Mulheres no Centro do Progresso
No dia 13 de março de 2025, o Taguspark foi palco de um evento de grande relevância para a celebração do Dia Internacional da Mulher, reunindo algumas das figuras mais proeminentes e influentes da sociedade e da economia portuguesa. Sob o tema “Mulheres no Centro do Progresso: Desenvolvimento, Economia e Sustentabilidade”, a conferência destacou a importância do papel feminino na construção de um futuro mais justo, inclusivo e sustentável para todos. Organizado por um grupo de 16 mulheres lideradas por Linda Pereira, uma das Global 100 Leaders, a Conferência visou mudar a narrativa do impacto das mulheres na economia e criar mais visibilidade e reconhecimento de seu impacto.
A abertura do evento contou com a presença de Linda Pereira, Ana Jacinto e Eduardo Correia, anfitriões da conferência, e teve um momento marcante com a intervenção de Linda Pereira, que sublinhou a necessidade de uma transformação contínua nas políticas públicas, reforçando o papel fundamental das mulheres em todas as esferas da sociedade. Mas os mulheres também têm que assumir as suas responsabilidade e quota parte dando passos em frente e exigindo os seus direitos.
Mulheres como Agentes de Transformação Económica
O primeiro painel da manhã, moderado por Alexandre Fonseca, teve como tema “Mulheres como Agentes de Transformação Económica”, e contou com a participação de mulheres de grande impacto, como Filipa Garcia, Ana Teresa Maia, Maria Vilar e Vanda de Jesus. As oradoras partilharam as suas experiências e visões sobre o impacto que as mulheres têm na economia, desafiando preconceitos e barreiras históricas. Ficou claro que o talento não tem género e que as mulheres estão a redefinir o panorama empresarial, cientifico e económico, não apenas como participantes, mas como líderes e agentes de mudança.
A reflexão mais profunda surgiu da constatação de que a presença feminina nos centros de decisão tem um efeito positivo não só na prosperidade das empresas, mas também no desenvolvimento da sociedade como um todo. A igualdade de género é vista, assim, como uma condição necessária para um crescimento económico sustentável e inclusivo.
O segundo painel, moderado por Pedro Matias, abordou o tema da “Educação e Capacitação: Fundamentos para a Igualdade”, com contribuições de Silvia Machado, Susana Viseu, Carina Meireles e Marisa Pais. Durante esta sessão, as intervenientes destacaram a importância de garantir uma educação inclusiva e capacitada para meninas e mulheres, criando uma base sólida para que possam alcançar o seu pleno potencial. A igualdade de oportunidades no acesso ao conhecimento e à formação é considerada uma das chaves para romper com os ciclos de desigualdade e empoderar as futuras gerações.
As discussões focaram-se também no papel da educação na mudança de mentalidades e na promoção da igualdade no mercado de trabalho, em especial nos setores mais dominados por homens. A capacitação contínua das mulheres, tanto em termos acadêmicos como profissionais, surge como um pilar fundamental para acelerar a transformação social.
À tarde, o painel “Liderança para a Sustentabilidade: Um Caminho para o Futuro”, moderado por António Saraiva, trouxe à tona a importância das mulheres no combate às questões ambientais e na promoção de políticas empresariais responsáveis. Isabel Moço, Alexandra de Almeida, Joana Garoupa e Maria Manuel Farinha apresentaram a liderança feminina como um fator essencial na construção de um futuro sustentável. As líderes desta sessão destacaram como as mulheres, ao ocuparem posições de liderança, têm a capacidade de implementar soluções inovadoras e integradoras que priorizam o bem-estar coletivo, a preservação ambiental e a sustentabilidade a longo prazo.
Este painel enfatizou o impacto da liderança feminina na definição de políticas mais equitativas e responsáveis, tanto no contexto empresarial quanto no público, alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.
No último painel da conferência, moderado por Filipe Pereira, o foco foi nas “Políticas Públicas e Alianças Globais para a Igualdade de Género”. As oradoras Carla Mouro, Maria Manuel Marques, Eliana Medeiros e Ana Alves abordaram a importância de políticas públicas que promovam a igualdade de género em diversas áreas, como o trabalho, a saúde, a segurança e a educação. O debate também tocou na necessidade de alianças globais para garantir que os direitos das mulheres sejam protegidos, respeitados e promovidos a nível internacional.
A sessão concluiu com um apelo claro: é imperativo que todos, instituições públicas e privadas, se unam para acelerar a implementação de políticas que favoreçam a igualdade de género e a eliminação de barreiras estruturais.
Na sessão de encerramento, nas vozes de António Saraiva, Isabel Neves e Linda Pereira, foi lançado um forte call to action para que o ano de 2025 seja o ano de transição de palavras para ação. As conferências e painéis demonstraram que as mulheres estão prontas para assumir um papel de liderança na transformação social, económica e política de Portugal. Contudo, para que esta transformação seja real, é necessário agir de forma concreta, não apenas em palavras, mas em políticas públicas, ações empresariais e mudanças culturais.
Portugal precisa de mudar, e as mulheres estão na linha da frente desta mudança. O evento foi um marco, mas a verdadeira transformação dependerá da implementação dos compromissos assumidos e da colaboração contínua entre todos os setores da sociedade. As mulheres estão prontas para acelerar a transformação, e o país, com elas, pode avançar em direção a um futuro mais inclusivo, justo e sustentável.
Este evento foi, assim, um momento crucial para refletir sobre o caminho percorrido e o que ainda falta para garantir que as mulheres não apenas ocupem o centro do progresso, mas que sejam verdadeiras motoras dessa transformação para o bem de todos.