Esmaltina: 50 anos a reinventar-se

Nascida em 1970 em Sangalhos, região outrora conhecida como a ‘capital da bicicleta’, a Esmaltina é uma empresa familiar que se dedica ao fabrico de velocípedes. Paulo Lemos é o atual administrador e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecer as novidades implementadas após quase 50 anos de atividade.

Há quase 50 anos na vanguarda das bicicletas, a Esmaltina foi fundada em 1970 por Manuel João Monteiro, e continua a dedicar-se à construção de bicicletas de alta qualidade que revivem a tradição portuguesa na excelência no fabrico, usando tecnologias de ponta na produção desta arte sobre rodas. Muitos anos passados sobre os saudosos modelos BMX e Fúria, esta empresa continua a produzir os modelos clássicos abraçando uma versão mais contemporânea além dos modelos que desenvolvem para diversas marcas. São assim fabricados modelos para crianças e adultos, homens e mulheres. Existem bikes para utilização desportiva e radical, bicicletas citadinas, dobráveis, ‘fat bikes’ e ‘beach cruiser’, bem como bicicletas elétricas e demais componentes para os veículos de duas rodas.

Inovação: o segredo do sucesso
A origem dos componentes na indústria do ciclismo já não é segredo, mas a diferenciação está na inovação, quem o diz é o nosso entrevistado, Paulo Lemos. “Por isso, há cinco anos fizemos uma remodelação total na fábrica. Quer em termos de layout, quer em termos de capacidade do que estávamos dotados. Aumentamos a nossa capacidade de produção, reinventamos o nosso armazém de stockagem (que conta agora com capacidade para 7.500 paletes), por forma a mantermos um ritmo de produção elevado. Assim, fazemos a stockagem dos nossos clientes e distinguindo-nos pelo know-how tecnológico”.
O mercado mudou e as exigências impostas pelos clientes são cada vez maiores. “Hoje em dia, o mundo das bicicletas tem um sem fim de peças distintas para a sua produção, o que antes era verdade, hoje já não existe. No início da nossa atividade, os clientes compravam o que nós produzíamos, hoje nós produzimos o que os nossos clientes precisam”, deu-nos conta o porta-voz da Esmaltina.
Após um grande investimento em todo este desenvolvimento tecnológico e na formação dos quadros da empresa, a marca fabricante de bicicletas orgulha-se de ser requisitada por grandes distribuidores europeus que a consideram “capaz e bastante eficiente”. Nesse seguimento, a Esmaltina “exporta cerca de 70 por cento da sua produção”, refere o entrevistado.

Mobilidade elétrica – o futuro
A Esmaltina, em parceria com alguns dos seus clientes, deu os primeiros passos na produção de veículos de duas rodas movidos a eletricidade. Esta evolução tornou-se necessária devido à cada vez maior consciência ambiental existente e, assim, maior recurso à utilização de bicicletas na rotina diária das pessoas, conclui Paulo Lemos, administrador da Esmaltina.

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