Na vanguarda da inovação e diversificação

A Mouraplás surge na adversidade e é um exemplo inspirador de adaptação às constantes mudanças que surgem. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o administrador – Carlos Pinheiro – daquela que é uma empresa multifacetada, com uma estrutura coesa, sustentada em antecipar tendências e numa mentalidade de constante adaptação, com uma experiência de mais de 20 anos no comércio por grosso de produtos e artigos de alta rotação.

 

Carlos Pinheiro, Administrador

Sendo a Mouraplás uma empresa que inova constantemente, que novidades é que trouxe ao mercado?

Este ano, a Mouraplás trouxe para o seu mercado produtos take away, bio, na ótica do incentivo à introdução destes produtos nos hotéis, na restauração e no comércio em geral, no entanto, a conjuntura foi-nos adversa nesta área, porque uma grande percentagem destes potencias clientes estiveram encerrados. Temos produtos novos, temos vendas, mas não as suficientes para encararmos esta nossa aposta como uma vitória. Mas, a seu tempo, será uma aposta vencedora.

 

Lançaram alguns produtos que estejam diretamente ligados à pandemia do novo Coronavírus? Se sim, quais?

A Mouraplás, como empresa de produtos diversificados, está qualificada para responder às necessidades dos nossos clientes, por tal, nunca deixamos de fornecer, ainda com limitações, os produtos ligados à prevenção e à luta contra a Covid-19. Primeiro, procuramos soluções no mercado nacional, com a fabricação, pelos nossos parceiros de: batas; aventais; luvas em PEAD; chamadas de palhaço; cobre pés; depois, na importação, como foi o caso das máscaras cirúrgicas e as luvas.

Temos ainda novidades ao nível da nanotecnologia, de produtos de manutenção, limpeza e desinfeção (bactericidas, fungicidas e virucidas), bem como equipamentos purificadores de ar. Damos formação e disponibilizamo-nos para fazer demonstrações.

 

Portanto, estão empenhados em manter a segurança dos vossos clientes, bem como dos vossos colaboradores? E também não descuram do cuidado com o meio-ambiente?

A segurança é importante, tanto para os nossos clientes, como para nós mesmos. Não podemos facilitar. O certo é que hoje, e olhando para trás, estamos mais receosos quanto ao que aí vem. É bom que se saiba que tudo isto é passageiro, mas irão ficar muitas mazelas por resolver, nomeadamente as questões ligadas ao acréscimo das despesas com a prevenção e saúde. Muitas empresas poderão ter de se reinventar ou mesmo fechar e com isso há consequências relativas às famílias e ao emprego.

Conseguimos, durante este período, empregar três pessoas, pese embora a falta efetiva de resultados do trabalho efetuado, mas vem garantir a nossa segurança, uma vez que nos podemos revezar e alternar nas funções. Cada um anda a seu ritmo e não se colca pressão em ninguém. Acho que neste quadro atual é o melhor caminho.

Quanto às questões ambientais, é premente que se pense e se viva o ambiente como nunca. Todos sabemos que temos de reduzir, em muito, os nossos hábitos sectários de consumo frenético; procura-se, na industrialização, o crescimento da faturação e dos números, quando se deveria procurar melhorar outos valores como a educação para o ambiente. Educar as novas gerações para a preservação ambiental e dar-lhes ferramentas para se iniciar uma mudança em força.

Na Mouraplás procuramos, na área dos detergentes, adquirir produtos à base de água e que que não contenham reagentes de formulação agressiva para o ambiente.

Separamos os lixos e colocamo-los à disposição de empresas especializadas, que os levam para a reciclagem e valoração. Também reenviamos para as nossas empresas parceiras esses resíduos, que voltarão ao ciclo de vida útil.

Outros produtos, nomeadamente os transformados de papel, compramo-los no mercado nacional a empresas que também têm as suas práticas ambientais definidas.

Usamos empilhadores elétricos para evitarmos a poluição, quer nas nossas instalações, quer nos produtos que comercializamos.

 

Como ultrapassaram os novos desafios impostos pela pandemia?

As empresas estão também expostas a fatores endógenos e exógenos, tal como as plantas, as pessoas ou animais. Manter a coesão na equipa é importante para funcionarmos como um todo. Foi assim que nos mantivemos até agora. No início da pandemia, instalou-se um pânico social que, transversalmente, afetou e afeta toda a sociedade, contudo, depois do primeiro impacto (das medidas e recomendações da DGS), assumimos uma postura de contensão, de prevenção, evitando ao máximo os riscos e lá fomos servindo os nossos clientes com enfase nas IPSS, clínicas, casas de saúde… de uma forma geral servindo a população à nossa volta. Esta adaptação provocou uma mudança nos nossos horários, reformulamos alguns métodos de trabalho e estamos preparados para mais um dia.

 

O facto de o Carlos ter ficado desempregado, levou-o a criar este empreendimento. Estando nós a atravessar um momento conturbado, em que muitas empresas fecham portas e muitos trabalhadores se vêm numa situação de desemprego ou com o futuro incerto, que mensagem gostaria de deixar, tendo por base o seu exemplo?

Está implícito ao ser humano a não desistência. O nosso organismo é fruto e resultado de uma adaptação constante. Quantos de nós, por necessidades físicas e psicológicas, nos adaptamos (nos mais diversos contextos) sem sequer, muitas das vezes, nos apercebermos de que estamos a aceitar a mudança. Viver em constante adaptação é viver em pleno a vida. Eu acredito e vejo que estamos à beira de uma espécie de flagelo social, sem precedentes; uma das causas e facto de não relativizarmos a vida. Tomamos tudo o que é bom por certo e esquecemo-nos do amanhã.

Muitos de nós esquecem-se que ao fazer algo por nós mesmo, estaremos, também, a fazê-lo “pelo outro”, porque vamos ter de partilhar. Pela partilha (ideias, empreendedorismo, facetas, gritos de alma, inconformismo) encontramos a mudança, catalisada pela vontade e, a partir desse momento, estamos a criar. O ser humano é criador. Por isso, basta termos vontade. Pouco a pouco, dia a dia, quando olharmos para trás, vamos verificar que estamos num presente melhor, num dia melhor, num estádio de vida feliz.

Creio em absoluto que a vontade e a determinação são a essência do vencedor. Nunca desistir. Ao colocarmos as nossas vidas, com espírito de missão, ao serviço da comunidade, estaremos a zelar por todos.

 

 E o que podemos esperar da Mouraplás no futuro?

A ideia de futuro está no compromisso que temos com a vida. Uma empresa é o espelho de toda a equipa, incluindo, os nossos parceiros e a sociedade em geral. Espero, pois, que consigamos ser criadores e que nos adaptemos constantemente as mudanças. Todo o resto virá por acréscimo.

 

E.N. 125 Alfandanga (cruzamento)

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Tel: 289 793 067

www.mouraplas.com

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