Um escritório full-service assente na ética e rigor
A Manuela Silva Marques exerce a advocacia desde 1996 e tem, desde então, adquirido várias experiências. A paixão e a vasta experiência na advocacia culminaram na criação da Manuela Silva Marques – Advogados. Em entrevista à Revista Business, a empresária e advogada, salienta que, hoje, o grande desafio é compreender a essência da Democracia.
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Ser advogada já era uma certeza na sua vida? Fazia parte dos seus objetivos de vida?
O exercício da advocacia sempre foi uma certeza; a busca de uma sociedade mais justa e equitativa o propósito. Foi, todavia, uma visão muito clara do presente e do futuro, associada à consolidação de um relacionamento de confiança com Clientes e Parceiros, o culminar da constituição de um novo escritório com melhores dimensões operacionais, boas práticas e alcance de elevados padrões de eficiência.
O mundo evoluiu e a estrutura dos escritórios de advogados tem necessariamente de se adaptar. A par das grandes sociedades de advogados, o mercado precisa de escritórios que fujam a formas arcaicas e tradicionais de atuação.
Este é o nosso desafio, mesmo com as contrariedades da pandemia e dos confinamentos, reforçando a resiliência e em resposta a uma crise global que veio alterar a ordem socioeconómica, com nefastas e transversais repercussões ao nível da saúde pública, do emprego, da gestão das empresas, da educação, da sustentabilidade do meio ambiente, entre muitas outras contemporaneidades.
Tendo o foco na economia e nas empresas, a questão fiscal é crucial: existirão sempre impostos futuros a pagar. Com base numa assessoria jurídico-fiscal especializada, numa estratégia sustentável para o cliente e direcionada, somos um escritório full-service, com um padrão de atuação corporalizado pela exigência, ética e rigor, que se centra numa linha de resposta imediata e próxima do Cliente, tendo em conta o perfil deste.
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Assistimos, atualmente, a uma normalização da mulher na ocupação de cargos de chefia ou outros de destaque. De uma forma geral, qual a sua opinião?
A igualdade, o equilíbrio e a inclusão estão entre as temáticas incluídas no documento “Estratégia Portugal 2030”. O diagnóstico profilático do Governo é claro neste domínio: continuam ainda hoje a registar-se, no mercado de trabalho e na sociedade em geral, fenómenos de discriminação (que se traduzem, entre outros, em níveis diferenciados de rendimento, participação, oportunidades e qualidade de vida) não compagináveis com uma sociedade moderna e digna. Em suma, a promoção da igualdade substantiva entre mulheres e homens é uma condição de desenvolvimento e de realização da Justiça, tendo o combate às desigualdades e à discriminação como elemento nuclear a questão da Dignidade: o feminino ao ser dignificado pela igualdade e o masculino ao dignificar torna-se digno (sic scripsit).
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Qual a sua perspetiva para 2020 enquanto mulher e empresária e advogada? Quais serão os maiores desafios?
Assistimos ao expirar de uma realidade, de um dia para o outro tudo parece novo. A condição humana passou a ter novos termos e condições: de emergência, de profilaxia, de isolamento, de risco sanitário, económico e democrático. Um cenário que era para todos inconcebível.
Este atual contexto de verdadeira excecionalidade, incerteza e restrição de liberdades, tal quadro de pesadelo, não pode deixar de, na sua subjacência, se traduzir numa global recessão democrática.
Hoje, enquanto mulher e empresária e advogada, o grande desafio é compreender a essência da Democracia; evidenciar os conceitos da dignidade da pessoa humana, da igualdade, do civismo, do sentimento da liberdade e propósito comum.
Cumpre questionar: qual a vacina para um colapso metafísico-democrático? Esta não é, nem poderá ser, uma pergunta de “gabinete de crise”. No meio de um combate, seja ele qual for, em momentos de crise e retrocessos, como os que se atravessam, não obstante ser necessário definir paradigmas e modelos fundamentais que devem presidir aos universos de intervenção do Estado-Autoridade, a Democracia é sem dúvida uma instituição necessária e a fortalecer.
Facilmente compreendemos a importância da Democracia e respeito pelas normas fundamentais: tal importância, tal como sucede com o oxigénio, revela-se pela sua ausência!
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