Mouraplás, um conceito inovador no mercado

 

 

Carlos Pinheiro, Administrador

Carlos Pinheiro deu asas à imaginação e abriu este negócio num momento verdadeiramente desafiante da sua vida: a situação de desemprego. Entre altos e baixos, dispondo de uma equipa jovem e dinâmica, aliada a um forte espírito empreendedor, a empresa caminha para os 23 anos de vida e o saldo, feitas as contas, é francamente positivo.

A Mouraplás já conta com mais de duas décadas de existência no mercado. O balanço que faz até aqui é positivo?
Sim, tem sido muito positivo. Temos conseguido ultrapassar todos os obstáculos que nos têm surgido, inerentes ao contexto atual, nomeadamente, à pandemia que é uma situação transversal a todos nós. E, de certa forma, temos estado a conseguir cumprir com todas as nossas obrigações, com os nossos colaboradores, bem como com fornecedores e todos os parceiros que envolvem a estrutura da Mouraplás.

Como é que é feito todo o processo de contacto com o cliente?
Nós temos os canais de media atuais como a internet e a loja on-line. Dispomos dos nossos contactos de outrora e todos estão a funcionar, de certa forma. Já o contacto presencial com o público é que se tornou menor, embora, aos poucos e poucos, já esteja a retomar à normalidade. Ainda assim, como já tínhamos os canais estabelecidos dentro da nossa plataforma foi mais fácil continuar com os fornecimentos e, claro, dinamizar todo o tipo de vendas ligadas ao contexto epidémico. A única diferença que sentimos foi mesmo essa de falar pessoalmente com os clientes, tendo em conta que passou a ser tudo tratado preferencialmente através do telefone, emails, newsletters e esse tipo de canais que são absolutamente normais nos dias que correm.

O surgimento do novo coronavírus fez com que apostassem em produtos como batas, aventais, luvas e cobre pés. Relativamente às consequências, que desafios é que a pandemia vos impôs?
Na verdade, já tínhamos esses serviços implementados no portfólio da Mouraplás. No entanto, claro que, a partir de uma certa altura, os pedidos aumentaram relativamente ao contexto epidémico e, por isso, tivemos que recorrer a algumas importações. No que concerne ao mercado nacional, começámos a fabricar, através dos nossos parceiros, alguns produtos e a colocá-los nas Santas Casas da Misericórdia, nos hospitais, todo o tipo de clientes, no fundo, onde eram solicitados. A par dessa situação da pandemia, começámos a produzir outros produtos como é o caso do Ambi-Control /HYGIENIZ’AR que têm tido bastante sucesso no mercado. No caso do ambi-control, é um produto higienizante que, ao mesmo tempo, aromatiza. Para além disso, é extremamente amigo do ambiente visto que é feito à base de etanol. Não se trata de um álcool sintético, mas sim de um produto de origem vegetal. Este artigo consegue articular a aromatização à higienização e pode, inclusive, ser respirado por asmáticos, entrar em contacto com a pele e com tecidos, não provocando nenhuma reação alérgica adversa. Ou seja, com o Ambi-Control, procuramos ter um ambiente aromatizado, mas também temos em consideração a questão da segurança tendo em conta que este produto faz três em um pois consegue aromatizar, higienizar e desinfetar todas as áreas envolventes.
É um produto muito diferenciador com bastante sucesso nos hotéis, lares, misericórdias, cafés, restaurantes, ginásios, entre outros, que nos levou ao Congresso dos Diretores de Hotéis, em Fátima e aos eventos da AGL – associação de ginástica de Lisboa – onde fizemos parte do plano de contingência aprovado pela DGS.

Suponho que uma das vossas maiores preocupações é tentar ser uma empresa amiga do ambiente. O que está a ser feito nesse sentido?
A Mouraplás tem uma vertente inovadora que se preocupa com o ambiente e não o descuramos, de facto, atendendo à sua importância. Basta olharmos, por exemplo, para as questões da UE e todos os protocolos que estão a ser colocados em vigor como, por exemplo, o carbono zero, resíduo zero e economia circular. Estamos apreensivos em tratar bem desta situação tão premente. O aquecimento global também é uma questão importante que podemos combater diminuindo as emissões de CO2.
Inquieta-nos, inclusive, a contaminação, no que diz respeito aos rios e aquíferos. Também estamos a apostar na vertente agrícola com produtos inovadores de base microbiológica – a dizer bio fertilizantes. Este produto ao fertilizar o terreno permite melhores colheitas com melhor qualidade a baixo custo e em simultâneo apreendemos dióxido de carbono CO2 da atmosfera. Segundo estudos efetuados, na comunidade científica, por cada quilo de húmus produzido capturámos 1830 gr de CO2, quantidade existente em cerca de 4573 m³ de ar.
Quando produzimos um kg de trigo apreendemos tanto CO2 como o que existe em 3000 m³ de ar. Ao proceder ao aumento da área de produção agrícola e cultivar os terrenos, com esta tecnologia apreenderíamos mais CO2 do que aquele que produzimos resolvendo, pois, o problema do aquecimento global; para além disso, iriamos gerar mais empregos e reduziríamos o problema da fome e dos conflitos relacionados com a comida e a pobreza.

Já tiveram alguns contactos com o mercado externo como é o caso de Angola e de Espanha. Pretendem continuar a abrir armazéns tanto a nível nacional como a nível internacional?
A Mouraplás dispõe de armazéns em Espanha, além disso, tem contacto com Angola e outros países de língua e expressão portuguesa para promover estes novos produtos.

Visto que estamos perante uma empresa cuja oferta é tão diversificada, o que é que vos falta fazer? Que objetivos tem a Mouraplás para o futuro?
Neste momento, estamos empenhados em trabalhar com produtos novos ligados à questão ambiental e agrícola, como já referido. Queremos começar a ter produtos que, possivelmente, serão fabricados nas nossas instalações. Atualmente, fala-se muito da problemática do bagaço da azeitona. Este é um tema muito recorrente que está a ser abordado praticamente em todos os canais de comunicação. Por isso, queremos, de acordo com o aproveitamento da economia circular e resíduos zero, fazer com que este nosso novo produto, seja uma mais-valia, e acho que isso já está a ser conseguido. Temos provas dadas, nomeadamente, em algumas Universidades e em diversos pontos no nosso país, desde o norte ao sul, onde já estão a ser testados esses produtos, e o facto é que têm tido bastante sucesso. Em suma, queremos promover essa dinâmica relacionada com o ambiente e agricultura, essas são as nossas apostas.

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