Um equipa multidisciplinar orientada para as necessidades dos clientes

Manter uma comunicação fluída e efetiva com os clientes, empatia, visão estratégica, comportamento ético e paixão, são os elementos cruciais que refletem o universo da Reis & Associados, como desvenda, em entrevista, a Advogada Diana Reis.

Diana Reis, Advogada

Foi durante a licenciatura em Direito que descobriu a importância da advocacia na vida das pessoas? Qual foi a motivação para exercer a profissão e fundar um projeto próprio?

Sim, foi, se bem que verdadeiramente só se perceciona essa dimensão quando se exerce efetivamente advocacia. Ninguém sai da licenciatura preparado para ser advogado (ou o que quer que seja) e a realização do estágio da Ordem dos Advogados aqui assume um papel preponderante para termos este contacto e nos vermos confrontados com os casos reais da vida concreta. Regra geral, as pessoas não recorrem a um advogado pelo simples prazer de beligerar. Normalmente, teve lugar um evento na sua vida que as levou a trilhar pelo caminho judicial.

É aqui que se faz a diferença na vida das pessoas, no acompanhamento que lhes damos, na empatia que estabelecemos, na confiança que recebemos. Confesso que já tive mais motivação do que tenho agora. Gosto muitíssimo do que faço, mas sinto-nos abandonados. De um modo geral e sempre com o devido respeito por outra opinião, não há justiça (é apenas um conceito), não há meios humanos, começa a faltar algum respeito e não há diligência, cuidado e estudo nos assuntos. A par disso, contribuímos para um sistema previdencial privado que pouco nos assegura e o serviço público que prestamos, por vezes em condições tão difíceis, tem pouco reconhecimento e muitíssimo parca remuneração. Motiva-me ajudar as pessoas e saber que ainda existem operadores judiciários que procuram dar uma resposta efetiva, expedita e equitativa às contendas.

Que características intrínsecas da sua personalidade considera essenciais para estabelecer conexões significativas com os clientes? Que valores deve ter um advogado para fornecer um serviço jurídico de alta qualidade?

As características da minha personalidade que mais me identificam junto dos clientes é a impertinência e a tranquilidade. Enquanto advogada tomo em consideração (e peço à equipa que o faça também) que procurem manter com os clientes uma comunicação fluída e efetiva para que as pessoas nos compreendam, a par de empatia, visão estratégica, comportamento ético e paixão pelo que se faz, com capacidade para reinventar e se reinventar.

A Reis & Associados conta com uma ampla rede de parceiros que agregam conhecimento a nível internacional. Como é que estas parcerias contribuem para tornar a estrutura mais competitiva?

A única forma de conseguirmos dar resposta a todas as solicitações e de disponibilizarmos um serviço com qualidade diferenciada, dando resposta aos desafios que nos colocam é conjugando parcerias de modo a que combinando o know-how, as vontades e meios humanos, otimizemos processos e procedimentos, tornando-nos mais competitivos. As parcerias serviram para isso mesmo, quer a nível nacional, quer internacional. Cada um de nós tem uma valência específica que o diferencia e, conjugando as valências de todos, conseguimos prestar um serviço melhor.

A aplicação da justiça é indiscutivelmente um dos elementos fundamentais para sustentar uma sociedade. Qual é a situação atual do sistema judicial e que medidas podem torná-lo mais célere e responsivo?

O sistema judicial está obsoleto, não temos meios humanos suficientes para fazer a gestão do sistema judicial, também não temos todos os tribunais dotados de meios técnicos, as decisões tardam e o sistema é tendencialmente muito moroso. O sistema de proteção jurídica, no que às remunerações concerne, bem como ao apoio prestado aos beneficiários, é desadequado e está desatualizado. Seria necessário fazer uma reforma profunda, mais sobre pensar em agilizar os procedimentos. Ainda há muita formalidade na prática dos actos, e atenção, deve haver, mas q.b. Os processos agigantam-se sem necessidade, tornam quase humanamente impossível que alguém leia, analise, estude e pondere, peças com milhares de páginas, replicadas por centenas de partes envolvidas, com dezenas de sessões de julgamento, realizadas normalmente vários anos depois dos factos terem ocorrido e depois ainda profira uma decisão que ainda tenha utilidade prática e exequibilidade.

É preciso dar resposta à dimensão humana das pessoas que trabalham na justiça e que regra geral, em qualquer valência, estão assoberbadas e numa rotina mecânica de afogo. Não é possível ter um ambiente de trabalho de salutar se as condições de realização do trabalho são assim ou piores. Esse é um dos aspetos essenciais a alterar.

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