O EPICENTRO DA INDÚSTRIA DA PEDRA NATURAL CALCÁRIA
A Freguesia de Alcanede, no distrito de Santarém, situada próxima da Serra d’Aire e Candeeiros, destaca-se pela atividade da extração e transformação de pedra. Manuel Joaquim Vieira, Presidente da Junta de Freguesia, reforçou a importância do setor empresarial na região, no seguimento da visita do Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, a algumas empresas que representam a excelência da Fileira da Pedra Natural.
A maior Freguesia rural do Concelho de Santarém concentra várias áreas de atividade que movimentam a economia e geram responsabilidade social no distrito. São disso exemplo os setores da Agropecuária e Transformação, mas a pedra natural calcária é o grande motor económico. Nas palavras de Manuel Joaquim Vieira, “Alcanede é reconhecida mundialmente pelas qualidades e caraterísitcas ímpares da pedra que aqui existe”. Entre a extração e a transformação, são mais de 100 empresas que trabalham nesta indústria. “Neste momento, a extração e a transformação da pedra é a fonte principal de trabalho (e receita) das pessoas da região. Praticamente não existe desemprego”, refere. Por outro lado, “há muita gente de fora a trabalhar na freguesia de Alcanede”, conclui.
Com o aproveitamento da pedra natural, levantam-se questões ambientais, a curto e a longo prazo, tendo em conta o fim de vida das pedreiras. “Temos a nossa pedra e uma grande parte dos rendimentos da população passa pela sua exploração”, refere Manuel Joaquim Vieira. “Quanto à parte ambiental, nós sabemos que, para haver extração, tem que haver alguma poluição.” Neste aspeto, também João Neves, Secretário de Estado Adjunto e da Economia referiu, no seu discurso de apresentação, que “se os recursos existem, devem ser explorados, desde que o sejam com as devidas precauções”. Segundo o Presidente da Junta de Freguesia de Alcanede, “como as explorações estão inseridas no parque natural, obedece a regras rigorosas e, quando se termina a extração existe o cuidado de minimizar as marcas dessa exploração”, remata. No entanto, Manuel Joaquim Vieira lamenta a morosidade dos processos empresariais a nível dos pareceres das entidades, “as empresas queixam-se que desde que dão início ao processo até conseguirem a autorização podem passar entre quatro a cinco anos. É um processo demasiado moroso e burocratizado”, refere. Para além disto “existe o problema das acessibilidades. Se nos encontrássemos perto de uma Autoestrada ou de um Itinerário Principal teríamos mais facilidade em escoar os produtos que, atualmente, têm de seguir por estradas nacionais, aumentando os prazos de entrega dos materiais”, conclui.
Por fim, o Presidente reconhece Alcanede como uma Freguesia “ativa e dinâmica, que sabe receber quem quer investir ou visitar a região e onde a indústria continuará a ser o ponto forte”. Conclui, orgulhoso, Manuel Joaquim Vieira, Presidente da Junta de Freguesia de Alcanede.