serviço, sério, credível e em consonância com o prestígio que alcançámos. A remodelação do nosso escritório aconteceu para que o espaço físico correspondesse à filosofia da empresa. Assumimos com sentido de responsabilidade a nossa importância e notoriedade  no mercado regional e mesmo nacional, no nosso setor. Com a filosofia de sempre, que nos ajudou a chegar até aqui ,valorizando a confiança de cada seguradora e de cada cliente ”.

 

 

 

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