Liderar a resposta aos desafios do futuro

António Saraiva, Presidente

Olhando para ano que vai começar, deparamo-nos com perspetivas adversas, que escapam, em grande medida, ao nosso controlo e nos impelem a procurar nas nossas próprias forças uma resposta mais positiva, que nos faça encontrar um rumo promissor para o nosso país.
Num contexto em que a elevada incerteza relacionada com as tensões comerciais não diminui (todos os dias somos confrontados com mais ameaças), o mundo e, em especial, a Europa parecem ter entrado num período prolongado de crescimento reduzido.
É neste enquadramento que temos de enfrentar os grandes desafios de fundo que se colocam à economia e, de um modo geral, à sociedade. Vencê-los é condição indispensável para atingir os objetivos da prosperidade e crescimento a que aspiramos.

Destacaria, a este nível:

  • O desafio da inovação e da transformação digital e tecnológica, que exige mais investimento, profissionais qualificados e lideranças empresariais que saibam definir estratégias e conduzir as mudanças daí decorrentes.
  • O desafio da demografia, cujas tendências terão um impacto profundo na economia e no mercado de trabalho, para além das suas repercussões na sustentabilidade dos sistemas de saúde e de segurança social.
  • O desafio dos mercados globais, sujeitos às ameaças da onda de protecionismo que hoje vivemos, mas onde as empresas se habituaram, contra ventos e marés, a explorar oportunidades para crescer.
  • O desafio do endividamento, do Estado e das empresas, onde encontramos um forte constrangimento ao investimento.
  • O desafio ambiental e da exploração racional dos recursos, para o qual a sociedade está cada vez mais desperta e que só poderá ser vencido com as empresas.

Todos estes desafios estão profundamente relacionados com a produtividade das empresas, seja oferecendo oportunidades que, se corretamente exploradas potenciarão a sua evolução, seja como condição para que sejam enfrentados com sucesso.
Será, pois, através da aposta nas empresas que poderemos abrir perspetivas para um futuro mais próspero para Portugal.
A resposta está nas empresas, individualmente, mas também coletivamente, através do associativismo.
Nos tempos mais exigentes que atravessamos, os desafios que se colocam às empresas refletem-se necessariamente no movimento associativo empresarial. Tanto os desafios de um mundo em mudança acelerada, como os que são específicos da sociedade portuguesa, tornam mais urgente a necessidade de nos reinventarmos, procurando uma nova proposta de valor, um conjunto de soluções que prepare as associações para enfrentar o futuro com sucesso. Só assim o associativismo poderá manter-se como o farol de navegação das empresas.
É este o objetivo que, enquanto líder da CIP, me continuará a nortear, ao serviço das empresas.

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