DouroPão: Perder-se, também é o caminho…

O pão é um dos alimentos mais antigos que acompanha a humanidade, conta-se que o homem começou a cozer o pão há pelo menos seis mil anos antes de Cristo. Sendo um alimento crucial na vida do Homem, várias fábricas panificadoras o produzem e este também é a base de alguns doces. A Douropão, localizada em Castelo de Paiva, distingue-se na sua produção.

 

A história

Tudo começou há quarenta anos. As entregas ao domicílio são o que melhor os caracteriza, tanto na região como arredores. As pessoas já se habituaram ao luxo de, a uma determinada hora, o pão lhes bater à porta, pronto a consumir. É esta proximidade e o amor ao pão que os distingue. “Comecei a trabalhar nesta empresa aos 14 anos, e depois de uma curta saída, como a vimos em decadência, eu e o meu sócio, resolvemos pegar nela”, quem nos diz é Rui Silva, um dos sócios. O objetivo é manter a tradição fazendo sintonia com a evolução e inovação. É uma empresa com trinta e cinco funcionários que, apesar de não serem família, caracterizam-se como tal. O amor é a alma deste negócio e a sua partilha é visível não só no transporte como nos dois pontos de venda, A Art’doce e O Rabelo. O nome fica na ponta da língua e todos o chamam. Cerca de vinte mil são os pães produzidos diariamente. A chegada do tempo mais frio traz consigo a produção do famoso Bolo-Rei, tão característico e único da Douropão, nesta altura do ano, não esquecendo o não menos popular Pão-de-Ló e todo o tipo de bolos festivos. Os croissants e o pastel de nata a nível de pastelaria são também uma das suas maiores especialidades. A produção destas especialidades aumenta substancialmente na altura de férias dos nossos emigrantes e no regresso dos mesmos, ao levarem consigo estas especialidades para matar as saudades.

O transporte

Antigamente as pessoas iam vender o pão porta-a-porta com a canastra à cabeça, hoje é de carrinha que o pão se desloca. “É um trabalho difícil porque é um trabalho noturno, não dá para parar porque as pessoas precisam do pão bem cedo para saírem para os seus empregos. Paramos muitas vezes só para entregar dois pães.”, explica-nos. A preservação deste serviço deve-se, maioritariamente, à população envelhecida e ao hábito adquirido pelos cidadãos de Castelo de Paiva e arredores. O objetivo é a preservação dos clientes mais antigos e manter a tradição da Douropão: “Somos diferentes, pela forma que fazemos a entrega ao domicílio, com amor e dedicação”.Nunca se falou tanto em questões ambientais como agora, e a Douropão com essa preocupação, já deu início à mudança da sua frota para carros elétricos.

Futuro

Tudo circula à volta da tradição aliada à inovação e o novo ponto de venda reflete isso mesmo. Um pão-drive vai fazer parte da Douropão, onde vai ser possível comprar todas estas especialidades sem precisar sair do carro: “Foi algo com que sempre sonhamos e estamos a conseguir concretizar”. Por fim ficou a mensagem: “As pessoas compram o pão porque este faz parte dos seus hábitos alimentares, a pastelaria compram pelo prazer. E como diz o nosso Slogan: Perder-se, também é o caminho…”, por isso caro leitor, perca-se na Douropão.

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