Adega de Favaios: Uma reviravolta na história do Moscatel de Favaios

A Revista Business Portugal esteve na Adega Cooperativa de Favaios, à conversa com Mário Monteiro, Presidente da Adega de Favaios e Gina Francisco, Diretora Comercial e Marketing, no sentido de conhecer a história, os produtos e as ambições da adega.

Situada na Vila de Favaios, uma zona de plantação da casta moscatel galego branco, o produto ficou conhecido pelo nome da terra onde é produzido, Moscatel de Favaios. “A casta principal o moscatel galego branco tem características e sabores muito diferentes dos restantes”, como explica Mario Monteiro. Situada na Vila de Favaios, uma zona de plantação da casta moscatel galego branco, o produto ficou conhecido pelo nome da terra onde é produzido, Moscatel de Favaios. “A casta principal o moscatel galego branco tem características e sabores muito diferentes dos restantes”, como explica Mario Monteiro. Com as alterações legislativas na classificação da vinha, o moscatel esteve quase a ser descontinuado porém, com o movimento cooperativo, Favaios viu a ‘luz ao fundo do túnel’. “Os produtores de Favaios juntaram-se numa cooperativa e na década de 60 e 70 foram conseguindo, aos poucos, a permissão para a produção de vinho moscatel. Nos anos 80 já havia produção livre do moscatel”, contam.A cooperativa começou com cerca de 100 associados, hoje, conta com mais de 500. A ambição é clara: “ser a maior e melhor cooperativa do Douro”. Para tal  é necessário crescer de forma sólida e fazer alterações de dimensão  na adega. A falta de espaço é um dos entraves principais para o aumento de produção.
Vinho, Qualidade e AmbienteO ano 2019 ficará marcado pelo lançamento de um novo vinho, apenas com a casta Moscatel Galego Branco ‘Casa Velha Moscatel Galego Branco’, valorizando a casta branca famosa do Planalto de Favaios. Está previsto também o lançamento de um vinho do Porto 20 anos e a comemoração dos 35 anos do ‘Favaíto’. “O Favaíto faz 35 anos é a estrela da Adega e, por isso, merece ser reconhecido e celebrado.A Adega Cooperativa de Favaios foi a pioneira no Douro ao ter colocado  um moscatel  “no navio Escola Sagres” que realizou a viagem de 2018  aos EUA”. A experiência foi enriquecedora ao nível de enologia, para estudar o comportamento do moscatel , e ao nível de marketing, pela parte emblemática do Navio Sagres, um embaixador de Portugal pelo mundo. O Navio é visitado por milhares de pessoas ao longo dos diversos portos e a iniciativa permitiu internacionalizar cada vez mais  a marca Favaios. A qualidade é vista na Adega como uma grande valência. Em 2017 foram distinguidos como melhor cooperativa do país. Em 2018 ficaram na lista dos “oito melhores locais do Douro para provar vinhos”. O ano 2019 começou já com vários  vinhos  premiados.
Mais planeta, mais futuroAs iniciativas em torno do ambiente têm sido muitas. “Não nos preocupamos apenas em produzir, preocupamo-nos em como vamos produzir daqui a uns anos. Os vinhos brancos de 2018 são certificados como vinhos vegan, as embalegens do moscatel Favaito, deixaram de ter plastico e passaram a ser em cartão  proveniente de florestas sustentáveis.Apoiar aconselhar e formar  os agricultores  em  práticas menos poluentes e agressivas para o meio ambiente no ciclo da vinha até ao produto final reduzindo o uso de plásticos, e abolindo a aplicação aditivos de origem animal é uma das conquistas da Adega de Favaios.Presentes em mercados como, França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha e USA reconhecem que detêm um produto bastante querido e apreciado por todos. “O moscatel não é uma casta estranha para o mercado internacional, os eventos internacionais tem vindo a permitir uma maior proximidade do moscatel de Favaios  com o mundo”, a aposta no enoturismo com a abertura das portas da Adega aos visitantes tem também contribuido muitissmo para o sucesso e o reconhecimento da marca Favaios, explicam.
O futuro  “Temos sempre de ter novos objetivos e sonhos para não estagnarmos”, afirmam. Deixam o apelo a todos que visitem a adega e a região e que se deixem encantar pelas maravilhas a ser degustadas e apreciadas”.

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