BCA: Um banco na linha da frente da inovação e qualidade

Fundado em 1993, o Banco Comercial do Atlântico é hoje líder e uma instituição de referência no setor financeiro de Cabo Verde. O foco na qualidade de serviço prestado aos clientes e na inovação de produtos são palavras chave para esta instituição, que tem como principal missão apoiar as empresas e famílias residentes em Cabo Verde e assim promover o desenvolvimento sustentado do país. Entrevista a Dr. Francisco Machado Costa.

Preside o Conselho de Administração do BCA desde 2018. Quais foram as alterações mais profundas a que assistiu e que implementou?
O BCA fez, em 2018, 25 anos de existência o que é em Cabo Verde considerado um banco maduro, a operar num mercado consolidado e inserido num contexto mundial de grandes transformações no setor. As transformações na banca vêm a acontecer há já vários anos de forma muito marcante por isso mais do que ter operado e implementado alterações profundas, enquanto CEO do BCA tenho tido a preocupação de manter um ritmo constante de adaptação às exigências do mercado, seguindo quer as tendências internacionais, quer absorvendo as características do mercado local. Penso que temos conseguido estar na linha da frente do que o mercado tem oferecido, tanto ao nível de produtos inovadores, como ao nível de canais de distribuição alternativos, nesta matéria em claro alinhamento com as grandes tendências da banca internacional, de forma a apoiar um segmento de clientes que estão longe em distância, estou obviamente a falar da diáspora, mas que se aproximam por via dos novos canais de distribuição, dos quais destaco o internetbanking do BCA – o BCADirecto. Para este desígnio não é despiciendo o facto de pertencermos ao Grupo Caixa Geral de Depósitos.

Descreva as relações comerciais com Portugal, nomeadamente quanto ao apoio que prestam às empresas lusas em território cabo-verdiano. Existem produtos específicos para empresas estrangeiras e clientes particulares?
Não tenho presente o número de Portugueses a viver em Cabo Verde, mas sei que é já uma comunidade com muito peso, e contamos com mais de 180 empresas de capital Português a atuar no mercado, a maioria das quais é cliente do BCA, quer no apoio à sua atividade local, quer nas suas relações com Portugal, quer por via de importações, quer por relações várias com fornecedores, clientes e outros stakeholders. A banca comercial, na qual o BCA se enquadra, desenha produtos para segmentos de clientes com características comuns e as empresas Portuguesas a operar em Cabo Verde tem necessidades muito equivalentes às suas congéneres cabo-verdianas, pelo que os produtos e serviços que o BCA oferece ao mercado beneficiam todas as empresas, beneficiando desta forma todo o ecossistema. É evidente que quando estamos perante empresas portuguesas que são clientes do Grupo CGD, que é maioria dos casos, funcionamos quase como uma extensão de serviços para essas empresas, no mercado local. De facto, a missão do BCA é o apoio às empresas e famílias residentes em Cabo Verde promovendo o desenvolvimento sustentado do país, o que de forma direta e indireta beneficia as empresas portuguesas a operar em Cabo Verde.

Pretendem, no futuro, abrir uma dependência em Portugal, de forma a assistir a comunidade cabo-verdiana a residente e fomentar as relações comerciais com empresas portuguesas.
A banca está a sofrer uma enorme transformação do seu modelo de negócio, essencialmente fruto da incorporação da inovação tecnológica que exigirá dos bancos uma enorme resiliência e capacidade de adaptação. Efetivamente, quando pensamos nas grandes empresas de sucesso deste século, rapidamente nos vem à cabeça nomes como Amazon, Uber, AirBnB, Alibaba, entre muitas outras, que têm em comum não “gostarem” de ser classificadas como empresas, mas sim como plataformas, mais concretamente plataformas de negócio bilateral, as quais mais não fazem do que aproximar fornecedores e clientes. Por exemplo a Uber junta proprietários de automóveis com pessoas com necessidade de transporte, a AirBnB junta proprietários de imobiliário com indivíduos que necessitam de alojamento temporário, e a Amazon e a Alibabá juntam produtores com consumidores. Ora a banca é uma “plataforma de negócio bilateral há 7 séculos” desde o século XIV que junta aforradores com investidores. Nesse sentido a banca deveria estar razoavelmente preparada para adaptação à atual evolução tecnológica. Nesta linha de pensamento, a abertura de balcões físicos em Portugal por parte do BCA não é espectável, na medida que o negócio é cada vez mais efetuado através de canais eletrónicos ou digitais, que possibilitam aos clientes um contacto com o Banco 24/24 sete dias por semana. Essa tem sido claramente a nossa aposta e é nossa convicção que a comunidade cabo-verdiana em Portugal, se sente mais próxima do seu Cabo Verde através do BCA.

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