Produto do Ano é cada vez mais valorizado e reconhecido
José Borralho, CEO da Consumer Choice, respondeu às nossas questões e teceu um balanço do crescimento e importância que o Produto do Ano assume, para as marcas e para os consumidores, atualmente.
O Produto do Ano já conta com 20 anos de existência, sendo a sua metodologia e a credibilidade das avaliações amplamente reconhecidas. Qual a análise que faz do percurso deste projeto e qual tem vindo a ser o impacto do mesmo no universo empresarial ao longo destes anos?
São duas décadas que podemos dividir em vários momentos.
Estive na origem do lançamento em Portugal, sendo o terceiro país a receber o Produto do Ano, depois de França e Espanha, e hoje estamos em 45 países, um fenómeno global. O Produto do Ano foi imediatamente acarinhado pelas marcas que viram em si um instrumento diferenciador no ponto de venda e assim o adotaram. Há uns anos atrás, o dono internacional da marca sentiu a necessidade de mudar a gestão em Portugal e escolheu-me para voltar a pegar na mesma. Conseguimos recuperar toda a sua credibilidade. 20 anos depois, o Produto do Ano não é mais um prémio apenas para as FMCG, já abrange muitos setores, incluindo o financeiro. Muitas marcas viram os seus produtos ter sucesso por força do contributo do Produto do Ano, ao mostrar o seu carácter inovador e ao provar que foram inovações pertinentes no mercado. Esse é o desígnio do Produto do Ano e continuará a ser: ajudar os produtos a vencer!
O Produto do Ano é acarinhado pelos portugueses e está no seu top of mind, como o prémio que identifica os novos melhores produtos no mercado. Podemos considerar o Produto do Ano como o melhor argumento de venda para as empresas com produtos inovadores?
Sem dúvida, e digo isto de forma transparente. Tenho no meu grupo de empresas, muitos sistemas de avaliação e com mais sucesso que o Produto do Ano, mas, de facto, quando se trata de procurar vendas, nada bate o Produto do Ano. O Produto do Ano pode não ser o de maior notoriedade, mas os portugueses têm uma relação de carinho com ele. Já se habituaram que quando veem aquele retângulo vermelho, isso significa que é um dos melhores produtos lançados em Portugal e, por isso, é tão significativo para as vendas.
O consumidor é cada vez mais exigente, mais atento, mais informado e as marcas inovam para o satisfazer e, por vezes, até contribuir para o seu desenvolvimento. Em que medida a inovação é um fator determinante para o sucesso e até sobrevivência dos produtos/marcas?
Sem inovação não há desenvolvimento. Não há uma marca que não tenha inovação. Ela até pode não ser por vezes visível, pode não ser no produto, mas há sempre inovação, seja ela de desempenho, incremental, radical, sustentável, disruptiva, seja no produto, serviço, marketing, processos, modelo organizacional, tecnologia, logística. A inovação trouxe-nos da pré-história à Inteligência artificial. Haverá sempre inovação.
Por onde passa o futuro do selo Produto do Ano e quais as novidades que pode partilhar com todos os nossos leitores?
O futuro do Produto do Ano passará, essencialmente, pela sua capacidade de abranger novos setores. Há 20 anos, era impensável ter no portfólio de clientes, empresas de pequena dimensão e, hoje, isso é uma realidade com a oportunidade dada a start ups. Por isso, vamos lançar novas oportunidades a estes setores e também envolver técnicas de avaliação que vão ao encontro das necessidades de informação das empresas.