Kapten: O seu destino à distância de uma app e com a tarifa mais leve do mercado

Quer viajar de um local para outro de forma rápida, cómoda, e com a tarifa mais competitiva do mercado? A Kapten é o serviço indicado para si. A operar em Portugal desde 2018, esta plataforma eletrónica de transporte privado já está disponível na região de Lisboa e Porto. Entrevistamos Sérgio Pereira, Diretor Geral da Kapten, que nos “conduziu” pela recente história da marca, pelos tempos atuais e pelos objetivos da empresa.

Liderança! Este tem sido o mote que motiva o vosso percurso. Nestes sete anos de existência quais são os principais pilares da história da vossa empresa?
A Kapten, antiga Chauffeur Privé, surgiu em Paris em 2012. Começou com três amigos que, depois de se aperceberem que a mobilidade estava em transformação, decidiram lançar uma app de transporte de veículos privados. Esta app surge com uma cultura e uma forma de estar sustentável, uma vez que os seus fundadores pretendiam criar um círculo virtuoso entre motoristas, utilizadores e a própria cidade. E este círculo virtuoso é, hoje em dia, o grande pilar da Kapten. Empenhamo-nos no sentido de assegurar que todo o nosso trabalho e o nosso negócio criam valor acrescentado para a cidade, para os nossos 5.000 motoristas e para todos os utilizadores, sabendo que com isso vamos criar também valor para a Kapten. Esta tem sido uma das nossas filosofias.

Paris foi o começo, mas o objetivo é continuar a expandir na Europa. Neste momento, estão presentes em diversas cidades Europeias, mas começaram por Lisboa. Porto foi a mais recente aposta. Como surge esta oportunidade? Tem correspondido às expectativas?
A Kapten cresceu de forma bastante rápida. Em 2017, foi adquirida pela Daimler com a intenção de, efetivamente, conquistar a liderança no mercado de transporte privado. Em setembro de 2018 lançámo-nos em Portugal, mais concretamente em Lisboa, dando início à expansão europeia que estamos a executar.
O sucesso que tivemos em Lisboa acabou por ditar a expansão para outras cidades da periferia da capital portuguesa, marcando o primeiro crescimento geográfico em Portugal. O Porto, sendo a segunda maior cidade e conhecendo as relações económicas e comerciais que existem entre as duas cidades, fazia todo o sentido. Neste processo de escolha, mais uma vez, focámo-nos no que fazia mais sentido para os portugueses e o que fazia mais sentido, nesta fase, era precisamente o norte. E como abordamos cada mercado de forma personalizada e adaptada, garantindo proximidade com todos os intervenientes, a nossa integração acabou por ser orgânica e sempre crescente. Neste processo de expansão, já estamos nos mercados de Londres, Genebra e Lausanne e, obviamente, continuamos a trabalhar para ampliar a presença da marca em mais países e cidades europeias. Tem sido um sucesso e mais uma vez conseguimos ultrapassar as expectativas.

Olhando para o primeiro dia e para os desejos e metas a que se propuseram, podemos afirmar que tem sido um percurso positivo?
Quando nos lançámos em Portugal, obviamente, tendo um produto que tinha muito sucesso em Paris, Lion e Côte D’Azur e com investidores que apostaram fortemente na plataforma, as expectativas eram elevadas. A entrada em Lisboa e o crescimento que se seguiu foi bastante forte e surpreendente. Estamos todos muito satisfeitos com o trabalho desenvolvido. Acho que o facto de os investidores perceberem que é preciso trabalhar o serviço, a comunicação e a relação com os motoristas de forma local, nos ajudou imenso neste nosso sucesso. Na verdade, termos criado uma equipa em Portugal com um escritório aberto ao público, aberto aos nossos motoristas e parceiros, termos contratado uma equipa com experiência local, e feito parcerias com agências, ajudaram-nos a fazer a comunicação localmente, trazendo uma personalização ao nosso serviço. Por isso, só podemos afirmar que está a correr muito bem e que temos intenção de apostar em mais cidades nos próximos anos.

Estando a mobilidade em constante transformação, considera que a mesma tem vindo a ter um papel mais preponderante na sociedade? Qual a visão da Kapten sobre este processo?
Estamos a viver um período muito interessante. O setor da mobilidade está a transformar-se, mas a verdade é que ninguém pode afirmar com toda a certeza o que vai acontecer dentro de cinco ou dez anos. O que sabemos é que temos que ser mais eficazes e eficientes na utilização do nosso tempo, das vias e ruas das cidades, do transporte público e do transporte privado. Portanto, aquilo que a Kapten quer, e que vai continuar a apostar, é dar resposta às tendências e necessidades. Efetivamente, aquilo que queremos, em termos de mobilidade, é que qualquer pessoa possa chegar do ponto A ao ponto B num espaço de tempo mais curto e com o custo mais baixo. Trabalhamos para construir uma mobilidade que assente em sustentabilidade, ajudando as cidades a crescer e a serem mais eficientes. Temos a ambição de conseguir muito mais e muito melhor do que foi feito até aqui, com a esperança de que, um dia, alguns dos issues de mobilidade que detetamos atualmente sejam apenas um passado distante. O nosso foco está na criatividade e na inovação, só assim conseguiremos estar na vanguarda da rápida evolução da mobilidade. Depositamos também a nossa esperança nos nossos colaboradores, nos nossos clientes, nos nossos parceiros e acreditamos que fazemos a nossa parte através da constante evolução desta plataforma e das soluções que oferece.

Num mercado tão competitivo, como se diferenciam? De que forma aplicam a inovação e a modernidade na Kapten?
Por um lado, somos uma marca humana! Garantimos um contacto personalizado e de proximidade com todas as pessoas com quem e para quem trabalhamos. Depois, temos aquilo que nos diferencia em termos tecnológicos: Somos compatíveis com o MB Net e temos a possibilidade de pagamento via Apple Pay, o que nos posiciona na primeira linha de utilização deste serviço que chegou recentemente a Portugal. Para além disso, estamos a trabalhar no lançamento de serviços mais específicos, como os veículos elétricos e híbridos, bem como no lançamento de serviços de B2B corporativos. Podemos falar ainda de um dos grandes pontos que nos distingue que é nosso programa de fidelização, um programa único no mercado, que permite aos nossos utilizadores ganhar pontos sempre que utilizam o nosso serviço e que podem trocar por viagens no futuro. Na verdade, trabalhamos de forma sistemática para melhorar o nosso produto e o nosso serviço indo ao encontro das tendências do mercado. Uma das tendências é precisamente o Co-opetition e, nesse sentido, estamos a desenvolver um trabalho de parceria com outras plataformas, que fazem parte do Grupo Free Now, de forma a podermos integrar os seus serviços na nossa plataforma. No fundo, estamos a trabalhar numa série de potenciais parcerias que nos tornem mais eficientes e eficazes e que traga valor acrescentado a todos. Acima de tudo, queremos criar um ecossistema sustentável trabalhando para liderar a transformação da mobilidade.

2020 está previsto ficar marcado pela conquista das primeiras 15 cidades europeias. Quais são as possíveis cidades a conquistar?
Ainda não podemos desvendar. Estamos a analisar vários mercados, várias cidades, e sabemos que este é um mercado que muda rapidamente. A verdade é que a nossa entrada em Portugal coincidiu com a entrada da nova lei em vigor, sendo que até então Portugal era uma zona um pouco ‘cinzenta’. É muito importante para os nossos investidores fazer uma entrada eticamente correta e, portanto, estamos a analisar os vários mercados que estão em transformação. Acredito que o próximo passo será a criação de uma regulamentação europeia, mas, neste momento, verificamos que a regulamentação em diversos países está a mudar. Estamos bastante atentos a essas alterações e, a partir daí, efetuaremos a nossa expansão de forma sólida e estratégica.

Num futuro a longo prazo, quais são os objetivos que pretendem alcançar?
Queremos fazer parte e liderar esta transformação na mobilidade. Sabemos que somos as pessoas certas para ajudar a definir essa mudança, mas não sabemos muito bem como tudo se vai desenrolar. Do que temos a certeza é que se queremos fazer parte dessa transformação temos de estar na vanguarda tecnológica, na vanguarda da inovação e, mais do que tudo, na vanguarda das parcerias que permitam ligar a nossa plataforma a outras. Por outro lado, queremos também chegar ao maior número de pessoas possível. Queremos ser líderes deste segmento na Europa, a médio prazo, onde Portugal está incluído.

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