SWB – SEISMIC WORKBOATS : Experiência e competências únicas

Filipe Duarte, Naval Architect & Marine Engineer BSc, MSc, é o rosto da SWB – Seismic Workboats. Numa conversa informal, revelou-nos os segredos por trás do sucesso desta empresa.

Começo por lhe pedir que nos apresente a SWB.
A SWB – Seismic Workboats, é uma empresa que produz embarcações, fornecendo as melhores tecnologias e materiais disponíveis atualmente no mercado. A empresa tem como objetivo o projeto e construção de embarcações de trabalho, nomeadamente embarcações de apoio à prospeção de Oil&Gas.

Como tem corrido esta aposta?
A SWB desenvolveu uma embarcação sísmica inovadora à escala mundial e dotada de características diferenciadoras, nomeadamente ao nível dos coeficientes de segurança e conforto a bordo, permitindo que seja a única embarcação sísmica que cumpre com a legislação europeia que regulamenta o segurança dos trabalhadores a bordo. Este resultado foi possível de alcançar com recurso desenvolvimento interno e com a parceria de uma multinacional líder na produção de materiais compósitos para a área naval e aeroespacial. Uma das garantias para o sucesso desta empresa resulta da capacidade de reunir uma equipa com vasta experiência e competências únicas, patente nos currículos dos recursos humanos afetos à empresa.

No que consiste especificamente esta tecnologia?
As embarcações são projetadas e construídas em materiais compósitos avançados através do processo de infusão e com recurso a resinas de alta qualidade de epoxy, fibra de vidro e fibra de carbono. A estrutura é trabalhada de forma detalhada, sendo cada uma das zonas da embarcação construída tendo como base cálculos estruturais e otimizando-se cada região da embarcação consoante o esforço a efetuar e o peso a suportar. O comportamento estrutural excecional e superior estabilidade e segurança das embarcações produzidas pela SWB contrasta com a maioria das embarcações que ainda são produzidas em poliéster reforçado a fibra de vidro e sem cálculo detalhado de engenharia.

Quais as suas principais vantagens?
A sua qualidade. O excelente comportamento no mar da embarcação, a sua manobrabilidade e fiabilidade transmitem confiança ao mestre. O estudo hidrodinâmico da carena levou a uma redução do consumo de combustível de 20 por cento na velocidade de projecto.

Falamos de uma área muito específica, a da indústria naval. É complexo trabalhar com tecnologia para esta área?
Esta área enfrenta desafios muito peculiares em Portugal face à escassez de recursos humanos qualificados. Quanto à introdução e penetração de tecnologia nesta área, esta tende a ser relativamente fácil e rápida tendo em conta os requisitos dos Armadores que são empreas multinacionais que operam no Oil&Gas e pretendem acima de tudo qualidade e fiabilidade.

Sabemos que tem uma relação privilegiada com a Mark Arkus. É uma mais-valia ser parceiro de uma empresa com esta referência?
Mais do que uma mais-valia, poder colaborar com um antigo professor do curso de Engenharia e Arquitetura Naval com experiência de projeto e construção de centenas de embarcações que cobrem áreas como lanchas de pilotos, navios de passageiros, lanchas de desembarque, Ferries, navios de investigação, embarcações de pesca, embarcações de recreio e com uma vasta rede de contactos internacional, não é uma mais-valia, é uma vantagem competitiva.

Como vê a evolução do setor?
Em crescimento e com uma rápida introdução de tecnologia, nomeadamente na vertente de navegação autónoma.

E da SWB? O que está pensado para o futuro?
Iremos competir em áreas de conhecimento especializado, único e de referência no mercado, mantendo uma aposta forte na formação do pessoal e em I&D; ser um fornecedor de soluções de tecnologia, e não de fatores produtivos ou subprodutos da indústria de construção das embarcações especiais e internacionalizar as soluções desenvolvidas quer através da venda do produto, quer através da transferência de tecnologia.

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