NovoDent – Eanes & Teles Dental Clinic: “Ir ao dentista é um momento de saúde!”
16 anos após o início do desafio, Rita Bravo Teles, sócia fundadora da NovoDent – Eanes & Teles Dental Clinic reflete sobre o setor onde se insere e faz o balanço dos anos de atividade.
Quando e como surgiu a clínica NovoDent?
A clínica NovoDent iniciou o seu percurso no ano de 2003, um sonho idealizado por dois jovens e empenhados médicos dentistas, já com a convicção e ambição de nos tornarmos uma referência positiva e uma mais-valia na área que escolhemos. De um pequeno consultório nasceu a NovoDent – Eanes & Teles Dental Clinic, contando já com 16 anos de existência. Foi um crescimento muito positivo, mas foi também bastante tranquilo pois queríamos que fosse gradual e, dessa forma, sustentado para mantermos vivos os valores que idealizámos no primeiro dia e que perduram até hoje.
Que tipo de serviços e valências prestam no âmbito da Medicina Dentária?
A nossa clínica teve uma importante renovação de imagem e de espaço há quatro anos. Foi uma melhoria que nos permitiu ampliar para cinco gabinetes, ter uma unidade de radiologia digital intra-oral panorâmica 3D e um laboratório “ in Lab” criando um espaço que nos proporciona excelentes condições de trabalho e um ambiente cuidado e agradável para os nossos pacientes. Queríamos oferecer, no mesmo espaço físico, todas as respostas às múltiplas necessidades de quem nos procura. Disponibilizamos assim todas as valências no âmbito da Medicina Dentária, desde a Dentisteria Estética, à Implantologia, Endodontia, Periodontologia, Prostodontia Fixa e Removível, Ortodontia e Odontopediatria. Somos atualmente uma equipa multidisciplinar, com especialidades e interesses diferentes o que enriquece as nossas discussões relativamente aos casos clínicos. É um ponto que apreciamos bastante na nossa clínica e fazemos questão que exista, pois consideramos ser uma grande mais-valia para cada caso.
Como justificam o sucesso alcançado da NovoDent numa época com tanta oferta? Será que esse sucesso é justificado pela identidade da NovoDent?
A Medicina Dentária evoluiu bastante nos últimos 16 anos, quando atendemos o nosso primeiro paciente. Atualmente temos uma Medicina Dentária bastante qualificada, em modos gerais, com profissionais atentos e que não deixam de estudar e apostar na sua formação profissional. Penso que a identidade da nossa clínica reflete um pouco ou quem sabe bastante, a nossa identidade pessoal. Temos ideias bastante claras e valores definidos do que queremos e não queremos, pelo que o nosso percurso acaba por se fazer naturalmente, mas sempre pautado por bastante trabalho e dedicação. É nossa opção trabalhar unicamente com materiais de primeira qualidade, pois queremos garantir a longevidade no trabalho que fazemos. Sempre defendi, e acredito que nesta área tão especial como é a área da saúde, a componente empresarial existe, claro que sim e bem gerida e não descurada, mas não se deve sobrepor à componente técnica e muito menos humana e temos trabalhado nesse sentido. Estamos verdadeiramente empenhados na componente técnica e profissional, como é evidente, mas estamos também emocionalmente comprometidos com o doente e penso que todas estas facetas nos caracterizam e acabam por nos distinguir.
A aposta nas novas tecnologias e soluções é uma realidade na NovoDent – Eanes & Teles Dental Clinic. Qual a importância de uma atualização real dos métodos utilizados e da aposta constante em formações do corpo clínico, atualmente?
Toda! É fundamental não estagnar, continuar atento ao que se passa à nossa volta e não ficar fechado no nosso gabinete a achar que já se aprendeu tudo! Felizmente somos uma equipa bastante motivada nesse sentido e talvez por sermos de áreas distintas e com interesses particulares, contagiamo-nos uns aos outros e esse intercâmbio constante torna a profissão bem mais alegre e desafiante. Associado a isto, investimos na última geração em tecnologia digital – O Cerec – que engloba o conceito “one visit Dentistry”. O Cerec é o exclusivo sistema CAD/CAM para restaurações, inlays, coroas, entre outros tratamentos que, após ser feita a leitura com câmara intra-oral, esta unidade é trabalhada informaticamente e a informação é transferida para uma super fresadora Cerec que fresa a peça no bloco do material desejado. Numa única consulta, sem impressões, altamente estético e de longa duração. Também utilizamos a tecnologia digital a nível ortodôntico, o sistema INVISALIGN- aparelho removível que permite a correção ortodôntica através de um conjunto de alinhadores praticamente invisíveis de uma forma confortável e eficaz. Devemos apostar na tecnologia, tirar partido do que tem para nos oferecer, mas nunca esquecermos o “resto”. Os nossos olhos, as nossas mãos, a nossa experiência, tudo o “resto” que traduz um verdadeiro ato médico.
Como classificaria a saúde oral dos portugueses na atualidade? Existe uma maior consciencialização sobre a saúde oral ou existe ainda um longo caminho a percorrer?
Penso que embora seja um caminho importante que Portugal tem para percorrer, vai ficando, embora mais lentamente do que todos nós desejaríamos, menos longo. Num passado não muito distante, a saúde oral era completamente negligenciada e em grande parte devido a fatores económicos, mas também muito educacionais. Não devemos esquecer que a saúde oral não é um exclusivo dos dentes, mas também da gengiva e do osso de suporte, bem como dos tecidos moles, língua e lábios. As doenças orais têm um impacto direto para o indivíduo através da dor e desconforto, mas trazem consequências para a saúde em geral e qualidade de vida.
Um estudo independente da School of Business and Economics da Universidade Nova, utilizando dados da EU-SILC, evidencia que Portugal é o segundo país da União Europeia com a maior percentagem de pessoas com mais de 16 anos, que relatam necessidades não satisfeitas em cuidados de saúde oral (17,8 por cento), muito acima da média europeia (7,9 por cento). Segundo o Special Eurobaromenter, os portugueses visitaram o médico dentista no último ano do inquérito, 46 por cento sendo que a média na Europa situa-se nos 57 por cento. Mas a principal diferença é que, em Portugal, a razão pela qual o fizeram foi: 25 por cento em situação de urgência, enquanto os europeus em geral visitam o dentista por razões preventivas, check-up, consulta de rotina ou higiene oral (50 por cento). O cancro oral é o sexto mais comum do mundo e Portugal é o segundo país da Europa com maior taxa de incidência. O diagnóstico tardio, associado claro a fatores de risco contribuem para esses números alarmantes. Mas notamos na nossa prática do dia-a-dia que esta dura realidade tem vindo a melhorar e os portugueses estão mais preocupados com a sua saúde oral. É com enorme prazer e orgulho até, que assisto aos nossos doentes mais jovens, já preocupados, atentos e sensibilizados para a saúde oral dos seus filhos. A prevenção é a chave, e a forma mais eficaz no combate às doenças orais.
E para aqueles que ainda temem uma ida ao dentista, o que tem a dizer?
A ansiedade e o medo associados à nossa consulta continuam a existir, é um facto. Recebemos muitos pacientes com medo e traumas do passado que acabam por transmitir a outros, pelo que considero que a confiança no seu médico dentista é essencial. Penso que perceber que aquele profissional está ali para ajudar é fundamental para ultrapassar estas barreiras. O medo deve ser controlado para não se transformar numa inibição de uma ida ao dentista que ao ser arrastada no tempo, pode transformar-se num problema mais grave. Uma ida ao seu médico dentista a cada seis meses é um requisito fundamental. Ir ao dentista é um momento de saúde!