Os prebióticos no cuidado da pele do bebé

Dra. Graça Oliveira, Neonatalogista Hospital Santa Maria

Cada vez mais estudos provam os benefícios do uso de prebióticos dermatológicos. Fique a saber o que são e qual o papel que desempenham na saúde da pele do bebé.

 

A pele do bebé é mais fina do que a do adulto. É imatura, frágil e particularmente suscetível a agressões externas tais como trauma e infeções. A superfície cutânea do bebé em relação ao seu peso corporal é 3 a 5 vezes superior em relação ao adulto, o que torna a pele do bebé mais permeável aos agentes agressivos: microrganismos, alergénios e toxinas.

 

A PELE É A PROTEÇÃO ESSENCIAL À VIDA

A pele é essencial à vida!

É ela que nos envolve e protege desde o nascimento.

As principais funções da pele do bebé são a prevenção da desidratação, da absorção de substâncias tóxicas e invasão por microrganismos, a proteção contra o trauma e contra a radiação ultravioleta e a termorregulação. Além de todas as funções vitais de proteção, a pele é ainda garante da sensibilidade tátil do bebé.

As funções da pele são essenciais para garantir o bem-estar, a saúde e a sobrevivência do bebé. É por estas razões que é fundamental cuidar convenientemente a pele desde o primeiro momento.

 

IMPORTÂNCIA DOS MICRORGANISMOS NO EQUILÍBRIO DA PELE

À superfície da pele existe uma comunidade de microrganismos, denominada microbiota, que vive em equilíbrio perfeito connosco. Existem dois tipos de microbiota: a residente e a transitória. A microflora transitória corresponde a microrganismos que permanecem na pele de forma temporária, e que não fazendo parte da microflora natural, têm algum potencial para se tornar prejudiciais. A microbiota residente, por seu lado, é composta por microrganismos benéficos que impedem a pele de ser colonizada por microrganismos agressivos, que provocam infeção.

A preservação da microbiota residente e dos seus microrganismos benéficos é essencial para manter a pele do bebé saudável.

 

MICRORGANISMOS BENÉFICOS SÃO ALIMENTADOS PELOS PREBIÓTICOS

Ao alimentarem os microrganismos benéficos, os prebióticos têm a capacidade de estimular as defesas naturais da pele, pois   fortalecem as bactérias amigáveis da pele, impedindo assim o crescimento de bactérias nocivas. Desta forma, educam o sistema imunológico na prevenção da doença cutânea por trauma, infeção ou alergia.

 

DESEQUILÍBRIOS NA PELE DO BEBÉ

Sendo a pele do bebé uma pele estruturalmente frágil e fisiologicamente imatura, a microbiota desempenha um papel preponderante na sua função de defesa.

Fatores como a utilização de produtos agressivos, carências nutritivas ou o meio ambiente, podem potenciar o desenvolvimento dos microrganismos agressores, levando ao desequilíbrio da microbiota da pele do bebé.

 

VANTAGENS DO USO DE PRÉBIÓTICOS NO CUIDADO DIÁRIO DA PELE DO BEBÉ

Quando a pele do bebé perde o seu equilíbrio, as bactérias benéficas deixam de conseguir desenvolver-se e proteger-se das bactérias nocivas que penetram na pele, originando problemas como irritação, vermelhidão, prurido ou inflamação. Os prebióticos ajudam no reequilíbrio cutâneo e impedem o crescimento de microrganismos agressores.

Estudos demonstram que a utilização dos prebióticos em produtos para higiene e cosmética é importante para a manutenção de uma pele saudável do bebé. Ao associar prebióticos à composição de produtos de higiene, cosmética e tratamento para a pele do bebé, para além de limpar e hidratar, permite a regulação da microbiota. Assim, o equilíbrio biológico da pele é retomado, impedindo a proliferação de microrganismos patogénicos.

 

QUADRO SINTESE:

O que são prebióticos Dermatológicos?

São componentes ativos que estimulam as defesas naturais da pele, ao nutrirem os microrganismos benéficos, que impedem o crescimento de bactérias nocivas na pele.

 

Quais são as vantagens do uso de prebióticos?

A associação de prebióticos à composição de produtos de higiene, cosmética e tratamento para a pele do bebé permite:

Regular a flora cutânea (microbiota da pele);

Manter e promover o equilíbrio biológico da pele;

Impedir a proliferação de microrganismos patogénicos que causam infeção.

 

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