“O nosso core business é o produto fresco no mercado Nacional e na Europa”

A Avibom é uma marca de produtos agrícolas, que exporta artigos frescos e congelados para mais de 20 países. Em entrevista à Business Portugal, José António dos Santos, Presidente do Grupo Valouro, falou sobre a preocupação da empresa com o controlo de qualidade e sustentabilidade ambiental.

 

A Avibom é a principal marca comercial do Grupo Valouro e é utilizada na comercialização de produtos avícolas. Que avaliação é que faz da evolução da marca ao longo dos anos?

A Avibom é, de facto, uma das principais marcas do Grupo Valouro, mais associada ao mercado tradicional e, como tal, não será tão visível para o consumidor final. Em 2013, fizemos um rebranding do logótipo, com um lettering mais moderno e intemporal, bem como do packaging e mood gráfico das embalagens, criando uma identidade própria, baseada nas tradições portuguesas, através de um design com referência ao folclore e que reforça o nosso orgulho em sermos uma marca portuguesa.

Temos procurado que a nossa marca acompanhe a evolução e as novas exigências dos consumidores mais novos, sem perder a identidade para com os nossos clientes mais antigos.

 

A empresa exporta produtos frescos e congelados para mais de 20 países, sendo que a Europa tem sido o principal mercado de exportação. Há planos para expandir a exportação para outros continentes? Quais a medidas implementadas para aumentar o volume de negócios?

O nosso core business é o produto fresco no mercado nacional e na Europa, principalmente, para o “mercado da saudade”, onde temos vindo a crescer. Mas também temos aumentado a exportação de produtos congelados, nomeadamente, para países do continente africano. Dada toda a instabilidade dos mercados, temos de ter a preocupação de reforçar a nossa presença no mercado nacional e diversificar noutros mercados, que nos permitam ter sempre uma alternativa de venda dos nossos produtos.

 

Como é que caracteriza a equipa da Avibom? Que incentivos são dados aos funcionários para que se mantenham motivados no ambiente de trabalho?

Felizmente, temos ótimas equipas, pessoas que “vestem a camisola” e que trabalham connosco há muitos anos. A motivação vem do bom ambiente criado entre todos e da proximidade que a própria administração tem com os colaboradores, promovendo um ambiente familiar, em que todos se sentem envolvidos e, como tal, procuram fazer o seu trabalho bem feito. Também investimos bastante na formação, porque é muito importante manter as boas práticas e promover a melhoria contínua.

 

Desde o início que a empresa está equipada com tecnologia de ponta, para garantir a qualidade do produto. Investir na inovação é um objetivo contínuo da Avibom?

Sim, sem dúvida. Acompanhar as tendências do mercado, para oferecer o melhor produto final que o cliente procura, leva-nos a investir, permanentemente, em novos equipamentos e novas metodologias de trabalho.

 

A Avibom defende que o controlo de qualidade e a sustentabilidade ambiental são “palavras-chave” no seu dia a dia. Que estratégias são utilizadas para tornar a prática da empresa mais sustentável?

A qualidade foi, desde sempre, uma prioridade para a Avibom, e não é por acaso que, nos nossos camiões, temos a frase “Garantir a Qualidade é Garantir o Futuro”. Apostamos nas Certificações de Qualidade desde 1998 e, atualmente, somos certificados pela norma IFS e pela norma NP EN ISO 9002. Este ano, conseguimos uma certificação que nos deixa particularmente orgulhosos – o Grupo Valouro foi o primeiro grupo Agro-Alimentar a receber a Certificação de Bem-Estar Animal Welfair (baseado nas normas europeias Welfare Quality e AWIN ®). Esta é uma das empresas do Grupo que está incluída nesta certificação.

Em termos ambientais, mantivemos a nossa trajetória firme, no sentido de reduzir a nossa pegada ecológica.

O Grupo começou, desde muito cedo, a investir em energias alternativas, como a energia eólica ou fotovoltaica. No que diz respeito à Avibom, em 2021, aumentámos o consumo de energia a partir de fontes renováveis (com o aumento de área de parque fotovoltaico para autoconsumo), e reduzimos as emissões de CO2 para a atmosfera em 40,67 % (face a 2020), proporcionando, ainda, uma redução do consumo energético a partir de combustíveis fósseis de 37,50 % (também face a 2020), ao que não é alheio o facto de se ter procedido à alteração do combustível fuelóleo por gás natural.

 

Depois de quase 50 anos no mercado, quais os planos em mente para o futuro?

Continuar a progredir e conseguir levar aos nossos clientes os produtos que procuram. Neste momento, estamos a ultimar o lançamento de produtos de aves já confecionados, conscientes de que, cada vez mais, as pessoas têm menos tempo e disponibilidade para cozinhar. Com esta nova linha, pretendemos ajudar as famílias portuguesas a terem uma alimentação rápida, de qualidade e diversificada.

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