Desde 1999 a formar o futuro da saúde

Em entrevista à Revista Business Portugal, o Professor Doutor Miguel Castelo-Branco de Sousa, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior falou-nos desta unidade de ensino, que se destaca por modelos inovadores de formação e por estar sempre pronta para qualquer desafio.

 

Miguel Castelo-Branco de Sousa, Presidente

O contexto de pandemia colocou um conjunto de novos desafios às instituições. Como se estruturou a FCS? Como antevê o próximo ano letivo?

A primeira solução foi passar a fazer o ensino on-line. O ensino da saúde tem muitas componentes práticas e, para além disso, a nossa faculdade tem a particularidade de ter uma grande interação entre os alunos e os professores, o que carece de uma relação próxima e de presença, mas, apesar de tudo, conseguimos concluir o ano letivo da melhor forma possível.  Nas componentes práticas, introduzimos a discussão dos casos clínicos e no final do ano letivo conseguimos repor algumas atividades que estiveram suspensas entre março e maio. Grande parte dos exames já decorreram em formato presencial, tendo sido criadas condições para reduzir as possibilidades de contágio.

No próximo ano letivo, queremos ser capazes de nos adaptarmos às variações que possam surgir. Os docentes e coordenadores de unidades curriculares estão a planear as atividades letivas considerando a possibilidade de haver interrupções, para que, nesse caso, a resposta seja rápida. Estando de regresso às atividades presenciais, temos tudo programado para promover o distanciamento social e evitar as possibilidades de contágio.

 

Porque devem os futuros alunos escolher a FCS para investir na sua formação académica?

A primeira razão prende-se com a qualidade do ensino. Qualquer dos cursos que temos na FCS – Ciências Biomédicas; Ciências Farmacêuticas; Medicina; Optometria e Ciências da Visão – são reconhecidos por terem muita qualidade. Uma das coisas que os nossos alunos percebem é que saem daqui bem preparados. Também os programas doutorais em Medicina, Biomedicina e Ciências Farmacêuticas tem continuado a progredir com teses de elevada qualidade e trabalhos relevantes.

Por outro lado, a Universidade da Beira Interior está localizada numa zona propícia para os estudantes terem um bom equilíbrio entre a vida académica e a vida social. Para além de estar perfeitamente preparada para receber os alunos, esta zona é tranquila, como se tem até verificado pela baixa incidência da pandemia. Tudo isto são condições que fazem da Universidade da Beira Interior uma boa opção para se vir estudar.

 

No plano da Investigação, a FCS incorpora uma unidade de investigação: o CICS – Centro de Investigação em Ciências da Saúde. Que trabalho tem vindo a ser desenvolvido?

O CICS é um Centro creditado e com financiamento para um conjunto de projetos em várias áreas, onde se faz, essencialmente, investigação de natureza básica, mas também translacional. Neste momento, estamos a desenvolver o Centro de Investigação Clínica, no contexto dos Centros Académicos, envolvendo os hospitais da rede da faculdade – hospitais de Viseu, da Guarda, de Castelo Branco e da Covilhã – e os centros de saúde das respetivas regiões, para dinamizar a investigação clínica.

 

A comunidade académica da FCS pode sentir-se confiante no futuro?

Sim, nós estamos confiantes! Penso que nos soubemos adaptar da melhor forma ao que esta crise pandémica trouxe consigo e estamos preparados para implementar as adaptações que forem necessárias. Apesar de tudo, mostramos que as nossas capacidades de gestão são muito boas e tanto os docentes como os alunos mostraram uma ótima aceitação, os técnicos de informática deram um apoio fundamental no desenvolvimento acelerado dos sistemas on-line e o restante staff assegurou as condições operacionais. A transição do modelo de ensino presencial para o modelo de ensino à distância foi intensa, mas houve um grande envolvimento de todos. Estamos preparados para o futuro.

 

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