“Um Politécnico Glocal” com orgulho no passado e confiança no futuro

Luís Loures, em entrevista, refere a importância do Portugal Air Summit para o crescimento da região.

Luís Loures, Presidente

Entre os dias 12 e 15 de outubro, Portalegre acolhe a 6ª edição do Portugal Air Summit. Na sua opinião, qual é a importância deste evento para o distrito?

Na minha opinião é de importância extrema pois, se por um lado permite reunir no Alto Alentejo os especialistas ligados a esta temática, por outro coloca a região na vanguarda enquanto um local estratégico de desenvolvimento do sector aeronáutico.

Para além disso, o facto do Politécnico de Portalegre ser parceiro deixa-nos muito agradados, não só porque o Portugal Air Summit é já um evento incontornável a nível internacional, mas também porque o sucesso alcançado pelo evento além de promover Ponte de Sor, promove a região e torna-a uma referência internacional nesta temática, merecendo por isso todo o apoio das entidades regionais e nacionais.

 

Esta cimeira é um local de excelência para a obtenção de novos conhecimentos e ao que sabemos que o IP Portalegre estimula e apoia o empreendedorismo, a empregabilidade e a formação dos seus alunos. Nesse sentido, irão marcar presença no evento? O que é que o evento pode representar para a comunidade académica?

Sendo parceiros do município e um player relevante na região, não podíamos deixar de estar presentes neste evento, mas também entendemos a nossa participação como um aspeto fundamental para a afirmação do Politécnico a nível regional e nacional. Além disso, entendemos que a participação e o envolvimento da academia neste evento constitui uma experiência enriquecedora na medida em que os nossos estudantes, docentes e investigadores têm a oportunidade de participar quer nos seminários quer nos workshops temáticos, ao mesmo tempo que fortalecem os contacto com a indústria, promovendo o desenvolvimento de oportunidades de emprego para os estudantes e de formação e desenvolvimento para os docentes e investigadores.

 

Foi eleito Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre para o quadriénio 2021/2025. Nomeie os pilares estratégicos de atuação para este período.

Antes de mais, importa referir que o Politécnico de Portalegre é uma instituição de ensino superior muito alinhada com o seu território e a sua região. Aliás, eu candidatei-me à presidência sob o mote “Ser um Politécnico Glocal – com orgulho no passado e confiança no futuro”. E foi considerando essa premissa que defini cinco pilares estratégicos fundamentais:

– Ensino e formação: formar a sociedade considerando as necessidades da região e do país, constitui um dos aspetos fundamentais da nossa missão;

– Investigação, inovação e transferência de tecnologia: cada vez mais temos que desenvolver investigação que seja relevante e que permita às empresas inovar e criar valor acrescentado;

– Empreendedorismo, emprego e valorização do conhecimento: garantir que a formação de elevada qualidade que ministramos aos nossos estudantes possa ser valorizada através da criação de emprego;

– Internacionalização e cooperação institucional: vemos na internacionalização uma excelente alternativa para o desenvolvimento do país e para o crescimento das regiões de menor densidade populacional;

– Pessoas e sociedade: somos uma instituição centrada no reconhecimento do mérito, e por isso mesmo atribuímos especial atenção à valorização do corpo docente, dos colaboradores, dos estudantes e à relação destes com sociedade.

Relativamente ao futuro faz parte dos vossos objetivos disponibilizar aos alunos cursos relacionados com a aviação e a aeronáutica, por exemplo?

Apesar de ainda não nos ter sido possível disponibilizar oferta formativa relacionada com essas áreas ao nível da licenciatura, nós já colaboramos em várias formações de curta duração e de requalificação de recursos humanos ligados à aeronáutica, quer de forma isolada quer em associação com outras instituições de ensino superior a nível nacional. Obviamente que, para o futuro, esse é também um dos nossos objetivos, até porque a fixação de empresas à escala mundial junto ao Aeródromo de Ponte de Sor já começa a justificar a existência de formação dedicada a este sector de atividade.

 

You may also like...