“As mulheres são empreendedoras porque merecem e lutam para isso”
Joana Saygi fundou a FisioSolutions, em 2014 e, desde então, a clínica não parou de evoluir. Em entrevista à Revista Business Portugal, falou sobre o atendimento personalizado e adaptado a cada cliente e deixou alguns conselhos às mulheres que ambicionam uma carreira de sucesso.
Em 2014, a FisioSolutions começou por ser um gabinete de fisioterapia. Ao longo dos anos, tem vindo a crescer, quer em espaço, quer em motivação e oferta de serviços. Atualmente, é uma clínica de fisioterapia e osteoétiopatia, psicologia e psicoterapia e de medicina física de reabilitação.
Nos últimos quatro anos, a clínica passou por uma mudança de instalações e um aumento significativo de colaboradores e de clientes. Algo que Joana Saygi, fisioterapeuta e CEO da FisioSolutions, considera positivo, mas confessa que foi um desafio. Ultrapassaram dois anos de pandemia e, pouco antes, Joana foi mãe, o que aumentou as suas responsabilidades. A fisioterapeuta afirma que, nesta situação, teve de se adaptar e aprender a delegar, estimulando o crescimento e a consolidação da equipa. “Como líder, é desafiante aceitar que não domino nem controlo tudo, e tenho de ter à minha volta pessoas em quem confio.”, diz Joana.
Os clientes da FisioSolutions procuram soluções para os seus problemas e um estímulo positivo. Para Joana, é necessário haver criatividade na liderança, para que se possa proporcionar as melhores soluções. “Quando abordamos um cliente no âmbito da saúde, há algo fundamental que é perceber o que é que este procura e precisa.”, afirma a CEO. Esta acrescenta, ainda, que “todos somos diferentes e a mesma estratégia não reproduz os mesmos resultados em pessoas diferentes”, explicando que uma das coisas mais importantes no processo de reabilitação é não haver monotonia. Isto, porque se fizerem todos os dias os mesmos tratamentos e exercícios, não vão obter resultados diferentes ou positivos.
A clínica identifica-se com um tipo de atendimento personalizado e de proximidade. A equipa acredita que é necessário ter tempo para estar com as pessoas. Por isso, fazem uma avaliação inicial a cada cliente, independentemente de este já ter sido avaliado por outro profissional. Joana Saygi diz que cada paciente tem uma história que pode influenciar as lesões e o respetivo tratamento. “Não estamos a tratar apenas uma parte do corpo, mas sim um ser humano. Portanto, estamos atentos a tudo.”, declara a mesma.
No futuro, os planos passam por crescer em qualidade, no número de colaboradores e alargar a oferta de serviços. Aumentar novamente as instalações é também um objetivo, mas é algo que “vai depender das oportunidades que surgirem”.
Joana Saygi deixou, ainda, alguns conselhos para as mulheres que ambicionam fazer um percurso profissional de sucesso. A fisioterapeuta considera que é muito importante que a pessoa saiba realmente o que quer fazer e que siga aquilo que gosta, porque gerir um negócio é “exaustivo e exige muito de nós”. Joana acaba por destacar que “as mulheres têm de reconhecer que são empreendedoras porque merecem e porque lutam para isso”, incentivando a que estas valorizem as suas capacidades e objetivos atingidos.