“Todos os anos tentamos potenciar o evento, com o objetivo de atrair mais pessoas”

Este ano, a Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve celebra-se de 15 a 23 de outubro. José Bernardo Nunes, Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, salienta que o certame dá a conhecer os principais atores económicos do concelho, os produtos locais, a qualidade e diversidade da gastronomia, os vinhos leves da região, as tradições, bem como as pessoas e a forma como sabem receber e acolher quem visita o Cadaval.

 

O certame Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve inclui anualmente gastronomia, exposições, espetáculos e atividades equestres, bem como o anual Concurso de Vinhos Leves de Lisboa. Estas são as principais razões para visitar o Cadaval e participar neste “brinde” anual ao final das colheitas e aos produtos regionais?

José Bernardo Nunes, Presidente

Só faltou referir a eleição da Miss Adiafas, que também acontece durante o certame, mas sim, estas são razões fortes para visitar o Cadaval.

Digamos que, em apenas 10 dias, é possível ficar a conhecer os principais atores económicos do concelho, os nossos produtos locais, a qualidade e diversidade da nossa gastronomia, os vinhos leves da região, as nossas tradições e, o mais importante, as nossas pessoas e a forma como sabem receber e acolher quem nos visita.

Este ano, a Festa das Adiafas e Festival Nacional do Vinho Leve celebra-se de 15 a 23 de outubro, contudo o evento conta já conta com várias edições. O que é que os visitantes podem esperar da edição deste ano? Está preparada alguma surpresa?

Depois de um interregno de dois anos, o que sentimos é uma enorme vontade de retomar o evento por parte das associações, que são nossas parceiras na parte gastronómica, mas também dos expositores em geral.

Já todos sentimos, durante as muitas festas de verão, que as pessoas estão ávidas do convívio e de diversão, por isso preocupámo-nos em ter um programa de animação que vá ao encontro dos interesses dos mais novos aos mais velhos, sem descurar a vertente empresarial.

Todos os anos tentamos potenciar o evento, com o objetivo de atrair mais pessoas, quer para a vertente económica nos expositores, quer para o espaço de gastronomia.

Não sei se sabe, mas toda a parte de gastronomia da Festa das Adiafas é assegurada por voluntários das associações do concelho que também encontram aqui uma fonte de receita para as suas atividades ao longo do ano. É uma espécie de economia circular (risos).

Posso adiantar que teremos um canal de televisão nacional a transmitir um programa em direto logo no primeiro sábado, bem como teremos no cartaz um concerto do José Cid. Parece-me que são boas surpresas para quem cá vive, mas também para quem não conhece o Cadaval, será uma boa oportunidade para nos visitar.

 

O recinto junto ao Campo da Feira do Cadaval tem acolhido, anualmente, desde o ano de 2009, um certame sobejamente apreciado na região. O que representa o certame para o Município do Cadaval, em termos económicos e sociais? Pode dizer-se que duas das principais atividades económicas da região são a fruticultura e a vitivinicultura.  Há mais alguma atividade que possa destacar-se?

A Festa das Adiafas é essencialmente uma montra das nossas principais atividades económicas, mas também tem um significado social muito importante para a nossa população, pois marca o encerramento de um ciclo nas culturas agrícolas e o início de um novo ano que se espera sempre melhor.

A fruticultura e a viticultura são efetivamente as atividades económicas com mais expressão, mas temos aqui sediadas uma série de empresas na área do comércio e do agroalimentar com um peso significativo na nossa economia e na da região.

A economia social, tem também uma grande expressão no nosso concelho, quer no serviço prestado, que vai para além do nosso território, quer na empregabilidade que significa.

 

A Serra de Montejunto é o ex-líbris do Cadaval. Que outros pontos turísticos destacaria no concelho?

Efetivamente o Montejunto é um espaço fantástico onde temos investido recursos, não só na criação de infraestruturas mas também no estudo e preservação daquele monumento natural, que tem um potencial imenso e que ainda pode crescer muito, em termos de oferta turística.

Aquilo que temos para oferecer ao turista é, sem dúvida, a nossa paisagem, que é aquilo que nos dizem sempre “vocês vivem num sítio lindo”; “adoramos os vossos campos sempre verdes”; “tá tudo tão arrumadinho na vossa paisagem”.

A pouco e pouco, temos também vindo a melhorar substancialmente as infraestruturas das nossas aldeias e, mais recentemente, a própria ligação entre as aldeias.

Diria que, de forma natural, têm surgido diversos projetos turísticos, normalmente de pequena dimensão, que têm ajudado a projetar e a dar a conhecer o concelho, o que é muito positivo.

 

Relativamente à gastronomia, quais é que são os pratos típicos do Cadaval? Há algum com reconhecimento internacional?

Não temos propriamente um prato típico, mas temos uma forma muito própria de tratar e confecionar determinados pratos que fazem da nossa gastronomia única e muito apreciada por quem nos visita e não só.

Mas temos algumas iguarias, como o pão de ló Ti Piedade, ou os “Montejuntos”, tudo coisas doces e deliciosas.

 

Enquanto Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, o que tem em mente para o futuro do concelho? Que objetivos estratégicos assumiu para continuar o rumo de desenvolvimento do concelho?

Todos ambicionamos mais para os nossos concelhos e é isso que tenho procurado fazer ao longo dos mandatos que levo nestas funções.

Naquilo que depende de nós, ou seja, na criação e implementação de infraestruturas públicas de apoio à população, o empenho tem sido total e julgo que estamos ao nível dos melhores, à nossa dimensão.

No que depende do investimento privado, temos tido grandes investimentos no setor agrícola, mas gostaríamos de diversificar.

Julgo que estamos no bom caminho, na medida em que se assiste a uma tendência para a fixação de novas famílias no concelho e isso é um sinal que já começamos a ser mais atrativos. Atrair pessoas e o talento dessas pessoas é o que precisamos.

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