MPO: Uma empresa à medida de cada cliente

Equipa

A MPO nasceu nos anos 50, em França, como uma empresa de fabrico de discos de vinil. A fábrica original ainda labora, mas a empresa transformou-se em Grupo e está presente em vários países. Em Portugal, a direção está a cargo de Gonçalo Albuquerque, que falou com a revista Business Portugal sobre a génese da empresa, o seu core-business e o futuro.

Gonçalo Albuquerque é o rosto de uma empresa dinâmica e muito criativa, sempre em constante evolução, tal como o mercado. A génese da MPO está nos discos de vinil, mas a evolução tecnológica obrigou à adaptabilidade da empresa: “A MPO – Moulages Plastique de L’Ouest – foi fundada pelo casal Pierre e Monique de Poix e é hoje líder mundial no fabrico e duplicação de suportes multimédia, mas começou por fabricar discos de vinil, o que fizeram durante mais de 30 anos, até à chegada de um novo suporte multimédia  – o CD. Mais tarde, surgiram o DVD e os CDR, com os quais a casa criou uma marca própria, a ISpace. A evolução foi acontecendo à velocidade a que o mercado também se modificava. A última alteração foi o BluRay”.

A empresa foi crescendo e o mercado espanhol foi o passo seguinte. A MPO instalou em Madrid uma sede, bem como uma fábrica. A Portugal, a empresa só chegou em 1997: “A MPO adquiriu uma empresa chamada Duplisoft, que fazia duplicação de disquetes, outro suporte multimédia muito em voga na época. Todas as empresas usavam este tipo de suporte para guardar a sua informação. Só para a revista de Wall Street, a MPO vendeu milhões destes suportes multimédia”.

Sendo há 21 anos a única empresa nesta área de negócio a operar em Portugal com sede própria, a MPO tem como ponto-chave da sua expansão a necessidade de entregar a gestão das empresas que cria a nativos daquele país: “Essa é a cultura do grupo MPO, desde sempre. Quem contacta com a MPO Portugal está à espera de o fazer em português, bem como quem o faz com a indústria em Espanha estará à espera de se entender com o interlocutor em espanhol. O Grupo MPO reconheceu esta facilidade como uma mais-valia quer para a empresa, quer para o país onde a empresa se instalava e esse método é válido ainda hoje. É uma forma de garantir que a conversa não se perde na tradução e, sobretudo, de saber que quem dirige a empresa é alguém que está a par da cultura do país e dos hábitos do país”.

A chegada da empresa a Portugal deveu-se à necessidade de expansão e aumento de vendas. Atualmente, Portugal representa não só uma porta de entrada e saída para a Europa como, e fundamentalmente, uma excelente via de comercializar com os países de língua oficial portuguesa: “Fazemos exportação para Angola, mas há a possibilidade de começar a trabalhar com mercados como o brasileiro, de dimensões consideráveis”. Portugal e Espanha mantêm relações saudáveis e o mercado é cada vez mais visto como único: “Unificar este mercado e trabalhá-lo como sendo ‘ibérico’ é uma mais-valia. Hoje em dia, as parcerias são fundamentais para qualquer empresa conseguir desenvolver o seu negócio, e a MPO tem a vantagem de estar presente em Portugal, Espanha e França, o que significa que um cliente que trabalhar connosco em Portugal, mas que também tenha negócios em Espanha e França poderá ver assegurado todo o serviço logístico do seu produto até França”.

Associada à necessidade cada vez maior que todos os grandes players mundiais têm de fazer chegar os seus produtos a todo o mundo, a MPO criou a MLink, uma empresa dentro do grupo MPO que se responsabiliza por toda a logística dos seus clientes. Logo de seguida, surgiu uma outra área – a do Packaging, que se denomina MPack: “Percebemos que a área da logística era muito importante e fizemos dessa necessidade uma oportunidade de negócio. No total do grupo, contamos com 40 mil metros quadrados de área de armazém. Os clientes encomendam-nos o que precisam e sabem que também entregamos onde querem. Em simultâneo, percebemos que havia uma necessidade de criar embalagens, algumas para transporte de materiais e outras para exposição dos mesmos. Por isso, começámos também a desenvolver essa área, na empresa MPack. Criamos o marketing, em parceria com o cliente, e depois cabe-nos fabricar o expositor ou a embalagem, que pode ser de acrílico, metal, ou cartão. Se precisar de criar um pack, por exemplo, constituído por um cartão de identificação, uma pen USB, uma fita para pendurar ao pescoço e colocar tudo isto dentro de uma embalagem, a MPO faz isso. Contacta alguns fornecedores com quem trabalha, para fazer os cartões, e a fita, e tudo o resto é da nossa responsabilidade. Fazemos a caixa, montamo-la e entregamo-la na empresa de destino. O cliente só tem de nos procurar, e nós fazemos o papel de intermediários juntos das outras empresas”.

Uma nova área, que surgiu há pouco tempo e é exclusiva de Portugal, é o mailing: “Começámos a trabalhar com a SAGE, porque esta empresa pediu-nos para criarmos uma solução para despachar as cerca de 60 mil faturas que emitem mensalmente, e nós assim fizemos. Neste momento, somos os responsáveis por imprimir e colocar no correio as faturas desta empresa. É um serviço que está a ser equacionado a nível ibérico, mas o centro será aqui”. A nível logístico, Portugal está também a ser equacionado para vir a ser a casa-mãe de um centro logístico a nível europeu, ou seja, daqui sairão todos os materiais que são manipulados, assemblados, colocados em caixas e despachados para o destino final.

A relação muito próxima com cada cliente e a versatilidade da MPO faz dela uma empresa que atravessou gerações e passou por várias evoluções tecnológicas: “Vemos as oportunidades de mercado e, se um cliente nos desafiar, nós aceitamos. Somos uma empresa de logística e packaging e é assim que nos assumimos, por isso o trabalho é desenhado à medida de cada cliente. Este é o nosso ADN e a nossa evolução depende sempre do mercado”.

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