Reiki, inclusão e aceitação

Compaixão, aceitação, inclusão e respeito são os valores que Cristina Belém, vice-presidente da Associação Portuguesa de Reiki (APR), aponta com basilares nesta associação. Com um raio de ação nacional, a APR, pauta por disseminar o Reiki e os seus benefícios não só no indivíduo, per si, como nas mais instituições e pretende manter-se “disponível e sem fronteiras, tal como tem acontecido ao longo destes quase 12 anos, para informar, partilhar, orientar e apoiar”.

Como carateriza o seu percurso no Reiki, nomeadamente a chegada ao atual cargo de vice-presidente da Associação Portuguesa de Reiki?
O meu percurso no Reiki tem sido de aprendizagem e partilha. É mais um dos convites e desafios da vida (é um bom desafio). Embora usualmente mais divulgado pela sua vertente terapêutica, Reiki é um caminhar, uma escolha e um modo de vida. A minha participação como Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Reiki é já um projeto de quase uma década, sempre como voluntária. Atualmente estou encarregue dos projetos de Reiki na Casa do Alecrim e da Amadora Compassiva, além das aulas de mindfulness e ser psicóloga.

Quais são as premissas pelas quais se guia a Associação Portuguesa de Reiki e quais os projetos a que se dedicam?
As nossas premissas inspiram-se em valores como compaixão, aceitação, inclusão e respeito. Como tal, a associação procura ter um papel na divulgação e credibilização do Reiki, nomeadamente na sua vertente terapêutica enquanto terapia complementar e integrativa. Entre outras ações, promovemos informação sobre Reiki a associados e não associados e também numa das suas componentes principais da associação, o voluntariado, com mais de cinquenta instituições por todo o país. A Associação Portuguesa de Reiki mantém-se disponível e sem fronteiras, tal como tem acontecido ao longo destes quase 12 anos, para informar, partilhar, orientar e apoiar.

Questão geral respondida pelas integrantes dos órgãos sociais:
2020 é o ano da saúde mental, meditação e consciência ecológica. A forma como a prática do Reiki é percecionada pela sociedade portuguesa tem sofrido alterações ao longo dos anos?

Todos os anos a Associação Portuguesa de Reiki tem um tema orientador das suas atividades, uma espécie de bússola. Em 2020 essa bússola é “Saúde mental, meditação e consciência ecológica”. Temos vindo a ganhar consciência da importância de cuidarmos de nós, dos outros, do planeta, da adoção de práticas que promovam saúde, bem-estar e respeito pelo ambiente e pela natureza. E o Reiki, como prática e como terapia, enquadra-se nesse caminhar conjunto, este ano especialmente orientado por esta bússola. Creio que a perceção da sociedade portuguesa sobre o Reiki tem sofrido alterações, sim. Hoje em dia há mais divulgação. A Comunicação Social tem tido também um papel importante nisso. No entanto, como em tudo, quando se fala mais sobre algo, alguns conteúdos são adequados e outros nem tanto. É importante que o acesso a informações credíveis seja simples e fácil.
– Cristina Belém, vice-presidente da APR e Psicóloga

Estive sete anos fora de Portugal e vejo uma evolução enorme no pensamento das medicinas complementares, nomeadamente quanto ao Reiki. Há cerca de 10 anos era um tabu, se fôssemos transparentes e sinceras com a nossa visão éramos apelidadas de “estranhas”. Atualmente, pessoas de diferentes crenças religiosas, estatutos sociais e profissões vêem os praticantes de Reiki como terapeutas. Ser Reikiano não é uma profissão é uma forma de viver.
– Ana António, Gestora

A prática de Reiki é cada vez mais conhecida. Tem havido um “investimento” na partilha de conhecimento do que é o Reiki e os seus benefícios, crescendo a curiosidade e procura. Ao trazermos a filosofia do Reiki para o quotidiano, percebemos que somos um todo (mente, corpo e espírito), indivisível, ao compreendermos isto, começamos a “ver”, sentir e cuidar de outra forma não só de nós, mas como de tudo e todos os que nos rodeiam.
– Filomena Costa, Gestora

Atualmente a prática de Reiki tem sido percecionada como uma ajuda a cada indivíduo no seu processo de harmonização, complemento de terapias convencionais ou não convencionais, escolha para relaxamento, reposição energética, desaceleração em momentos de stress e de encontro consigo. Sabe-se que nem sempre foi assim. O conhecimento ligado à prática foi sendo divulgado e aceite no ocidente, ao longo dos anos, por vezes como último recurso de uma terapia na qual se coloca a esperança da mudança da situação.
Os resultados concretos e reais sentidos por cada pessoa foram sendo trabalhados e utilizados por si próprios (prati-cantes/recetores de Reiki), dando lugar a pessoas mais confiantes, harmoniosas, sem sintomatologia, digamos, mais saudáveis. A energia do Universo é responsável por todos estes processos, saibamos recebê-la e transformá-la de forma mais consciente e usufruamos do todo no qual estamos inseridos.
– Paula Duarte, Enfermeira

Nos últimos 5 anos, pelo menos, a sociedade portuguesa tem ouvido falar mais de Reiki e dos seus benefícios para a saúde mental e física, nas redes sociais e na comunicação social, fruto do trabalho desenvolvido por voluntários que dedicam o seu tempo a ajudar nos meios hospitalares e nas instituições de cariz social, através do desenvolvimento de projetos temporários. A APR esforça-se por dar a conhecer os benefícios da prática de Reiki, divulgando os projetos existentes nas redes sociais, estando presentes em eventos, realizando congressos e seminários pelo país e apoiando projetos de voluntariado tanto nas pessoas (de todas as faixas etárias) como nos animais. O lançamento de livros, sobre a prática de Reiki e a sua filosofia assente em 5 princípios, também ajudam a esclarecer o público em geral e a desmistificar a prática desta “arte secreta de convidar a felicidade”, como a classificou o mestre Mikao Usui. Assim, creio que a perceção do Reiki pela sociedade portuguesa tem evoluído positivamente. Espero que mais pessoas possam evoluir como seres humanos, inspirados pela prática de Reiki.
Só por hoje, sou calma, confio, sou grata, trabalho honestamente e sou bondosa.
– Andreia Pedro, Marketeer

Certamente que sim. De uma terapia pouco conhecida há uns anos, onde o Reiki era praticado quase exclusivamente em gabinete particular do terapeuta, hoje muitas pessoas já conhecem ou de alguma forma já ouviram falar desta terapia, e à qual, mesmo não conhecendo todos os seus benefícios, associam um bem-estar geral.
Muito tem sido o trabalho da Associação Portuguesa de Reiki para que o Reiki chegue a um número de pessoas cada vez maior, já conseguindo estar presente em hospitais e muitas instituições a nível nacional. É nossa intenção continuar este trabalho para que todos possam saber o que é o Reiki e os benefícios que esta terapia pode trazer para o seu equilíbrio e bem-estar.
– Raquel Correia, Empresária

O Reiki entrou na minha vida em 2017, desde então tem-me acompanhado e ajudado diariamente. São apenas 3 anos de prática, mas tenho notado que as pessoas estão mais recetivas. Conheço praticantes de Reiki que têm as mais variadas profissões. Ouvi, há pouco tempo um testemunho de uma médica oncologista e uma outra psiquiatra a aconselhar terapia de Reiki para complementar tratamentos. Acho que estamos no bom caminho para, num futuro, podermos ter terapias complementares a trabalhar em conjunto com a medicina tradicional. O objetivo é sempre o bem-estar geral e a procura de uma vida mais feliz.
– Ana Gisela Marques, Gestão

Sim, sem dúvida que é verdade e a Associação Portuguesa de Reiki tem tido um papel fundamental para que isso aconteça. A APR muito tem contribuído, através do extraordinário trabalho que desenvolve na divulgação, esclarecimento, partilha da terapêutica e filosofia de vida Reiki, bem como na promoção de diversas iniciativas que visam a melhoria da saúde mental através da prática da filosofia de vida, incentivando a partilha e o voluntariado de Rei-ki, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das comunidades.
– Isabel Couto, Formadora

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