“A nossa cozinha é a nossa farmácia”

Paulo Antunes é Presidente da Associação de Práticas e Terapias Orientais (IPTO), com sede em Lisboa. A Associação dedica-se à prática, promoção, divulgação e ensino de Terapias Não Convencionais (TNCs), em particular o Ayurveda e conta com parcerias com o College of Ayurveda (Inglaterra), Suraj Ayurvedic Clinic  and Panchakarma Research Centre (Índia), Associação de Budo Isshin Dojo, entre outras.

 

Atualmente a disponibilizar serviços terapêuticos e workshops de introdução (palestras) ou temáticas para pessoas com background na área ou público em geral, o IPTO aposta preferencialmente num serviço de formação com cursos de média e longa duração.  A prática do Ayurveda é o principal enfoque da atuação da “Associação sem fins lucrativos, existente há cerca de quatro anos”, conforme explica o responsável. A divulgação e promoção da Yogaterapia é também um dos seus objetivos. Assim, o IPTO tem ao dispor dos seus utentes o acesso a serviços clínicos, com consultas e tratamentos de Ayurveda, à prática do yoga em aulas individuais e de grupo e também à Yogaterapia, enquanto método terapêutico complementar.

A aposta na formação técnica

A equipa técnica e o corpo docente são compostos por terapeutas e médicos de ayurveda, professores de yoga, osteopatas e profissionais ligados à área da saúde convencional. Deste grupo, poderemos salientar a presença dos médicos de ayurveda, dois deles com doutoramento e da única médica portuguesa com formação académica (duo﷽﷽﷽﷽﷽﷽﷽vndo a sa,reçãnto esença de dois mção de cinichljefcinco anos e meio), na Índia.

Paulo Antunes reconhece que, sendo este um “sistema médico estruturado que é composto por diagnóstico, prevenção e tratamento”, o Ayurveda tem um papel fundamental e uma comprovada eficácia no tratamento de problemas de saúde.

Prevenir antes de remediar

Apostando na prevenção antes do tratamento, consegue-se, por exemplo, através da dietética, nutrição e alteração do estilo de vida, prevenir a doença, mantendo a saúde do indivíduo.

Quando a situação assim o exige, o Ayurveda dispõe igualmente de técnicas e procedimentos capazes e adaptados a cada utente, de modo a solucionar a patologia apresentada através, por exemplo, da coordenação de tratamentos específicos, medicação natural e boas práticas alimentares e de estilo de vida.

Para este sistema médico, “a nossa cozinha pode ser a nossa farmácia”, salienta Paulo Antunes.

 

Esta que é a medicina mais antiga do mundo, que tem “várias terapias associadas” e que tem vindo a ter uma “maior procura por parte do público português”. A possibilidade de apoio ao utente em todas as idades, “desde o pré e pós-natal até à idade sénior”, permite que este sistema preste um apoio fundamentalmente não medicamentoso (não farmacológico), permitindo, assim, uma reação mais natural ao tratamento por parte do organismo.

A manutenção do equilíbrio do organismo é fundamental para a preservação da saúde. Fatores como a interação com o meio ambiente, alterações sazonais (estações do ano e clima), práticas alimentares e estilos menos adequados à constituição do indivíduo, exposição ao stress, etc, podem provocar desequilíbrios. Caso não sejam corrigidos, poderá instalar-se um processo de doença. Contudo, reconhecendo os sintomas, numa fase inicial, é possível agir de modo preventivo, restabelecendo o equilíbrio no organismo.

Uma consulta de Ayurveda, normalmente inclui diagnóstico; registo do historial clínico do paciente; verificação dos hábitos alimentares e aconselhamento nutricional/dietético; recomendações para um estilo de vida saudável (de acordo com a constituição de cada paciente) e prescrição terapêutica (com terapias específicas e medicação natural, se necessário).

Ao nível do diagnóstico, o Ayurveda recorre, entre outros, à verificação do pulso (tipo, frequência e padrão da pulsação), à análise da língua, dos olhos, da urina, do aspeto físico, da voz, das unhas e ao toque, utilizando-os como indicadores para a formulação de uma solução terapêutica.

 

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