Um passo à frente na mobilidade elétrica

Tratando-se de uma empresa com uma forte missão ecológica, a Volt-e tem disponibilizado soluções para o carregamento de veículos elétricos. Em entrevista, Júnior Braga (CEO), fala-nos sobre o mais recente investimento da empresa.  

Júnior Braga, CEO da Volt-e

 

Recuemos a 2018, ano em que tudo começou. Porque decidiu criar a sua própria empresa e num ramo tão diferenciador como a mobilidade elétrica?

O grande impulso para a criação da Volt-e foram as dificuldades sentidas após a reconversão da frota da empresa têxtil do meu pai, por veículos 100% elétricos. Com esta adaptação, surge uma lacuna importante: o carregamento. Era necessário criar soluções que permitissem uma autonomização face às escassas ofertas de carregamento, até então pouco preparadas para dar resposta a frotas totalmente elétricas.

O facto de se tratarem de veículos com caraterísticas completamente distintas entre si, fez com que eu percebesse a importância do desenvolvimento de produtos adaptados às caraterísticas de cada veículo e às necessidades do seu utilizador.

Em paralelo com a Volt-e lancei também, em simultâneo, uma empresa TVDE com veículos 100% elétricos.

 

A Volt-e tem sido um verdadeiro exemplo no que concerne à preocupação com o meio ambiente e, por isso, dispõe de uma variedade de soluções para a automatização dos veículos elétricos. Explique em que consistem cada uma delas.   

A ideia passa por perceber as necessidades de quem compra um veículo elétrico, seja para uso pessoal, ou profissional, e encontrar a resposta certa, com opções de carregamento mais rápido, para locais em que o tempo de permanência seja de curta duração, como um parque de um centro comercial, ou situações em que o carregamento possa acontecer de forma mais lenta, como por exemplo parques de escritórios, habitações, condomínios, entre outros.

Lançámos, por exemplo, um carregador doméstico para instalação nas habitações, com integração à rede Mobi-e, de forma a que a energia consumida nos carregamentos das viaturas elétricas possa ser imputada às empresas. Já fizemos chegar ao mercado as mais diversas soluções de carregamento em carga DC de baixa e alta potência para empresas, frotas e rede pública.

O caminho passa por continuar a acompanhar a transição elétrica com soluções adaptadas às novas dinâmicas de mobilidade das empresas e consumidores.

 

Podemos dizer que a Volt-e tem ao seu serviço uma equipa altamente qualificada, que garante o apoio e acompanhamento necessário, bem como a instalação, ligação e operação dos equipamentos?  A aposta na inovação e nas novas tecnologias, é também uma das vossas maiores preocupações?

Os nossos valores são a flexibilidade, eficácia e rapidez, na linha da frente de um mercado exigente e competitivo, onde as novidades surgem ao ritmo do pensamento.

Desde o desenvolvimento de software e produto, avaliação, manutenção, instalação e área comercial, na Volt-e há sobretudo o aconselhamento, a formação e a proximidade em cada uma das diferentes etapas.

A mobilidade elétrica e a energia verde estão a revolucionar o mundo e os sistemas inteligentes, sustentáveis e amigos do ambiente que a Volt-e tem desenvolvido estão a acompanhar essa mudança de paradigma. Instalámos, recentemente, a primeira estação de carregamento rápida, alimentada por painéis solares no The Scientific Center Kuwait, centro de educação ambiental de referência na região do Golfo Pérsico.

 

Sabemos que investiram, recentemente, numa unidade de produção de máquinas de produção de almofadas de ar em plástico 100% reciclável. Porque é que decidiram dar este passo e investir numa nova área de negócio?

Como uma empresa com forte missão ecológica, temos como ambição incentivar as empresas e os empresários a tomarem decisões conscientes. Com o aumento exponencial do e-commerce, a Volt-e evoluiu para uma nova área de negócio dentro do grupo: uma unidade de de máquinas de produção de almofadas de ar em plástico 100% reciclável.

As máquinas de enchimento de almofadas de ar, compostas por plástico 100% reciclável, vêm permitir economizar recursos e incentivar a reutilização, num mercado que, habitualmente, desperdiça quantidades desmedidas de plástico e papel para embalamento. A ideia passa por comercializar estas máquinas por todo o país, de forma a tornar as empresas cada vez mais autónomas e sustentáveis, produzindo o seu próprio embalamento e reutilizando-o sempre que possível.

 

Acredita que o trabalho que tem sido desenvolvido pela Volt-e em matéria de sustentabilidade, poderá ser um exemplo a seguir pelas empresas a atuar no mercado nacional? É nesse âmbito que surge, por exemplo, a parceria com a Associação Empresarial do Minho (AEMinho)?

A mobilidade das empresas está a mudar, mas ainda há muitas dúvidas e mitos, nomeadamente, a questão da autonomia de um elétrico. Importa mudar o ‘mindset’ e reinventar o conceito de ‘abastecimento’, criar infraestruturas, assim como novas soluções e serviços que descompliquem o dia-a-dia e tenham em conta as necessidades específicas de cada sector de atividade, rumo a uma mobilidade cada vez mais ecossutentável e autossuficiente.

Reduzir a pegada ecológica deixou de ser uma opção, mas cada vez mais um dever cívico de todos e queremos estar ao lado das empresas neste caminho.

 

Onde vê a Volt-e daqui a cinco anos? Que projetos tem em vista para o futuro da empresa?

Não escondemos o nosso orgulho por vermos todos os nossos estudos sobre mobilidade elétrica materializados numa empresa que hoje se assume como um dos principais players do sector.

Hoje as nossas soluções estão presentes em países como Espanha, Suíça, Irlanda, Itália, Alemanha, Brasil, República Dominicana, Kuwait e Dubai e a viagem segue rumo à meta da neutralidade carbónica. Trabalhamos diariamente no desenvolvimento de novas soluções. O facto de termos uma vasta gama de produtos no mercado e de operarmos com operadores de frota, empresas e clientes finais, permite-nos ter uma visão abrangente, acompanhar tendências e desenvolver soluções de software inteligentes, em consonância com aquilo que é hoje a realidade da indústria 4.0 e da digitalização. Esta é uma área de evolução contínua, parar significa ficar para trás.

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