Uma abordagem singular ligada ao quotidiano e às necessidades dos clientes.

Sérgio Ferreira, Arquiteto e CEO, em entrevista, fala da essência da empresa, destacando que todos os seus projetos, cada um à sua maneira, o ajudaram a ser a pessoa e o Arquiteto que é hoje.

Casa Costeirinha

Como surge a SFA – Sérgio Ferreira Arquitetos e quais os seus aspetos diferenciadores?

A SFA – Sérgio Ferreira Arquitetos foi fundada com o propósito de acolher o exercício da Arquitetura, tendo, ao longo dos últimos anos, acumulado um vasto portfólio de trabalhos. A sua atividade inclui diversas vertentes, desde intervenções na reabilitação urbana, remodelações e projetos residenciais, comerciais, culturais, industriais, edifícios privados e públicos, empreendimentos de uso misto e reabilitação.

Apostamos na criação de edifícios modernos e sustentáveis ​​que combinam as mais avançadas tecnologias, materiais e métodos construtivos. O nosso trabalho tem sido publicado em publicações nacionais e internacionais como “Espaço de Arquitetura”, “Archilovers”, Archinect“, “Archello“. A nossa abordagem é singular e eficaz, estando intimamente ligada ao quotidiano e às necessidades dos nossos clientes. Isso permite-nos entender o panorama geral, desenvolver uma estratégia que faça sentido para sua condição real e criar soluções sustentáveis, ​​mesclando conceitos formais e tecnologias contemporâneas com materiais tradicionais.

O nosso trabalho assenta no design centrado no utilizador e consiste na construção de um diálogo com as pessoas, onde as expetativas são desafiadas através de soluções inesperadas e inovadoras que enriquecem, tanto a arquitetura, como a envolvente.

 

No que diz respeito ao seu percurso, como surgiu o interesse pela área da Arquitetura e qual a sua perspetiva sobre o panorama atual do sector?

A primeira coisa que me atraiu na arquitetura foi o facto de criar espaços para as pessoas e o facto de existirem infinitas possibilidades de projetar edifícios e interiores, bem como materiais e cores diferentes, para expressar todos os tipos de ideias, emoções e conceitos.

Como dizia Frank Lloyd Wright “A arquitetura é a arte científica de fazer as estruturas expressarem ideias”. O mais importante na hora de criar um espaço é que ele seja funcional, de acordo com as necessidades dos seus utilizadores, mas também existem maneiras de tornar os espaços bonitos e interessantes para trazer mudanças positivas, quer fisicamente, quer emocionalmente.

Casa Vilarinho S. Romão

Quanto à perspetiva sobre o panorama da Arquitetura atual, o arquiteto é responsável pela produção de um projeto arquitetónico. Tal projeto requer uma sensibilidade técnica e estética, bem como a capacidade de encontrar soluções, no que diz respeito ao contexto em que será inserido. A arquitetura está em constante evolução, em relação às novas tecnologias, novos materiais, mudanças nas necessidades e demandas dos utilizadores e da sociedade em geral e é do resultado deste intercâmbio que a arquitetura se tornou mais sustentável, eficiente, inteligente e criativa.

 

Do vosso vasto portfólio, há algum projeto que gostasse de destacar?

É difícil escolher um projeto para destacar, todos têm a sua cronografia e sua identidade, fruto da altura em que foi efetuado, localização, contexto e cliente. Todos, cada um à sua maneira, me ajudaram a ser a pessoa e o Arquiteto que sou hoje.

Mas, talvez possa destacar, no que a projetos de moradias diz respeito, a “Casa MP”, a “Casa Bisalhães”, a “Casa Bento”, a “Casa da Costeirinha”, e a “casa Vilarinho S. Romão”, não só pelos projetos em si, mas sobretudo pela relação de amizade que ficou com os clientes em causa, o que, para mim, é das coisas mais importantes e que diz muito da preocupação do Atelier para com os utilizadores dos espaços/edifícios que projetamos.

A “Casa Bisalhães”, por exemplo, é uma residência projetada para uma nova família, a partir de uma preexistência em alvenaria de granito composta por dois pisos, tendo o piso superior funcionado como moradia, e o piso inferior como lagar para produção de vinho e “atelier” para a produção do “barro preto de Bisalhães”.

O conceito do projeto começou a partir do estudo do local e da sua história, bem como da análise da envolvente e características do terreno, o que permitiu entender as alturas dos edifícios vizinhos e as vistas privilegiadas sobre a Serra do Alvão a Poente, possibilitando prever o local exato de cada uma das funções da casa. Tendo em conta essas premissas e as características da preexistência, optou-se por organizar a moradia em meios pisos, em que o volume novo incorpora parte do volume preexistente. Assim, a habitação abriga, no piso superior, três dormitórios, sendo um deles o quarto principal. No piso intermédio, fica o escritório, no rés-do-chão, localizam-se as zonas comuns, garagem e zona de apoio e, por fim, no piso mais abaixo, fica, a zona de lazer.

Casa MP

Por sua vez, a “Casa Bento”, reflete perfeitamente a importância da conexão da compreensão detalhada das necessidades do cliente com o seu contexto, a configuração do terreno, a envolvente, orientação solar e os materiais típicos de cada da região. Assim, propôs-se criar dois volumes diferentes pousados um sobre o outro e que, por sua vez, em cotas diferentes do terreno, assentavam sobre as fragas. Indo de acordo com o programa sugerido pelo cliente, o piso inferior é constituído pela zona social (cozinha e salas open space) e um quarto/escritório. O piso superior é composto por três quartos, sendo um deles suite.

Relativamente a projetos de equipamentos, talvez possa referir os dois últimos executados recentemente, nomeadamente o “Lar de Idosos de Arroios” e o Espaço de Apoio à Visitação”.

Sendo que, o projeto Espaço de Apoio à Visitação foi desenvolvido tendo como base uma antiga escola primária, mais concretamente, uma escola primária dos anos do Estado Novo, com cerca de 100 anos. O projeto procurou fomentar a relação dos utilizadores do novo espaço com a comunidade local, através do melhoramento do espaço a norte, onde se encontra uma pequena volumetria para o culto e da sinergia do edifício e os novos espaços exteriores.

O valor arquitetónico da pré-existência foi incorporado na conceção do novo uso. Uma antiga escola primária transforma-se num espaço multifacetado com um projeto/obra que pretende ser o mote para revitalização de uma zona/ freguesia periférica ao centro urbano do concelho.

 

Numa época em que a preocupação com a sustentabilidade se estende a todas as áreas de atividade, que medidas é que implementam em prol da realização de projetos mais sustentáveis?

A Arquitetura sustentável é o termo usado para descrever a prática de projetar e construir edifícios que são amigos do ambiente e que tem como objetivo minimizar o impacto negativo dos edifícios, maximizando a eficiência energética e reduzindo o consumo de recursos naturais.

No nosso atelier, a sustentabilidade é uma das nossas preocupações, por isso, procuramos implementar medidas que promovam projetos mais sustentáveis, nomeadamente, o uso materiais e equipamentos ecologicamente sustentáveis, materiais recicláveis e/ou reutilizáveis e, por exemplo, a implementação de vegetação nas coberturas e/ou fachadas. Procuramos utilizar sempre materiais da região, o que permite contribuir para uma melhor harmonia da envolvente e minimizar, por exemplo, a deslocação/transporte desses mesmos materiais. Além disso, procuramos diminuir o consumo de energia através uma melhor eficiência térmica dos edifícios, e pela incorporação de painéis solares e fotovoltaicos e outras fontes renováveis.

Casa Bisalhães

Qual é a vossa área geográfica de atuação e quais os principais clientes?

O nosso portfólio é composto por clientes que valorizam a qualidade dos nossos projetos e a eficiência dos nossos serviços. Atuamos em todo o território nacional, mas com maior incidência na zona norte, sendo que, o nosso principal objetivo é atender a demanda dos nossos clientes da melhor forma possível. A nível internacional, já realizámos alguns projetos, nomeadamente para Angola e S. Tomé, mas pretendemos, futuramente,5 poder alargar ainda mais a nossa área de atuação a nível internacional.

 

Em termos futuros, como é que imagina o percurso da SFA – Sérgio Ferreira Arquitetos?

O objetivo da SFA – Sérgio Ferreira Arquitetos é continuar a crescer e expandir a atividade, para que possamos oferecer ainda mais soluções inovadoras e, assim, melhorar ainda mais o serviço que oferecemos aos nossos clientes. Pretendemos também investir, para que nos possamos tornar cada vez mais uma referência no mercado, no que a nível de projetos de arquitetura diz respeito. Acreditamos que esses são os principais pilares para o sucesso da empresa, para que possamos continuar a crescer, de forma sustentável, e alcançar todos os nossos objetivos!

Casa Vilarinho S. Romão

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