Optocentro surpreende com loja interativa em Lisboa
A propósito das inúmeras novidades da Optocentro (novas instalações, inovação tecnológica e aposta na sustentabilidade), entrevistámos Rui Motty, CEO da Optocentro.
A Optocentro está presente em Lisboa, Porto e Maputo, onde continua a levar o melhor da ciência em ótica e optometria a todos os clientes. Qual a identidade da Optocentro e quais os serviços de que dispõem atualmente?
A estratégia que adotamos não é um segredo guardado a sete chaves. Em primeiro lugar, procuramos ser genuínos no modo como nos relacionamos com os clientes. Porque estamos a falar de saúde visual, esta relação deve ter a consistência do conhecimento técnico e científico, a oferta de produtos de qualidade superior e, obviamente, orientada para os valores da sustentabilidade. A tecnologia adequa o conhecimento e possibilita respostas mais eficientes em áreas nicho da optometria e da contactologia. Apreendemos e desenvolvemos competências para as lentes progressivas posturais, técnicas de adaptação para lentes de contacto Ortho-k, multifocais, esclerais e cosméticas para fins de correção das anomalias estéticas congénitas ou adquiridas. Há 20 anos, criámos um serviço inovador de apoio domiciliário em optometria a que chamamos Express Home Vision Care. Temos um gabinete para adaptação de próteses oculares e, no novo projeto, em parceria com uma mentora de desenvolvimento pessoal e executivo, abrimos uma consulta de coaching e mentoring para pessoas cegas ou com baixa visão. Mas, para que fique claro, também fazemos tudo aquilo que aparentemente é simples, lentes descartáveis e óculos de -0.25.
Recentemente, abriram uma nova loja em Lisboa. Como é que essa loja melhora a experiência de compra para os clientes? Quais as principais tecnologias que foram incorporadas no novo espaço?
Na verdade, mudámos de instalações. Adquirimos as instalações que pertenciam à CGD, imediatamente ao lado da antiga loja, com uma área de 720m2. Uma oportunidade única, um privilégio! A impactante frente de loja, com cerca de 15m2, facilmente identificada pelos transeuntes, oferece a possibilidade de expor com maior visibilidade os melhores artigos que possuímos. Foi um projeto desenhado a partir dos conceitos da sustentabilidade e da eficiência energética. Fizemos refletir a essência dos valores da economia circular na estrutura do edifício, através do aproveitamento de diversos equipamentos, como o chão, armários, luminárias e algumas condutas do ar condicionado. Como um exercício criativo, desafiámos a nossa equipa a produzir uma instalação artística. Construíram flores com as pétalas feitas a partir de lentes usadas. Algumas das obras de arte expostas foram encomendadas na condição de mostrarem o aproveitamento dos resíduos que se produz em óticas. Comprámos e recuperámos cadeiras de esplanadas usadas, a cadeira Lusa, e bancos de jardim em ferro forjado. Investimos em dois sistemas hidráulicos ecológicos, com filtro centrifugador integrado, que reduz pelo menos 90% no consumo de água. À vasta coleção de óculos que comercializamos, inovámos com a venda de óculos usados, o nosso programa Reframed, dando nova vida aos óculos velhos. A opção do teto aberto e despojado, é o de conferir ao espaço um toque industrial, informal, moderno e despretensioso, muito ao jeito dos lofts nova iorquinos. Melhorámos a experiência dos clientes introduzindo um ecrã digital interativo com a vertente virtual try-on. Oferecemos a experiência de um jogo educativo com foco na limpeza dos oceanos em realidade virtual. Para crianças, os pontos ganhos dão créditos na compra das lentes. Poderá ser surpreendido pelo nosso assistente Okli, um robot que se passeia pela loja muito compenetrado no seu trabalho. Enquanto esperam pelos óculos, os clientes podem resolver alguns quebra-cabeças projetados num ecrã.
A tecnologia que adquirimos para complementar a nossa clínica de optometria, faz parte da última geração de equipamentos aonde a IA se encontra patente, sobretudo na vertente qualitativa da avaliação, procurando despistar e prevenir. Estes dois critérios são muito importantes, tendo em conta a responsabilidade assumida como agentes no posicionamento da saúde visual. O conceito deste espaço reflete a cultura de diversidade, equidade e inclusão da nossa organização, especialmente quando se constatam alguns dos programas de responsabilidade social que praticamos.
Quais as expetativas da Optocentro em termos de impacto no mercado com a abertura desta nova loja? Essa abertura faz parte de uma estratégia maior de expansão?
Considerando que a loja antiga, por ser pequena, era praticamente impercetível vista da rua, 95% da nossa atividade desenrolava-se no 1ª e 2º andar, esta, pelo contrário, possui uma apelativa fachada, reduz as barreiras à entrada de clientes, promove e destaca geograficamente a marca Optocentro numa das avenidas mais nobres de Lisboa. Aumentámos expressivamente o reconhecimento da nossa presença na capital. Dos desafios que o mundo nos oferece, para nós, este é um momento de consolidação. Temos duas outras lojas com um grande potencial de crescimento, a loja da rua da Prata e a da João XXI, no edifício da CGD. Mas, não deixaremos de estar atentos às oportunidades que poderão vir a surgir.
Quais são os objetivos e a estratégia futura da Optocentro para continuar a assumir-se uma referência no setor?
O nosso principal objetivo é alinhar todas as nossas unidades de negócio numa rota de crescimento sustentável. A utilidade pública do conjunto das atividades que dominamos, tanto nos serviços de ótica ocular, como na optometria, impõem uma moldura de responsabilidade e transparência profissional. Centrar a estratégia de desenvolvimento da atividade da Optocentro com o ESG, focada em pessoas, para pessoas e procurar contribuir para o atingimento da meta proposta pela União Europeia da neutralidade carbónica em 2050. Não foi por acaso que fomos fundadores da AASO (aaso.pt), Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica.