“Somos uma empresa extremamente focada no cliente”
A Central de Projetos foi fundada em 1993 e, nas últimas três décadas, já realizou projetos nas mais variadas áreas. Em entrevista, o Engenheiro João Catarino, falou sobre a relação de confiança com o cliente.
Comecemos por falar acerca do seu percurso pessoal e profissional. A área da arquitetura e engenharia sempre o interessou? Em que momento da sua vida surge a Central de Projetos?
Sinto que estava destinado a ser engenheiro, desde criança. Quando era pequeno, desmontava os brinquedos, com o objetivo de perceber como é que funcionavam, o que considero estar totalmente ligado à engenharia. Interessava-me por assuntos e lia sobre temas avançados, para a idade que tinha na altura, porque gostava da área e queria conhecer mais sobre ela. Era apaixonado, não só pela engenharia, mas também por tudo o que esta envolve. E, realmente, o meu caminho acabou por ser feito na engenharia. Mais tarde, desempenhei o papel de Representante da Ordem dos Engenheiros, enquanto Coordenador do Colégio Regional de Engenharia Civil, na zona centro do país, e também fiz parte do Colégio Nacional. Para além disso, desenvolvi um percurso académico, tendo trabalhado durante 15 anos na Universidade de Coimbra, onde era docente.
A ideia de criar a empresa surgiu quando estava a fazer um estágio profissional, na Dinamarca. No que diz respeito aos escritórios, lá é ligeiramente diferente de Portugal, sendo que têm apenas um ou dois escritórios de engenharia e arquitetura para todo o país, e cá existem várias pequenas empresas. Eu sempre tive o objetivo de fundar uma empresa que pudesse dar resposta às necessidades dos clientes de uma forma diferente das outras, e criei a Central de Projeto com base na experiência que tive durante o estágio. A equipa era composta por quatro pessoas e começámos por nos focar nos projetos de estruturas.
Apresente a empresa, bem como os serviços e soluções que disponibilizam aos clientes.
A empresa começou como prestadora de serviços na área de projeto e, como referi, fazíamos projetos de estruturas. Íamos realizando os projetos mais completos que apareciam, porque havia capacidade para tal e porque gerava a satisfação dos clientes. Ao longo do tempo, os nossos clientes foram tendo outras necessidades, solicitavam outro tipo de serviços e, em simultâneo, apareceram novas oportunidades de mercado. Nesse sentido, integramos outras especialidades dentro da engenharia e, mais tarde, da arquitetura.
Para nós é importante ter equipas que trabalham para um objetivo comum, porque isso significa um projeto de maior qualidade e é por esse motivo que estamos sempre a evoluir. Cada vez mais, as empresas são responsabilizadas pelos erros que cometem. Por isso, ter uma equipa coesa e que comete o mínimo de erros possível, é crucial.
Qual a missão da Central de Projetos e quais os valores que norteiam a vossa atuação no mercado?
Somos uma empresa extremamente focada no cliente e na satisfação das suas necessidades. Há muitas pessoas que nos procuram por sermos capazes de criar valor, no sentido em que, quando construímos uma casa, por exemplo, fazemo-lo de forma que perdure no tempo, e que tenha valor comercial. Considero que existem muitas casas, que se encontram desocupadas no parque habitacional, porque foram construídas sem uma perspetiva de futuro. É essa perspetiva que pretendemos garantir aos clientes, assegurando que os seus projetos são duradouros. Desta forma, conseguimos estreitar a relação com os clientes e fidelizá-los.
No final de cada projeto, fazemos inquéritos aos clientes, nos quais inserimos vários fatores de avaliação, como o rigor técnico ou a capacidade de ouvir o cliente. De 1 a 5, costumamos ter pontuações anuais entre 4.6 e 4.8, o que é considerado excelente. E, de facto, melhor do que dizermos bem de nós próprios, é percebermos que os clientes o fazem.
De todos os projetos que a empresa já concretizou, há algum que gostaria de destacar?
Mais do que destacar apenas um projeto, destaco as áreas em que fomos trabalhando, por evolução do nosso próprio mercado. Tendo em conta a realidade que vivemos em Portugal, começámos pela construção de habitação, depois abraçámos a área da indústria, numa fase em que estava a crescer no mercado, e chegámos a construir vários estádios de futebol e centros de estágio, nomeadamente, no Campeonato Europeu de Futebol de 2004. Temos vários projetos interessantes e marcantes no sector da habitação, trabalhámos com as principais marcas nacionais na área da distribuição, fizemos alguns hotéis icónicos, em Portugal, entre muitas outras coisas. O mais importante foi o percurso que fomos traçando, ao longo dos vários projetos.
Para terminar, como imagina o futuro da empresa?
À semelhança do passado, penso que temos de continuar a ser flexíveis e adaptarmo-nos à realidade. Termos uma grande capacidade de adaptação faz com que consigamos estar preparados para o futuro. Penso que vão surgir projetos cada vez mais complexos. Hoje já se fala em edifícios inteligentes, comandados por sistemas que preveem consumos energéticos e distribuem os recursos existentes numa cidade. Atualmente, se quisermos, podemos ter uma casa inteligente, mas ainda não temos cidades inteligentes. Acho que esse será o próximo passo e a empresa estará pronta para acompanhar essa evolução.