SOLUÇÕES SIMPLES E INTUITVAS

Carlos Inácio, CEO da Venditium Capitis, respondeu às questões da Revista Business Portugal.

A Venditium Capitis assume-se como sendo uma empresa de consultoria na área financeira. Nesse seguimento, quais são os serviços que prestam e de que forma se distinguem no mercado?
A Capitis é uma consultora multidisciplinar, mas atuamos principalmente em quatro áreas de negócio de forma agregada: Créditos (ou usando um inglesismo, os chamados Non-Performing Loans), as Reestruturações de Empresas, as Fusões e Aquisições, e o Investimento e apoio à gestão. Apesar da empresa ser recente, os nossos consultores e parceiros têm vasta experiência nestas áreas de negócio onde nos focamos. Temos experiência, e muito conhecimento e contactos no setor bancário e nos segmentos de recuperação de crédito, no setor de avaliação, gestão e venda de ativos, na reestruturação de empresas, nas áreas jurídicas, no apoio a essas áreas de negócio e na recuperação de créditos e venda de ativos.
Na área de negócio das fusões e aquisições apoiamos os investidores ou vendedores na procura de melhores oportunidades de negócio.

“Para bom investidor, o melhor parceiro basta”, é o vosso slogan. Quais as garantias que dão a quem confia no vosso trabalho? Ao mesmo tempo, como fazem para transmitir segurança num mundo cada vez mais competitivo nos setores económico e financeiro?
No setor financeiro, todos sabemos que a confiança se constrói ao longo do tempo, e às vezes demora mesmo muito tempo, mas também sabemos que podemos perdê-la num ápice, de um dia para o outro. É por isso que, dado os muitos anos de experiência acumulada das pessoas na Capitis, sabemos que ser claro, transparente e honesto na comunicação com o cliente, desde o primeiro contacto, é a chave para a construção dessa confiança. Os clientes esperam que nós sejamos assim e cabe-nós corresponder assim com todos. É por isso que consideramos que o melhor parceiro é aquele que vai ao encontro das expetativas dos clientes e é aí que nós nos queremos posicionar.

Consideram que nós, portugueses, somos cada vez mais visionários e arrojados na área financeira ou ainda temos um largo caminho a percorrer? Quais as principais nacionalidades com que trabalham?
Acho que o povo português sempre foi um povo visionário e arrojado, não tivéssemos tido um papel crucial na globalização do mundo, aquando os Descobrimentos. Agora no setor financeiro, como em outros setores, não somos diferentes do resto do mundo, e, com a globalização, cada vez mais próximos de outros mercados. Mas é claro que há áreas do setor financeiro em que ainda temos um caminho a percorrer para estarmos no mesmo patamar de outros mercados globais. O setor do Capital de Risco em Portugal é um exemplo. Em termos genéricos e salvo exceções, que sempre existem, a dimensão do nosso mercado e um menor hábito de investidores portugueses de investir no chamado setor de Venture Capital, faz com que tenhamos um ecossistema de empreendedorismo, crescimento e ebulição, mas que não é acompanhado por um nível de crescimento em investimento em Capital de Risco. A principal nacionalidade com que trabalhamos ainda é a portuguesa, mas temos tido contacto e negócio com outras nacionalidades, tais como, a espanhola e a irlandesa, entre outras.

A área financeira pode ser, também, uma área criativa? Em que medida?
Em todas as atividades temos que ser criativos e no setor financeiro não é exceção. Temos que ser sempre criativos no sentido de desenvolver soluções tailor-made que se enquadrem nas muitas estratégias das empresas e investidores, seja no sentido de desenvolver a sua atividade, seja no desinvestimento da atividade. Na área de Reestruturação de empresas há que criar planos financeiros de recuperação. Muitas vezes temos que apresentar mais do que uma proposta aos clientes, e todas elas têm que se enquadrar com as estratégias de investimento do cliente.

Para terminar, quais as considerações que podem tecer sobre o panorama financeiro do nosso país e dos nossos investidores? Estamos numa boa fase de investimento? Quais os principais cuidados a ter?
Como já mencionado antes, Portugal tem seguido o paradigma internacional de globalização. Existem cada vez mais fundos estrangeiros a trabalhar em Portugal, cada vez mais investidores estrangeiros a procurar Portugal para os projetos de empreendedorismo que têm surgido cá. Uma limitação é a dimensão do nosso mercado. Estamos numa fase de recuperação depois dos anos da crise. O nosso setor bancário encolheu e isso também contribuiu para uma redução de liquidez no setor para apoio ao setor empresarial. Mas há outras formas de financiamento sem ser através da banca. Os fundos de investimento são um exemplo.

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