Rigor, exigência e qualidade técnica promovem crescimento constante

Nuno Barroso, CEO

Com 16 anos de história, a BRICK – Serviços de Engenharia, Lda é, hoje, uma das empresas mais inovadoras e promissoras na prestação de serviços de avaliação imobiliária e de equipamento, assim como da peritagem. Nuno Barroso, CEO, em entrevista, evidencia que a estratégia, em termos de futuro, passa por cimentar os atuais relacionamentos institucionais e estabelecer novas parcerias de negócio na área da avaliação imobiliária, bem como apostar no desenvolvimento do departamento de peritagem multirriscos junto das seguradoras e particulares.

Como avalia a evolução da empresa?
A BRICK tem efetivamente observado uma trajetória de crescimento constante, assente em pilares fundamentais: Rigor, Exigência e Qualidade técnica. Três fatores que se complementam com o cumprimento de sla’s (service legal agreement, vulgo cumprimentos de prazos contratados) e relacionamento com os diferentes parceiros de negócio. A qualidade técnica e consequente exigência/rigor que advém da experiência e da coesão da equipa, permite-nos ser uma referência de mercado. O cumprimento dos sla’s contratados promove a satisfação do cliente. O bom relacionamento institucional da marca ‘BRICK’ com os seus colaboradores e parceiros, cria um buzz que suscita a curiosidade de potenciais colaboradores (técnicos) e clientes (outras instituições). Este cocktail promove o aumento da confiança do mercado e consequente crescimento sustentado de quota de mercado.

A experiência alcançada pela empresa permite encarar todos os desafios com espírito aberto e visão estratégica. O estabelecimento de parcerias também constituiu um fator importante para terem alcançado o patamar atual?
Tal como escolher a equipa certa, acreditar e confiar nela, a escolha dos parceiros de negócio também é fundamental. Em boas relações, sejam pessoais ou profissionais, o crescimento é recíproco. Parceiros de renome, categoria em que se enquadram os bancos, os fundos de investimento nacionais e internacionais, as seguradoras e as auditoras com quem trabalhámos, são o espelho disso mesmo. Desde o dia ‘zero’ que a estratégia passou e passa por estabelecer relações profícuas com marcas de relevo, que aportam responsabilidade na representatividade inerente à nossa prestação diária, mas, por outro lado, dão um conforto adicional à nossa equipa e aos clientes.
À nossa equipa, pois sabem que estão a colaborar com marcas premium. Aos clientes em geral, dado perceberem que se, esses parceiros confiam em nós, é porque nos norteamos pelos mesmos princípios éticos e deontológicos, sendo a qualidade na prestação de serviço uma realidade.

Uma das apostas da empresa reveladora de que a inovação está no ADN da BRICK é o projeto diferenciador de Consultoria de Peritagem. Que balanço faz desde o lançamento deste projeto disruptivo e quais as vantagens deste serviço para o cliente?
A consultoria em peritagem multirriscos tem tido uma boa aceitação e o crescimento, tal como em outras áreas da BRICK, tem sido contínuo. A aposta em ferramentas digitais diferenciadoras apoiadas, entre outros, no nosso auto de orçamentação (incrementado ao longo dos últimos 20 anos), em processo de certificação contínuo e com atualizações recorrentes que tem em linha de conta a inflação, com consequente aumento de custo de materiais e mão de obra, permite-nos fazer a diferença na resolução de sinistros. Oferecemos aos parceiros melhores sla’s do que a generalidade do mercado favorecendo a relação entre segurados e seguradoras, apurando valores de indemnização mais assertivos e mais justos e gerando poupanças significativas em termos de indemnizações finais.
Também temos resultados muito interessantes na auditoria ao trabalho de reparação efetuado em sinistros multirriscos, confirmando a nossa convicção de que as seguradoras pagam indevidamente, em média, 20% a 30% mais de indemnização quando usam os serviços de reparação sem intervenção dos peritos.
Temos verificado também um incremento significativo na procura deste serviço por particulares e servicers (empresas que fazem gestão de património imobiliário e de NPL’s – Non Perfomance Loans), seja para os defender face à fraca qualidade técnica demonstrada por terceiros na regularização de sinistros para seguradoras, seja para os defender face a empreiteiros menos corretos, ou até tendo em vista a aquisição de imóveis. Nesta última situação é pedido para verificar a qualidade geral do imóvel, apontar quais as patologias mais preocupantes e estimar os custos de reparação ou substituição atendendo às ferramentas que possuímos.

A exigência, competência e qualidade técnica são pontos fulcrais da atuação da BRICK. Num mercado globalmente mais exigente torna-se imperativo uma equipa capaz de fazer a diferença perante o cliente?
Uma equipa técnica e administrativamente evoluída, em termos de competências/valências evidenciadas, uma equipa estável e satisfeita com as condições remuneratórias, faz a diferença! Na BRICK sempre nos preocupámos com a valorização dos recursos humanos. Saliento que lutamos pela igualdade de géneros, sendo 70% do nosso quadro laboral do sexo feminino. Enquanto EFR – Empresa Familiarmente Responsável, desde 2013, que premiamos a produtividade com políticas de compensação não só monetária, mas também emocional, optando por dar mais liberdade aos trabalhadores, possibilitando assim a conjugação do binómio trabalho/família. Entendemos que estas políticas resultam no excelente relacionamento laboral existente, na mobilização dos colaboradores em torno das necessidades da empresa e também, que os clientes/parceiros, têm a perceção de que é um dos nossos grandes trunfos.

A filosofia assente na sustentabilidade financeira, com uma estratégia a longo prazo permitiu que a BRICK continuasse o rumo de crescimento mesmo em tempos de pandemia?
Sim, permitiu. No último ano, voltámos a crescer a dois dígitos, temos rácios económico-financeiros excelentes e mantemos a mesma orientação de crescimento sustentado.
A pandemia trouxe muitas dificuldades a variadíssimos sectores da economia nacional e internacional, não tendo o nosso sector, sido exceção. No entanto, as nossas dificuldades foram sentidas mais ao nível organizacional, do que propriamente em termos de volume de negócio. As dificuldades iniciais, em confinamento, deveram-se à impossibilidade de os técnicos externos (avaliadores de imóveis e peritos regularizadores de sinistros) fazerem visitas e à diminuição de volume adstrito à também impossibilidade dos mediadores imobiliários angariarem negócio. No primeiro mês e meio a banca ainda tinha pipeline para alimentar a nossa rede, mas não se podiam fazer visitas. A partir do momento em que a CMVM permitiu visitas ‘alternativas’, com recurso a equipamentos tecnológicos à distância, o volume de trabalho estabilizou. Por sua vez, o mercado imobiliário teve um bom comportamento nos últimos anos, permitindo o equilíbrio e até, no nosso caso, um aumento significativo de volume de negócio. De realçar que a reivindicação, constante nos últimos anos, por parte dos peritos avaliadores de melhores condições de trabalho e remuneratórias, permitiu e permite uma sensibilização dos clientes para a questão e perspetivar um futuro mais interessante para a profissão, possibilitando a atração de novos ativos profissionais, que tanta falta nos fazem. Saliento ainda, que a BRICK, enquanto membro da ASAVAL tem pugnado constantemente pela melhoria das condições laborais dos seus profissionais.

A pandemia veio mostrar que o futuro pode passar por uma solução híbrida entre os escritórios físicos, em que as equipas se reúnem em tempo parcial, permitindo uma troca de experiências e evolução constante e, paralelamente, os home office?
Como já estávamos bem preparados para trabalhar remotamente, na medida em que sempre acreditámos na economia verde visando a sustentabilidade ambiental, a pandemia permitiu-nos manter a já falada política de valorização de recursos humanos, continuando a aplicar e incrementar as, já ressalvadas, políticas de EFR. Penso que foi uma oportunidade única de repensar o mundo, tendo-se obtido claramente ganhos em termos de eficiência com economia de escala, que se repercutiram na produtividade dos funcionários.
Do meu ponto de vista, os home office, em paralelo com o espaço físico, são a solução ideal para o planeta e para todos nós. Necessitamos é de inovar na comunicação para que os laços entre colegas de trabalho não se desvaneçam, pondo em risco a evolução da empresa e de todos os seus colaboradores. Acredito, portanto, que os ditos ‘híbridos’ são a melhor solução para o futuro, tendo também presente a ideia de que para alguns o espaço físico poderá até ser supérfluo.

Quais são as ambições da BRICK para 2022 e qual a estratégia assumida para que a empresa seja cada vez mais a referência na área dos serviços de engenharia?
Mesmo sabendo que o momento atual é difícil, no que concerne aos mercados nacionais e internacionais, devido à incerteza da evolução económica, que compreende a escassez e o aumento dos preços de matérias-primas e de mão de obra, para além da névoa que paira sobre o horizonte e que consiste no presumível aumento das taxas de juro a médio prazo, a ambição é sempre enorme!
A vontade de prestar bons serviços, ajudar clientes a crescer, ajudar os colaboradores a evoluírem enquanto indivíduos e profissionais, pensar e agir ‘verde’ e ‘sustentável’ em prol do planeta, são sempre objetivos/ambições presentes. Se seguirmos esta linha de raciocínio e procurarmos afincadamente novos parceiros de negócio nos departamentos de avaliação e peritagem, a par de outros oportunidades de negócio na prestação de serviços de engenharia, iremos com certeza manter a trajetória de crescimento a dois dígitos que nos carateriza e consolidar a nossa posição/reconhecimento no mercado.
Tendo atingido, em 2021, níveis referenciais que nos permitem ser PME Líder, a estratégia passa por cimentar os relacionamentos institucionais existentes e ter novos parceiros de negócio na área da avaliação imobiliária, para além do apostar fortemente no desenvolvimento do departamento de peritagem multirriscos junto das seguradoras e particulares.

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