Colaboração, diversidade e inovação na supply chain
Ana Leandro, Diretora de Supply Chain, tem vindo a quebrar barreiras e a redefinir o papel da liderança no setor. Com uma abordagem focada na colaboração, transparência e empoderamento, aposta na valorização do talento e na criação de um ambiente onde a diversidade de pensamento impulsiona melhores decisões e resultados.

Ana Leandro, Diretora de Supply Chain
Sendo a Supply Chain uma área historicamente dominada por homens, que desafios encontrou ao longo do seu percurso e que estratégias utilizou para afirmar a sua liderança e promover um ambiente mais inclusivo e equitativo?
A Supply Chain tem sido um setor predominantemente masculino, talvez pelo perfil operacional da Logística. No entanto, a diversidade não é apenas uma questão de equidade – é um motor essencial para a inovação. Ao longo da minha carreira, apostei num conhecimento técnico sólido, na antecipação e numa liderança focada no desenvolvimento de equipas de alto desempenho. A minha prioridade é garantir que talento e mérito são os verdadeiros critérios de valorização. Ambientes diversos geram inovação, equipas motivadas e melhores resultados – e é esse impacto positivo que me move diariamente.
Que princípios orientam a sua forma de liderar e como acredita que a diversidade de género pode impactar as equipas e a performance da Supply Chain?
Liderar, para mim, significa criar um ambiente onde cada profissional tem espaço para crescer e contribuir. A confiança, a colaboração e a aprendizagem contínua são pilares fundamentais. A diversidade de género e de pensamento melhora a tomada de decisão e torna-nos mais ágeis na resolução de problemas. Equipas diversas desafiam o pensamento convencional, impulsionam a inovação e criam organizações mais fortes. O verdadeiro impacto da diversidade não está apenas nos números – está na cultura, na forma como questionamos, inovamos e nos desafiamos a ser melhores.
Acredita que as características tradicionalmente associadas à liderança feminina – como empatia, colaboração e escuta ativa – estão a transformar a forma como se lidera na Supply Chain? Como equilibra estas qualidades com a necessidade de tomar decisões rápidas e assertivas?
A liderança está a evoluir e competências como empatia e colaboração são essenciais para qualquer líder. Na Supply Chain, onde decisões rápidas são críticas, estas características fazem a diferença. Uma equipa que se sente ouvida e valorizada responde com mais compromisso e eficácia em momentos de pressão. A chave está no equilíbrio: criar um ambiente de confiança e proximidade, mas também ter a clareza e a determinação para tomar decisões estratégicas e assertivas. Ser empático não significa evitar decisões difíceis, mas sim garantir que elas são tomadas com visão e responsabilidade.
Como define o seu estilo de liderança e que práticas adota para fomentar uma cultura de alto desempenho e colaboração?
O meu estilo de liderança assenta na proximidade, transparência e empowerment. Equipas bem informadas e autónomas tomam melhores decisões e reagem com mais agilidade às exigências do setor. Promovo uma cultura de comunicação aberta, onde cada decisão é fundamentada na inteligência coletiva e na confiança mútua. A Supply Chain não se constrói isoladamente – incentivo a colaboração dentro e fora da organização. O meu compromisso como líder é potenciar o melhor de cada um e criar condições para que todos possam crescer. A inovação e a melhoria contínua não são projetos – são uma cultura. E é essa cultura que impulsiona a Supply Chain para o futuro.