Inovação e Igualdade na Energia do Futuro

Fátima Araújo, em entrevista, salienta que à frente da bigONE e da Energia Coletiva, procura inovar e redefinir a energia como um investimento estratégico, impulsionando eficiência e competitividade.

 

 

Fátima Araújo, Diretora Comercial do Segmento Empresarial da bigONE

 

 

Ao longo da sua carreira, tem sido uma figura pioneira e visionária no setor da energia renovável. Como a sua trajetória pessoal e profissional a conduziram para a liderança da bigONE e da Energia Coletiva?

Desde o início da minha trajetória profissional, sempre fui movida pelo desejo de impactar positivamente o mundo e criar soluções sustentáveis que trouxessem benefícios reais para as empresas e para a sociedade. O setor da energia renovável chamou a minha atenção por ser um dos pilares fundamentais para um futuro mais eficiente e responsável. Ao longo dos anos, adquiri uma visão estratégica sobre como a transição energética pode ser uma oportunidade de crescimento e rentabilidade para as empresas. Foi com essa mentalidade que fundamos a bigONE e a Energia Coletiva, duas empresas comprometidas em oferecer soluções inovadoras em energia solar fotovoltaica, permitindo que os nossos clientes reduzam custos e aumentem a sua competitividade.  A minha liderança nesse setor foi moldada pela busca constante por inovação, excelência e um compromisso genuíno em transformar a forma como as empresas encaram a energia – não apenas como um custo, mas como um investimento inteligente e sustentável.

Como é que lida com as barreiras impostas pela falta de representatividade feminina no setor e, mais importante, como a sua liderança tem inspirado outras mulheres?

O setor da energia renovável e da inovação tecnológica ainda é predominantemente masculino, mas acredito que essa realidade está a mudar – e o nosso papel  é acelerar essa transformação. Ao longo da minha jornada, enfrentei desafios e percebi que, muitas vezes, as mulheres precisam provar a sua competência mais vezes do que os homens para conquistarem o mesmo nível de reconhecimento. Em vez de encarar isso como uma barreira intransponível, sempre vi como uma oportunidade de me destacar pelo meu trabalho, pelos resultados concretos e pela visão estratégica que trago para o setor. Na bigONE e na Energia Coletiva, faço questão de promover um ambiente inclusivo e de incentivar a diversidade, não apenas de género, mas também de pensamento e de talento.

Sei que a minha presença e liderança podem servir como referência para outras mulheres que desejam entrar neste mercado, e procuro sempre apoiar, inspirar e abrir portas para que mais mulheres ocupem posições de destaque. Acredito que o futuro da energia e da inovação tecnológica será construído por mentes brilhantes, independentemente do género. Quanto mais diversidade trouxermos para este setor, mais criativas e eficazes serão as soluções que poderemos oferecer à sociedade.

Quais são as principais inovações que a bigOne e Energia Coletiva está a implementar para acelerar a transição energética em Portugal?

A sustentabilidade está no centro da nossa missão na bigONE e Energia Coletiva. Acreditamos que a transição energética não é apenas uma necessidade ambiental, mas também uma oportunidade de crescimento e rentabilidade para as empresas. Para acelerar esse processo em Portugal, estamos a investir fortemente em inovação e novas soluções tecnológicas. Entre as principais iniciativas, destacam-se:

  • Autoconsumo coletivo e comunidades de energia renovável – Estamos a desenvolver projetos que permitem que várias empresas e consumidores partilhem a mesma infraestrutura de energia solar, reduzindo custos e maximizando a eficiência energética.
  • Sistemas de armazenamento de energia – A integração de baterias inteligentes permite que os nossos clientes armazenem o excesso de energia produzida durante o dia para utilizar nos momentos de maior necessidade, aumentando a independência energética.
  • Gestão inteligente de energia – Implementamos tecnologia avançada de monitorização e otimização do consumo, garantindo que as empresas utilizem a energia de forma mais eficiente e sustentável.
  • Modelos de financiamento acessíveis – Criámos soluções que eliminam barreiras financeiras, permitindo que mais empresas adotem energia renovável sem necessidade de investimento inicial.

Os nossos clientes podem esperar cada vez mais soluções adaptadas às suas necessidades específicas, garantindo não apenas sustentabilidade ambiental, mas também uma forte vantagem competitiva no mercado. O nosso compromisso é continuar a inovar e a liderar a transição energética em Portugal, ajudando as empresas a reduzir custos e a tornarem-se protagonistas de um futuro mais sustentável.

Como é que a bigONE e Energia Coletiva tem procurado inovar, garantindo a poupança financeira e o impacto positivo no meio ambiente?

A inovação no setor energético vai muito além da tecnologia – passa também pela forma como nos relacionamos com os clientes e como criamos valor para eles. Na bigONE e na Energia Coletiva, acreditamos que a transição energética deve ser simples, acessível e vantajosa para todos.

Para isso, inovamos em três grandes áreas:

  • Soluções personalizadas e orientadas para resultados – Cada empresa tem necessidades energéticas únicas. Utilizamos análise de dados para oferecer projetos sob medida, maximizando a poupança financeira e a eficiência energética.
  • Modelo de proximidade e transparência – Acreditamos que uma relação de confiança é essencial. Acompanhamos os nossos clientes em todas as etapas, desde a análise de viabilidade até à operação e monitorização do sistema, garantindo total transparência nos benefícios e resultados.
  • Empoderamento e educação do cliente – Mais do que fornecer soluções energéticas, queremos capacitar as empresas a tomarem decisões informadas.

O nosso compromisso é garantir que cada projeto tenha um impacto real, tanto no bolso dos nossos clientes quanto no meio ambiente. Não vendemos apenas energia solar – oferecemos um caminho sustentável para o futuro dos negócios.

Em termos de impacto social e ambiental, quais considera os maiores resultados que a bigONE e Energia Coletiva tem alcançado?

Na bigONE e na Energia Coletiva, temos um compromisso claro: tornar a transição energética uma realidade acessível e vantajosa para empresas e comunidades. Os resultados que alcançamos até agora demonstram que este é um caminho não só necessário, mas também altamente impactante.

Em termos de impacto ambiental, os nossos projetos já permitiram uma significativa redução de emissões de CO₂, ajudando empresas a diminuírem a sua pegada ecológica e a contribuírem ativamente para a descarbonização da economia. Além disso, promovemos a independência energética, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e incentivando um modelo mais sustentável de consumo. No impacto social, destacamos a democratização do acesso à energia limpa. Através dos projetos de autoconsumo coletivo e comunidades de energia, conseguimos envolver várias empresas e consumidores, garantindo que mais pessoas possam beneficiar de energia renovável sem a necessidade de grandes investimentos individuais.

No futuro, o nosso objetivo é ampliar ainda mais esse impacto, incentivando políticas públicas que facilitem o acesso à energia renovável e promovendo parcerias estratégicas para acelerar esta transformação. Acreditamos que a transição energética só será verdadeiramente eficaz quando envolver toda a sociedade – e, por isso, queremos continuar a ser um agente de mudança nesse processo.

Quais são os próximos passos para a Energia Coletiva e para a bigONE no contexto da sustentabilidade e inovação? E como vê o futuro das energias renováveis em Portugal?

Os próximos passos da Energia Coletiva e da bigONE estão focados em acelerar ainda mais a transição energética em Portugal, investindo em inovação, digitalização e novos modelos de negócio que tornem a energia renovável ainda mais acessível e rentável.

Estamos a expandir os nossos projetos de autoconsumo coletivo e comunidades de energia, permitindo que empresas e consumidores partilhem a mesma infraestrutura de produção solar, reduzindo custos e aumentando a eficiência energética. Também estamos a investir em sistemas de armazenamento e inteligência energética, para garantir que a energia renovável seja utilizada de forma ainda mais estratégica e eficiente.

Além disso, queremos tornar o processo de adesão à energia solar ainda mais simples e flexível, com novos modelos de financiamento e parcerias, para que empresas possam adotar energia renovável sem necessidade de grandes investimentos iniciais.

Quanto ao futuro das energias renováveis em Portugal, estamos num momento decisivo. O país tem um enorme potencial para ser uma referência global na transição energética, e estamos a ver um crescimento acelerado da energia solar, eólica e de novas tecnologias. No entanto, para que esta mudança aconteça de forma ainda mais rápida, é essencial que haja um alinhamento entre empresas, consumidores e políticas públicas, criando incentivos para uma adoção ainda mais ampla das energias renováveis.

Acredito que, nos próximos anos, veremos um setor energético mais descentralizado, digitalizado e sustentável – e a bigONE e a Energia Coletiva estarão na linha da frente dessa transformação.

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