Ministra da Agricultura garante apoios para a modernização e sustentabilidade do setor  

Uma agricultura mais moderna, competitiva e sustentável é fundamental para garantir a viabilidade do setor do ponto de vista ambiental, social e económico, salientou ontem a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, durante a sessão de encerramento da Cimeira Nacional de AgroInovação, que se realizou nos dias 11 e 12 de outubro no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas – CNEMA, em Santarém.

Ao longo dos dois dias do evento, promovido pela Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), foi evidenciada a importância da ciência e da tecnologia na agricultura, através da entrega de prémios, apresentações e simulações de projetos de realidade virtual e aumentada e demonstrações de soluções e mecanização tech, com a presença de empresas e startups do setor. Ideias, propostas e distinções que, referiu a ministra, “são uma parte muito significativa da estratégia do Ministério da Agricultura para o setor”.

Maria do Céu Antunes destacou as principais medidas do Ministério da Agricultura e Alimentação para apoiar o setor, designadamente o forte investimento em mecanismos que possibilitam uma maior eficiência da gestão hídrica e incentivos à investigação para dar resposta aos problemas dos agricultores.

Um dos momentos mais relevantes da Cimeira foi a apresentação e assinatura dos contratos referentes a 23 projetos de financiamento aprovados na área da Agricultura 4.0, no âmbito da componente C5 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), correspondente a dotação de 4,6 milhões de euros e envolvendo mais de 70 parceiros, incluindo PME, entidades do Ensino Superior e de investigação, associações do setor, institutos públicos, entre outros.

Estão assim formalizados os projetos de inovação resultantes das seguintes candidaturas: Wine Forecast, da Universidade do Porto; Robotics 4 Farmers, do Instituto Superior Técnico; Associação SFCOLAB – Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital da Agricultura; Phenobot, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência; Pegada 4.0, da Universidade de Évora; e Agricultura Aumentada e Sustentabilidade, do Instituto Superior de Agronomia.

A ministra mencionou a criação do Portal Único da Agricultura, que visa centralizar as informações sobre a atividade agrícola, facilitando a relação entre produtores e agricultores com o Ministério. “Queremos que, num Portal Único, de forma muito intuitiva, as candidaturas aconteçam de forma ágil para o agricultor, para o Ministério e para outros organismos”, referiu.

Igualmente fundamental é o Plano Estratégico da PAC (PEPAC) para o período 2023-2027, traduzindo-se na atribuição de apoios especialmente para produtores que garantem a sustentabilidade da sua atividade.

 

Agro Tank distingue projeto de eficiência hídrica

“O Ministério da Agricultura é inovador, dinâmico, criativo e capaz de construir redes que congregam todos para estas iniciativas”, afirmou a ministra, congratulando a DGADR pelo sucesso do evento, que este ano incluiu o Concurso Realidade Virtual e realidade aumentada: Oportunidades para a sustentabilidade do agronegócio, apoiado pelo Crédito Agrícola. Das seis ideias apresentadas, as três mais votadas participaram no Agro Tank, tendo o júri atribuído a vitória ao projeto H2OPEN: Sistema de Irrigação Inteligente para todos, da NOVA IMS Information Management School, da Universidade Nova de Lisboa.

Durante a Cimeira foi ainda entregue o Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, que distinguiu projetos em diversas categorias.

Também foram exibidos os resultados de cerca de 120 projetos de inovação em parceria, com o envolvimento de produtores, que compareceram em peso na Cimeira. Estes projetos são o fruto do trabalho de grupos operacionais apoiados pela Rede Rural Nacional que aproximam dos agricultores as instituições onde é desenvolvido o conhecimento, potenciando a disseminação da tecnologia e da inovação.

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