Grupo GLN: criação de valor, relevância e dimensão

No universo competitivo da indústria de moldes e injeção de plásticos, o Grupo GLN destaca-se como um protagonista determinado a moldar não apenas produtos, mas o próprio futuro do setor. Numa entrevista com Rui Ângelo, CEO do Grupo GLN, explorámos os marcos da sua trajetória profissional, os desafios que moldaram a sua abordagem e a visão do Grupo para o futuro.

 

Rui Ângelo, CEO _ foto créditos: Fernando Fabião

 

Em conversa com o CEO do Grupo GLN, Rui Ângelo, fica claro que a experiência é a força motriz por trás da sua carreira de sucesso. Para o executivo, as vivências em diferentes cenários e desafios foram cruciais para a sua evolução constante. “Somos o resultado daquilo que vivemos”, destaca. Com mais de 20 anos na indústria automóvel, Rui Ângelo destaca a importância de ter ocupado posições de liderança em empresas de diversos tamanhos e setores, proporcionando-lhe uma compreensão abrangente do mercado e das necessidades regionais. “Estar fora de Portugal e em contacto com várias culturas, ao mesmo tempo que contribuía com o ADN português, foi crucial”, reforça.

Também a identificação do encaixe perfeito com o Grupo GLN foi crucial para a sua decisão de assumir a posição de CEO, pois percebeu a necessidade de o Grupo ter alguém capaz de agregar valor e trazer uma perspetiva única. A sua motivação para liderar como CEO foi impulsionada pela vontade de fazer a diferença, resultando numa parceria que impulsionou o crescimento e a inovação no Grupo.

Inicialmente conhecido como GLN Molding the Future, o Grupo passou por uma evolução significativa desde a sua criação. A identidade “Molding the Future” foi concebida numa fase intermediária da jornada, quando o Grupo assumiu um posicionamento e identidade na indústria transformadora, juntando algumas empresas familiares com décadas de experiência que foram unidas para formar um grupo. Com isto, Rui Ângelo destaca que a expressão “Molding the Future” reflete a procura contínua por construir o futuro da empresa, ou seja, uma metáfora da criação de moldes técnicos e peças que mais ninguém consegue ter, sendo assim a base de partida para serem distinguidos no mercado. “A expansão foi realizada com base nos moldes técnicos específicos. Nós temos moldes técnicos e peças técnicas que destacam as nossas competências diferenciadoras, sendo este o ponto de partida para nos destacarmos no mercado”, afirma o CEO.

No cenário da indústria, as estratégias de crescimento são vitais para a sobrevivência e prosperidade das empresas. A GLN, visando alcançar dimensão e relevância no mercado, optou por duas abordagens cruciais para impulsionar o seu crescimento: uma estratégia orgânica e investimentos através de aquisições estratégicas.

 

Foto créditos: Fernando Fabião

 

Inicialmente, a estratégia era o crescimento orgânico, nomeadamente, concretizando-se com a primeira internacionalização com a criação da GLN México, assim potenciando a penetração do grupo no ramo automóvel e numa geografia em claro potencial crescimento, no entanto, as limitações de infraestrutura nas unidades existentes levaram a uma revisão da mesma. Diante das opções, mais alinhadas com os padrões de competitividade atuais, a escolha estratégica preferencial recaiu  na aquisição. Em março do ano passado, concretizou-se a aquisição dos ativos da Novares Portugal, uma mudança que teve um impacto significativo na identidade e nos objetivos da empresa, surgindo a GLN – Advanced Solutions. A aquisição não visava apenas aumentar o número de pessoas, mas também a melhoria do serviço ao cliente, ampliando a oferta na cadeia de valor e aproximando-se do acabamento de peças e produtos específicos da indústria automóvel, elevando o patamar nos requisitos e competitividade. “Com isto conseguimos dar um passo para sermos maiores em número de pessoas e, acima de tudo, sermos relevantes naquilo que podemos oferecer ao cliente, tanto a nível de produto como a nível de tecnologia”, destaca o executivo. Rui Ângelo afirma que, dada a natureza técnica dos produtos e processos, a inovação é crucial para adaptar a oferta às necessidades específicas dos clientes. No entanto, enfatiza a importância do desenvolvimento de soluções existentes em diversos contextos, e acima de tudo o envolvimento dos clientes nessa etapa. “A inovação é a chave para adaptar a nossa oferta às necessidades do cliente. Devemos trabalhar em antecipação, desenvolvendo soluções que agreguem valor e diferenciem o nosso produto”, salienta o CEO.

Para efetivamente aplicar essas soluções adaptadas, a proximidade com os clientes é essencial. Nesse contexto, o CEO enfatiza que a proximidade com o cliente vai muito além de uma estratégia de negócios, é uma filosofia essencial para o Grupo GLN. “Para conseguirmos responder aos problemas do cliente, temos de entendê-los e só os entendemos se tivermos uma boa relação. Essa proximidade constrói-se, acima de tudo, com confiança e compromisso”, ressalva.

Tendo como base a missão do grupo “Criação de Valor sustentável para os seus Stakeholders, satisfazendo as mais exigentes necessidades e expectativas dos clientes, sustentando o seu negócio na busca e no desenvolvimento de soluções inovadoras para produtos e processos, e investindo na formação como veículo principal para a valorização de todos os seus colaboradores”, o CEO destaca o papel das pessoas como pilar na estratégia de desenvolvimento e identidade do grupo, assim como na construção do futuro.

O CEO identifica lemas fundamentais do Grupo GLN que orientam a empresa no seu caminho de inovação e crescimento: “criação de valor”, “relevância na oferta” e “crescimento sustentável no Presente com vista ao Futuro”. Além disso, Rui Ângelo destaca a importância de criar um conceito de ‘uniqueness’ – a procura por características únicas que destacam a empresa no mercado e que os clientes reconhecem como parte do ADN da organização.

Os valores fundamentais do Grupo GLN incluem excelência, mérito, ética e responsabilidade. Para o administrador o equilíbrio entre clientes, fornecedores e colaboradores é mantido através da confiança mútua e do compromisso ético. “A confiança e o compromisso são fundamentais, mas a ética não pode ser discutível. Devemos equilibrar as necessidades dos clientes, acionistas e colaboradores para construir uma organização sólida”, realça.

Olhando para o futuro, o CEO destaca a importância de consolidar a presença atual nos mercados europeu e sul-americano, com foco no México. A estratégia inclui manter a inovação, procurar soluções em parceria com os clientes, e criar uma identidade forte para desenvolver a posição do Grupo GLN num setor altamente competitivo. “O crescimento sustentável e a competitividade são cruciais para enfrentar os desafios futuros. Devemos consolidar a nossa presença nos mercados atuais antes de dar passos seguintes”, remata.

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