Grupo CVT: Líderes no mercado da tecnologia em África

Fundado há quase 25 anos, o Grupo CVT é atualmente líder no mercado das comunicações em África. Em conversa com o Presidente do Conselho de Administração do grupo, Eng. Doutor José Luís do Livramento M. A. Brito, foi possível perceber mais sobre os serviços e desafios que apresentam de uma forma, cada vez, mais inovadora.

O Grupo CVT é líder nacional nos setores onde atua: comunicações fixas, móveis, multimédia e sistemas de informação. Esta posição permite, às empresas do grupo, efetuar investimentos nomeadamente nas redes de fibra ótica e 4G?

 

A Cabo Verde Telecom, como as outras empresas do sector, é de capital intensivo. Cumprindo a sua missão, desde cedo se posicionou com o Bilhete de Identidade “Banda Larga, Qualidade e Segurança”.
Banda Larga, quando não se falava no Big Data como agora, criando uma unidade de negócios específicos para tal, a CVMultimedia.
Um exemplo, em 1994, portanto, há 25 anos, decidiu por ligar as ilhas de Cabo Verde com Cabos Submarinos de Fibra Ótica. Por fases, foi lançando novos troços, atingindo uma capilaridade inter-ilhas e uma segurança resultante de uma configuração em anel, que garantem uma inclusão digital de todas as ilhas e a continuidade do negócio, exemplar, em qualquer parte do mundo, para territórios arquipelágicos como Cabo Verde. O empresário ou pessoa, estando na Boa Vista, no Sal, em Santo Antão, em Santiago, ou qualquer ilha, tem o acesso à qualidade de serviços garantidos pela fibra ótica submarina que interliga as ilhas.
Houve, igualmente, investimentos em Redes de Fibra Ótica dentro de cada ilha e deu-se início, já há algum tempo, a redes de fibra ótica dentro das cidades.
A Rede Móvel tem merecido, igualmente, fortes investimentos e estamos já a pensar no 5G, depois de ativarmos, recentemente, o 4G.
Hoje, somos um player de Serviços Globais, pois respondemos a necessidades empresariais que saem da conectividade e vão, desde redes internas das empresas, até aplicações informáticas e controlo de acessos, que respondam à sua eficiência operacional. Tudo, com as melhores parcerias e marcas internacionais.

Esses investimentos são efetuados em Cabo Verde e ou a nível internacional? Quais são os parâmetros para definir onde e quando vão ser feitos esses investimentos?

O nosso foco é o cliente. Há muito que saímos do customer product para o customer centric. Nesta estratégia, procuramos acompanhar o estado-da-arte nas tecnologias e serviços a nível mundial, pois, a nossa pequena economia aberta tem uma forte integração na economia global, através do Turismo e de pequenas Indústrias Ligeiras. Aí, a experiência do cliente, seja empresarial, seja pessoal, é de referência internacional, com a uniformização de gostos que resulta da globalização. Uma vez, um gestor de uma grande cadeia de hotéis me disse “pode faltar água, mas internet Wi Fi de banda larga, nunca”.
Os investimentos, principalmente, os de Cabos Submarinos Internacionais são feitos numa lógica de serviços internos, mas também, de venda de capacidade a nível regional e de viabilização dos Parques Tecnológicos em construção. Por exemplo, está em construção o Cabo EllaLink, em que participamos e que irá trazer, pela sua modernidade e capacidade, grande vantagem competitiva, pois tem ganhos como a latência e a ligação à América Latina, com fácil ligação a Norte, como os Estados Unidos da América e a Europa.

O Grupo CVT investe em investigação e desenvolvimento de novas tecnologias? Irão lançar alguma novidade para breve?

Infelizmente, Cabo Verde ainda é um utilizador final das tecnologias. Nem sequer, chegou à fase de inovação incremental. Mesmo nas plataformas e aplicações digitais, tem grandes atrasos, sendo estes desafios uma das grandes questões estratégicas inscritas no programa do atual governo, que, inclusive, já aprovou um Plano Digital para o País.
A CVTelecom dá a sua contribuição para o desenvolvimento do ecossistema digital cabo-verdiano através de projetos de inovação tecnológica e de start-ups, para além de uma postura pró-ativa de formação interna, de execução de um Programa de Transformação Digital e de parcerias tecnológicas com as empresas do País, que levam a empresa a posicionar-se, sempre, na promoção do estado-da-arte digital.

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