“Quero ser vista como uma excelente profissional”
Licenciada em Psicologia, acabou por enveredar pelo mercado imobiliário. Com alguns anos de carreira neste sector, Carla Gouveia confessa ser uma mulher realizada, apaixonada pelo seu trabalho.
Começando por falar do percurso profissional da Carla, o que a fez abraçar o desafio de entrar no mercado imobiliário?
Eu licenciei-me em Psicologia, na vertente criminal. No entanto, na região da Madeira (onde eu vivo), essa não é uma área que ofereça muitas oportunidades. A dada altura, recebi um convite para trabalhar na Century 21. Numa fase inicial achei que não seria capaz por não ter as competências necessárias de uma vendedora ou comercial, mas estava enganada. Comecei por fazer algumas formações e, logo no primeiro mês, concretizei uma venda, o que me deu mais motivação para continuar. Passei ainda por outras empresas, até ingressar na Links Real Estate, onde me encontro há quatro anos.
Neste ramo, sinto que estou constantemente a evoluir e a aprender coisas novas, o que me permite ser melhor no meu trabalho. Além disso, aprecio o facto de termos o nosso próprio horário e podermos ganhar aquilo que queremos, dependendo, para isso, apenas da meritocracia. Quanto a mim, posso dizer que todos os dias dou o meu melhor no sentido de ser vista como uma excelente profissional.
Quais os valores que norteiam a sua atuação? Que características deve ter um bom consultor imobiliário?
Na minha opinião, um bom consultor imobiliário deve ser pontual, profissional e honesto, quer com os clientes, quer ao nível dos parceiros.
O profissionalismo e o reconhecimento são também características a ter em conta. Este último é muito importante uma vez que a maioria dos clientes que chegam até mim (cerca de 70%), foram recomendados por clientes anteriores. Quando isto acontece, é sinal que as pessoas ficam satisfeitas com o meu trabalho.
Que significado têm para si os sucessos profissionais e a evolução na sua carreira? Que balanço é que faz do seu percurso até agora?
Tenho vindo a crescer bastante a nível profissional. Antigamente as pessoas procuravam casas entre 100 e 150 mil euros. Hoje, já trabalho com clientes que se interessam por imóveis com valores até aos 700 mil. Estamos a falar de um patamar bastante elevado e não é fácil trabalhar a este nível, nomeadamente na região da Madeira, onde existe muita concorrência. É preciso entender as necessidades do cliente e adaptarmo-nos a ele e às suas necessidades. Só dessa forma é que conseguimos fazer um bom trabalho e evoluir constantemente.
O balanço que faço é muito positivo. Todos os anos, dia 1 de janeiro, eu traço os meus objetivos e pratico essa rotina de três em três meses. Até agora, tenho conseguido cumprir.
Acredita que o cunho feminino traz algo de novo e diferenciador às empresas, nomeadamente no sector imobiliário? Que palavras dirigia às mulheres que possam ter o objetivo de também construir uma carreira de sucesso nesta área?
Eu acredito que sim. Costumo dizer que as mulheres têm uma maior capacidade para lidar com a emoção, e conseguem transmitir uma certa calma aos clientes, que ficam mais seguros. Os homens têm um sentido mais prático, e as mulheres têm uma vertente mais sensível, o que é bom no mercado imobiliário, porque cativa as pessoas.
O que eu diria às mulheres era para não desistirem dos seus sonhos. Esta não é uma profissão fácil, é cansativa, mas devem lutar sempre para alcançarem os seus objetivos.