Contribuir para um mundo sem dor

Depois de ter assumido um novo desafio, ao tornar-se recentemente Country Manager da Grünenthal Portugal, José Roriz esteve em entrevista com a Revista Business Portugal. Em primeira mão, desvendou-nos que o foco da companhia farmacêutica multinacional, que trabalha no tratamento da dor e doenças associadas, está na investigação e desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras.

 

Depois de um longo percurso alicerçado numa vasta experiência de mais de 25 anos em diversas funções e departamentos da Grünenthal Portugal, José Roriz assumiu recentemente a direção da multinacional farmacêutica alemã no mercado nacional. Como encara este novo desafio na companhia?

Assumi o cargo de Country Manager da Grünenthal Portugal com o compromisso de continuar a trabalhar para posicionar a Grünenthal como uma companhia de referência na área da dor em Portugal, contribuindo para a nossa visão de um mundo sem dor. Liderar uma empresa que aposta em profissionais de excelência, e que foi reconhecida como uma das melhores para trabalhar no nosso país, é para mim um orgulho e uma enorme responsabilidade. 

A Grünenthal é líder mundial na abordagem ao tratamento da dor e doenças associadas. Sendo a ciência o principal foco da indústria farmacêutica, que importância tem para a Grünenthal a investigação e desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras?

A Grünenthal tem mais de 50 anos de experiência de investigação na área da dor e cerca de duas centenas de pedidos de patente nos últimos dez anos. Enquanto líder mundial na investigação e no desenvolvimento (I&D) na área da dor, explora intensamente novas opções de tratamento com potencial para melhorar a vida dos doentes em todo o mundo. Somos uma empresa ambiciosa e dinâmica, com um pipeline orientado para a inovação, que nos permite crescer a partir das nossas competências centradas na dor. A nossa atividade de I&D permite-nos desenvolver soluções inovadoras e tecnologia de ponta nesta área terapêutica. 

A dor é atualmente considerada como o principal problema médico a nível global. Mais de 1,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de dor crónica. Que tratamentos disponibiliza a Grünenthal nesta área da dor?

A dor crónica é uma doença invisível e difícil de avaliar, mas com grande impacto a nível pessoal, familiar e socioeconómico. Em Portugal, por exemplo, sabemos que uma em cada três pessoas vive com dor crónica. De acordo com o estudo “Prevalência e Caracterização da Dor Crónica nos Cuidados de Saúde Primários” – promovido pela Grünenthal em 58 centros das ARS do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo –, a prevalência da dor crónica nos cuidados de saúde primários é de 33,6%. É neste contexto que a Grünenthal desenvolve a sua atividade; temos uma visão clara de um mundo sem dor, que está presente em tudo o que fazemos. Estamos centrados em cinco áreas fundamentais: lombalgia crónica, dor neuropática periférica, dor crónica pós-cirúrgica, osteoartrose e enxaqueca. Além da I&D próprias, as parcerias estratégicas que estabelecemos com outras empresas e com as instituições científicas também devem ser encaradas como uma prioridade, para que seja possível continuarmos a contribuir para o desenvolvimento de opções terapêuticas inovadoras e relevantes para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com dor crónica.

O Prémio Grünenthal DOR é um prémio anual, criado pela Fundação Grünenthal. Em que consiste este prémio e a quem se destina?

A Fundação Grünenthal é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 1998, com a finalidade de contribuir ativamente para um melhor tratamento da dor em Portugal. Ao longo destas mais de duas décadas, a Fundação Grünenthal tem desenvolvido e apoiado diversas iniciativas de divulgação de conhecimento científico e de apoio à investigação. Promove igualmente atividades de âmbito literário, com vista a contribuir para um maior conhecimento em torno da dor crónica em Portugal. O Prémio Grünenthal Dor é um prémio anual, criado pela Fundação Grünenthal, destinado a galardoar trabalhos sobre temas de investigação básica ou clínica relacionados com a dor. Este é um dos prémios organizados pela Fundação Grünenthal, a par da Bolsa Para Jovens Investigadores em Dor, do Apoio a Projetos de Investigação na Área da Dor e do Prémio de Jornalismo na área da Dor. 

A pandemia Covid-19 tem gerado atrasos significativos em todas as especialidades clínicas. Como está a situação ao nível de diagnósticos e tratamentos nos doentes com dor crónica?

A situação excecional provocada pela pandemia veio alterar significativamente a organização do sistema de saúde, em virtude da própria doença, o que implicou uma resposta específica e imediata dos serviços de saúde. 

Os sucessivos confinamentos e as restrições a que a pandemia obrigou resultaram num impacto muito acentuado no acompanhamento das doenças não-covid e a dor crónica não foi exceção. Este facto é particularmente preocupante quando sabemos que a dor é uma das principais razões que leva as pessoas a procurar cuidados médicos. 

Depois de mais de um ano e meio de período de pandemia, terão ficado por diagnosticar muitos doentes com dor crónica, outros tantos ter-se-ão agravado e terá havido um número considerável de doentes que adiou tratamentos e exames complementares. Ainda assim, há que destacar o papel dos profissionais de saúde, que apesar de todos os constrangimentos mantiveram e reforçaram o seu compromisso com o doente, criando uma rotina de acompanhamento não presencial, o que implicou uma readaptação das dinâmicas de trabalho. 

Equipa Grünenthal Portugal

Equipa Grünenthal Portugal

A Grünenthal tem vindo a ser reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar em Portugal. Que significado tem a distinção atribuída pelo Great Place to Work Portugal?

A Grünenthal foi distinguida como uma das Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal, na dimensão menos de 100 colaboradores, no ranking de 2021 (5.º lugar). Recebeu ainda a certificação Great Place to Work, que distingue a qualidade do ambiente de trabalho proporcionada pela empresa aos colaboradores. As distinções que temos recebido refletem o esforço de todos os colaboradores, a paixão com que trabalhamos e o respeito pelos doentes, mas, sobretudo, motivam-nos para continuar a fazer mais e melhor pela nossa missão. 

A Grünenthal está a celebrar este ano o seu 75º aniversário e, no âmbito das suas comemorações, lançou a iniciativa de reflorestamento #TreesForOurPlanet. Que medidas fazem parte desta contribuição global para o meio ambiente?

A iniciativa #TreesForOurPlanet nasceu no âmbito do 75º aniversário da Grünenthal e está integrada na nossa política de Responsabilidade Social. 

Comprometemo-nos a plantar 7.500 árvores em todo o mundo até o final de 2021 como forma de ajudar a proteger o planeta para usufruto das gerações futuras. A iniciativa foi desenvolvida para que todos os colaboradores da Grünenthal globalmente possam participar através da plantação de árvores na sua região. A par desta iniciativa, a empresa tem vindo a fazer um esforço para diminuir a pegada ecológica, encontrando novas formas de reduzir, reutilizar e reciclar resíduos de produção.

A Grünenthal está presente com a sua filial em Portugal desde 1995. Como avalia esta implementação e percurso no mercado nacional, e que futuro está reservado para a companhia?

Em Portugal, a Grünenthal conta com uma equipa experiente, composta por cerca de 50 colaboradores que mantêm o compromisso diário com a missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com dor crónica. Com este compromisso em mente, vamos continuar a  investir em I&D para disponibilizar aos doentes terapêuticos cada vez mais inovadoras, enquanto apoiamos os profissionais de saúde através de iniciativas formativas e de sensibilização para o diagnóstico atempado e o tratamento adequado da dor crónica. Queremos, igualmente, continuar a desenvolver parcerias que aportem valor e criem sinergias positivas que promovam uma cada vez maior sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). 

 

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