25 anos de ensino em Ciências da Saúde

Miguel Castelo-Branco, Professor Catedrático e Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior

A Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior faz 25 anos, desde a sua criação. Foi resultado da decisão do governo de então, de criar duas novas faculdades de medicina, uma das quais situada no interior do país. Entre as várias candidaturas, a UBI conseguiu. A inovação que, quer o curso de Medicina da Universidade do Minho, quer o curso de Medicina da Universidade da Beira Interior, trouxeram ao ensino da medicina, antecipou o processo de renovação pelo qual todas as Escolas Médicas portuguesas passaram, nos últimos anos. A preparação dos médicos formados nas escolas portuguesas é reconhecida como de muito boa qualidade, mesmo internacionalmente. A presença do curso de Medicina e de outros cursos de Ciências da Saúde; Ciências Biomédicas, Ciências Farmacêuticas e Optometria, na Universidade da Beira Interior, bem como do Centro e Investigação em Ciências da Saúde, trouxe desenvolvimento e contribuiu para melhorar a coesão territorial e também ajudou a elevar a qualidade dos cuidados de saúde da região. A ausência de algumas reformas no campo do Serviço Nacional de Saúde, associado a modelos anacrónicos de contratação de recursos humanos, não permitiu, até agora, a completa expressão do grande potencial. Agora, espera-se que a criação dos Centros Académicos Clínicos, entre os quais o das Beiras, decidida em 2017, pelo Governo, venha permitir o aperfeiçoar do aproveitamento das sinergias e recursos existentes entre as Escolas de Saúde, os Centros de Investigação em Saúde e as instituições de Saúde de Cuidados Primários e Hospitalares. Estou convicto que esta frente de ação pela saúde pode, de facto, contribuir para melhorar as condições de saúde dos portugueses, permitindo que ocorra uma verdadeira medicina personalizada, isto é, assente nas necessidades das pessoas e nas suas particularidades, sejam estas genéticas, sociais, ambientais, geográficas, ou qualquer outra e de qualquer natureza: preventiva, curativa ou de reabilitação.

A ideia dos Centros Académicos Clínicos é virtuosa. Apesar de existirem e terem demonstrado grande sucesso em muitos países, os modelos são diversos e necessariamente adaptados a cada país e à sua realidade, o modelo português precisa, primeiramente, que ocorra adequação legislativa para permitir o desenvolvimento do ecossistema, resultante da interface entre a Investigação, o desenvolvimento e capacitação dos profissionais e a prestação de cuidados de saúde. Do nosso lado, seja em Viseu, na Guarda, na Covilhã ou em Castelo Branco, nas cidades, nas vilas e aldeias, nesta parte interior do centro do país, iremos continuar a relacionarmo-nos com as comunidades, as autarquias, as instituições, as empresas, a contribuir para o avanço da ciência, para a prestação de serviços à comunidade, para os cuidados de saúde e da doença com a maior qualidade, assegurando que ao cidadão das nossas regiões sejam dadas as melhores condições que a ciência possa oferecer.

 

Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde é celebrado, anualmente, a 7 de abril.
A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1948, aquando da organização da primeira assembleia da OMS. Desde 1950 que, no dia 7 de abril, se celebra o Dia Mundial da Saúde.
O Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade única de alertar a sociedade civil para temas-chave na área da saúde, que afetam a humanidade, além de desenvolver atividades com vista à promoção do bem-estar das populações, tal como a promoção de hábitos de vida saudáveis.
Nas escolas portuguesas realizam-se várias atividades escolares para incutir aos alunos a importância da manutenção de um estilo de vida saudável.

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