“A conversar é que nos entendemos”

Desde a amizade cultivada nos anos 80 até à fundação da empresa por José Brito e Ricardo Miguel, a história da SW-Places Imobiliária é uma ode à amizade transformada em pioneirismo. Em entrevista, José Brito destaca os alicerces da agência, bem como a ousada aposta na tecnologia e a dedicação personalizada aos clientes, elementos que têm definido a identidade da SW-Places no competitivo setor imobiliário. O sócio-gerente partilha ainda a visão arrojada da empresa para o futuro do sudoeste de Portugal, salientado as suas mais-valias regionais e as iniciativas inovadoras que desejam ver implementadas na indústria imobiliária.

José Brito e Ricardo Miguel, Sócios

 

Como surgiu a ideia de fundar a SW-Places e como os sócios, José Brito e Ricardo Miguel, uniram forças para criar a empresa? Quais os valores fundamentais e como a empresa procura diferenciar-se no setor imobiliário?

Esta parceria na realidade já existia desde o secundário pela amizade que data dos anos 80, posteriormente, em meados dos anos 90, continuou com a junção de esforços das nossas duas empresas de administração de propriedades de que ambos detínhamos até á crise de 2008. Desde esse ano até 2015, percorremos caminhos diferentes, mas sempre ligados ao ramo imobiliário, e no início desse mesmo ano tomamos a decisão de criar uma empresa de mediação imobiliária, e aí apareceu a Sinerwork, Lda, nome comercial SW-Places.

Os valores fundamentais que refere, acho que apareceram automaticamente no “modus operandi” que resulta de todos estes anos envolvidos com o negócio e com as pessoas, dando muita atenção às mesmas de forma contínua e demonstrando à equipa que este tipo de comportamento é uma mais-valia para um desenvolvimento saudável e promissor de sucesso, para além disto, definimos como estratégia inicial apostar fortemente na componente tecnológica, procurando ferramentas digitais dedicadas e profissionais, que levou algum tempo a descobrir, mas, por força do destino ou pela nossa busca incessante, conseguimos uma aplicação inovadora e dedicada que nos projeta no mundo digital de forma ímpar e profissional que se dá pelo nome de IMODIGI.

Tratando-se de um negócio de pessoas para pessoas, no ramo imobiliário é importante ter capacidade de escuta e interpretação. Como a SW-Places aborda este aspeto para estabelecer uma sintonia com os clientes? Existe uma relação próxima com os clientes ao longo do processo de compra ou venda de imóveis?

Sim, é uma grande verdade, o ramo imobiliário é sem dúvida um negócio de pessoas para pessoas, e como tal a atenção tem que ser focada nestas, porque mesmo sem ter o imóvel desejado para determinado cliente em carteira, se demonstramos atenção e interesse na narrativa desde o inicio, iremos com certeza conseguir encontrar no mercado um que preencha pelo menos uma grande parte do que é desejado, ou mesmo através do diálogo, demostrando os prós e os contras, conseguir fazer negócio com outro imóvel que já possuímos em carteira. Enfim, “a conversar é que nos entendemos”, é com base neste slogan que nós agimos, ou melhor interagimos com os nossos clientes, criando laços sociais entre pessoas. Exigimos esta atitude à nossa equipa desde o início, os resultados estão à vista e que atualmente já colhem os frutos e demostram contentamento em fazerem parte desta família.

Sendo necessária a formação para mediadores imobiliários, como a SW-Places investe na formação da sua equipa para assegurar a prestação de serviços de qualidade?

Sim, a formação para esta atividade é necessária, a meu ver ainda está há quem do que nós acharíamos o mínimo desejável para o exercício desta função, mas ultimamente já se ouvem ou melhor já se vê várias ofertas de formação nesse sentido. A nossa equipa é pequena e o nosso investimento para além das formações obrigatórias exigidas para o exercício da atividade, passa muito pelo trabalho do dia a dia, ou seja, pelas reuniões, pelas discussões de estratégias perante determinada situação, pela resolução em conjunto de problemas que despertam, sempre com o foco virado para os clientes.

 

A SW-Places foca-se em imóveis no sudoeste de Portugal, com destaque para quintinhas, casas de campo e vivendas com o fator mar como referência. De que forma a empresa identifica e atende às necessidades específicas dos clientes nesse nicho de mercado? Quais as mais-valias desta região?

A SW-Places nasceu no sudoeste português, é aí também que nós já exercíamos a atividade anteriormente, e como tal, é um território que conhecemos muito bem, tanto ao nível geográfico como social, este facto é com certeza uma mais-valia, e sabendo disso, o foco na aposta nas tecnologias foi o reforçar de posição no mercado local. Os sudoeste em toda a sua extensão litoral está inserido num Parque Natural, o que para muitos do ramo é visto como uma ameaça para a atividade, nós vemos como uma oportunidade, pois os imóveis que existem, mais tarde ou mais cedo virão para o mercado, e são imóveis ímpares e autênticos definindo um nicho de mercado para o qual existem clientes compradores e nós teremos que estar preparados com o trabalho de casa feito para obter sucesso.

O objetivo de qualquer agência é ter um crescimento sustentável e atualizado com as necessidades do mercado. De que maneira a SW-Places planeia alcançar este crescimento e manter a qualidade do serviço?

O crescimento económico sustentável, baseia-se no índice de Desempenho e Solidez Financeira, a SW-Places como referi anteriormente, é como uma família que se esforça à procura de sucesso e nesse sentido este ano fomos galardoados pelo 2º ano consecutivo com o dístico de Scoring TOP 5% PME, com a classificação de Excelente, o que traduz a sustentabilidade financeira acessível apenas a 5% das Pequenas e Médias Empresas (PME) nacionais. Facto de que a equipa se orgulha, pois, este é também um certificado para eles.

Considerando a importância de associações defenderem os interesses dos agentes imobiliários da região, qual é a visão da SW-Places para o futuro da região e quais são as iniciativas que gostariam de ver implementadas na indústria imobiliária?

É uma questão que tem “pano para mangas” e podíamos dissertar sobre ela mas, vamos por partes, as associações penso que respondem de uma maneira geral ás solicitações dos seus membros, e prestam um serviço de informação genérica sobre o estado da arte, o que eu não vejo da parte deles é uma pressão à instituição reguladora para acabar com as vendas de imóveis pelos particulares, que não têm que cumprir nenhum regulamento nomeadamente, o Branqueamento de Capitais (BC) que, segundo o legislador de acordo com a Comunidade Europeia impõem como formação incondicional à prática de atividades tanto de consultor como mediador imobiliário. Este facto para além de não serem defendido, seria uma das iniciativas que gostaria que num futuro breve viesse a ser implementada, também a obrigatoriedade de uma formação específica para a atividade, talvez assim deixávamos de ser servidos por mostradores de imóveis e passávamos a ser por profissionais que defendem com bases sólidas os seus clientes. A nossa visão do futuro na região é positiva, desde logo pela posição geográfica na Europa, que atrai pessoas com interesse pela zona e que se envolvem nas atividades locais.

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