Parasitas dos animais domésticos

Vamos a factos: cada pulga põe cerca de 30 ovos por dia durante o seu ciclo de vida. Uma carraça põe cerca de quatro mil ovos e um mosquito não necessita de mais do que uma pequena quantidade de água parada para se reproduzir à velocidade de 150 ovos por dia durante o seu ciclo de vida. Conclusão? É fundamental manter uma regular higiene e fazer um tratamento preventivo das pragas que se infestam nas casas. E, para quem tem animais de estimação, o alerta é ainda maior: use um repelente eficaz contra os parasitas que facilmente se alojam nos animais – pela saúde deles e pela sua.

A globalização – as mudanças sócio culturais, as alterações climáticas – interfere diretamente na existência de parasitas. As alterações climáticas do planeta – segundo relatórios de diversas agências internacionais a temperatura atual estará 0,5 ºC acima da média dos últimos 10 mil anos e a tendência é de aumentar cada vez mais – introduzem uma série de fenómenos na sociedade.

Verificamos o aumento da sobrevivência dos agentes parasitários em épocas que normalmente eram desfavoráveis para a sua sobrevivência, como os invernos cada vez menos frios e mais favoráveis ao desenvolvimento e sobrevivência de carraças transmissoras de hemoprotozoários e riquétsias, das suas larvas que irão aumentar a população de Ixodídeos na Primavera seguinte, de flebótomos transmissores de Leishmania spp., de mosquitos vetores de Dirofilaria immitis e ainda um maior tempo de permanência de ovos e larvas de helmintes no ambiente. Além disso, aumentou a variedade de espécies de mosquitos e carraças.

Ainda se questiona a influência real destes fatores no aumento de doenças dos animais domésticos, mas a verdade é que, nos últimos anos, têm sido registadas várias situações parasitárias com origem em artrópodes ou em doenças transmitidas por estes, que não se verificavam há alguns anos atrás.

Em Portugal, a Leishmaniose, doença provocada pelo protozoário Leishmania infantum, parasita do cão e dos humanos, continua a ser muito frequente. Como é transmitida por um inseto vetor do género Phlebotomus, a sua dispersão é relativamente fácil, com particular incidência nas áreas da Grande Lisboa, Alto Douro e Algarve.

Assim, a solução passa por manter uma higiene cuidada da casa e uma atenção redobrada aos animais domésticos, com aplicações de repelentes contra os parasitas.

 

Com o apoio Patta, Farmácias Portuguesas

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