Panificadora Costa & Ferreira: “A razão do nosso sucesso é a vossa preferência”

Este é o slogan da Panificadora Costa & Ferreira, a empresa responsável pelo fabrico do afamado Pão de Rio Maior. Para esta edição da Revista Business Portugal, estivemos à conversa com Rita Costa que administra esta Panificadora em conjunto com o marido Joaquim Costa.

A origem do Pão de Rio Maior remonta à própria origem da Costa & Ferreira, quando o proprietário, Joaquim Costa, iniciou o fabrico de uma receita exclusiva de um pão caseiro cozido a lenha em fornos de alvenaria para fornecimento de duas pequenas churrasqueiras que detinha em conjunto com a sua esposa, Rita Costa.
Com a grande procura por restaurantes e posteriormente pequenos mercados, o pão tradicional ficou a ser conhecido por Pão de Rio Maior, devido ao seu fabrico se encontrar localizado nesta região ribatejana que dista 80 quilómetros de Lisboa.
Com a frescura e a qualidade inalterada por um longo período de tempo, o Pão de Rio Maior passou a ser conhecido através dos seus consumidores e comercializado a nível nacional nas grandes superfícies, assumindo-se, hoje, como uma das marcas mais reconhecidas como um produto tipicamente português.
Assim, a Sociedade Panificadora Costa & Ferreira é uma indústria de panificação tradicional portuguesa e encontra-se instalada num complexo com mais de 50 mil metros quadrados.

O verdadeiro Pão de Rio Maior
O cuidado com uma alimentação equilibrada que salvaguarde o consumo excessivo de sal foi desde cedo uma preocupação para esta Panificadora, uma vez que nas suas receitas é utilizado muito menos sal do que o máximo recomendado: “Nós temos plena consciência de que fabricamos um produto que é consumido diariamente pelas pessoas e, por isso, fazemos questão de que ele seja 100 por cento natural e com o melhor sabor possível, através da nossa receita inalterada ao longo de quase três décadas”, enalteceu a nossa entrevistada.
O pão que se tornou famoso pela sua côdea estaladiça e interior macio e saboroso é produzido 24h por dia nas instalações da Panificadora Costa & Ferreira (em Rio Maior), através de um processo tradicional e artesanal completamente inalterado: “O nosso pão não contém qualquer aditivo nem conservante. É feito apenas com água, farinha, sal e fermento”, reiterou. O método de fabrico assume-se como sendo “diferente” e extremamente artesanal: “Cada pão passa por muitas mãos antes de chegar ao consumidor final e é o que garante a qualidade e o sabor único que caracteriza o Pão de Rio Maior”.

Produtos 100 por cento nacionais
Desde o pão de centeio ao de milho, passando pelo pão de forma, a Panificadora Costa & Ferreira assume o fabrico de cerca de 25 toneladas de pães por dia. Para isso, conta com uma equipa de cerca de 250 pessoas – “muitas delas imigrantes porque a verdade é que falta mão-de-obra na nossa região e, pelo que vejo, um pouco por todo o país também” – e uma frota de camiões e carrinhas para distribuição de pão e transporte de farinhas, composta por cerca de 100 veículos. Este processo completo e restrito permite que a Panificadora Costa & Ferreira garanta todo o processo que envolve o fabrico de pão que produz, desde o transporte da farinha até ao momento em que o pão é entregue ao cliente.
Esta empresa, no âmbito da atividade de “fabrico de pão”, que contempla todas as atividades de produção, armazenamento, expedição de congelados e distribuição de produtos de panificação, considera a qualidade e a segurança alimentar dos produtos que comercializa como parte fundamental da sua estratégia comercial. Assim, esta é uma empresa certificada e, para além disso, uma empresa distinguida com os prémios de PME Líder e PME Excelência – prémios que reconhecem a postura sólida e a confiança com que trabalham no mercado.

A Panificadora Costa &Ferreira obteve em 2014, a certificação de Pão Regional de Rio Maior, sendo este o primeiro produto do setor da panificação tradicional certificado a nível nacional.

Um futuro em crescimento
A Panificadora Costa & Ferreira encontra-se numa fase de ampliação das suas instalações. Rita Costa explicou que passará a contar com um novo túnel de congelação em espiral e com um novo edifício que irá operar como entreposto logístico, que irão garantir a existência de produto nas épocas do ano em que a procura é mais elevada.

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