“ATLAW: uma advocacia à medida”
Patrícia Azevedo Lopes, Managing Partner da ATLAW, Azevedo Lopes Lawyers, em entrevista à Revista Business Portugal, defende o recurso às novas tecnologias, considerando uma mais-valia para a advocacia a constante simplificação e digitalização, uma vez que esta permite uma maior aproximação entre Advogado e Cliente.
ATLAW, Azevedo Lopes Lawyers assume-se como uma Boutique Law Firm, patenteando a vantagem de oferecer múltiplos benefícios aos clientes privados e pequenas e médias empresas em todo o mundo. Como surge este projeto? Quais as principais áreas de atuação?
A ATLAW Azevedo Lopes Lawyers é o culminar de mais de 18 anos de experiência em prática isolada do exercício da advocacia. O seu objetivo é, e sempre foi, desenvolver a atividade jurídica alicerçada nos critérios de transparência, rigor e responsabilidade, procurando transmitir uma base de confiança com o cliente. A prática de serviços jurídicos personalizados tem fidelizado relações que já contam com mais de uma década. A ATLAW atua, principalmente, no tecido empresarial assegurando assessoria jurídica comercial e laboral, depois, no ramo do direito imobiliário, oferecendo apoio multidisciplinar aos seus investidores e também agiliza no âmbito do direito imigratório, oferecendo o seu know-how a todas as pessoas que pretendam obter autorizações de residência. Ultimamente, houve especialização na área do tratamento dos dados pessoais, podendo oferecer o serviço Encarregado de Protecção de Dados (EPD) ou Data Protection Officer (DPO).
Como é que a ATLAW se adaptou à nova forma de gerir e partilhar tarefas, usando a inovação tecnológica? Sentiu necessidade de abraçar a era digital também pelo leque de clientes, não só nacionais, mas também estrangeiros?
Sempre foi apanágio da ATLAW defender o recurso às novas tecnologias. A adaptação foi progressiva e a preocupação inicial visava, sobretudo, assegurar que a informação se mantivesse confidencial e salvaguardada. No entanto, e visando ultrapassar essa exigência, a ATLAW consciencializou-se que, para assegurar tais medidas, o recurso às novas tecnologias acarretaria considerável investimento. Contudo, o retorno desse investimento era evidente, contrariando o mito de que essa expansão internacional é exclusiva das grandes sociedades. Existem muitos investidores, com expressiva relevância, do ponto de vista financeiro, que procuram um advogado mais próximo, com carácter familiar, uma advocacia “à medida” e de proximidade.
O sector da advocacia é visto como tradicionalista e avesso à mudança. Acredita que a pandemia acelerou a sua digitalização? Que desafios e oportunidades a digitalização coloca às sociedades de advogados e à Justiça como um todo?
A advocacia, bem como os tribunais, tem demonstrado uma capacidade de adaptação progressiva à era digital.
De uma maneira geral, a pandemia veio tornar exequíveis e efetivas algumas das possibilidades que, anteriormente, seriam colocadas em segundo plano, como seja, as reuniões com clientes, audiências de tribunal e até alguns atos próprios dos advogados realizados por meios telemáticos. Esta janela de oportunidades, desde que devidamente assegurada por meios tecnológicos seguros, otimiza substancialmente a relação entre o cliente e o advogado, sobretudo se estivermos numa perspetiva global.
As tecnologias associadas à profissão de advogado eram praticamente inexistentes, mas houve uma significativa transformação das profissões jurídicas. Quanto a novas competências, como será o advogado do futuro?
De facto, durante muito tempo, a associação da advocacia a burocracia/papel, era incontornável. Também não se pode negar que nesta profissão foi sempre geral uma certa resistência à inovação e à mudança. Do meu ponto de vista, é uma mais-valia para advocacia a constante simplificação e digitalização, especialmente de procedimentos, que temos vindo a testemunhar, e que começou com a criação da plataforma Citius. A era digital na Advocacia tem, sem dúvida, importado uma aproximação entre Advogado e Cliente, esteja este onde estiver, e o advogado do futuro terá necessariamente de acompanhar esse progresso, que foi natural e conforme às exigências do mercado.