“More than breathing, we want to feel Alive”

Nir Shalom (Co-fundador), Sónia Araújo (Embaixadora da marca) e Elad Dror (CEO)

O Grupo Fortera foi criado em 2014, em Portugal, e rapidamente se tornou num dos nomes de referência no mercado de real estate. Em entrevista à Revista Business Portugal, Elad Dror, CEO da Fortera, falou sobre a construção do edifício mais alto de Portugal e sobre o objetivo de marcar a diferença.

 

Começando por falar sobre o seu percurso pessoal e profissional, gostávamos de saber o que o fez mudar-se para Portugal e o motivo pelo qual considerou que seria o local indicado para viver e trabalhar? Como surgiu a Fortera?

Eu vivi em Espanha, entre 2006 e 2009, e fiz uma viagem a Portugal. Na altura, tinha pequenos negócios, como quiosques em centros comerciais, onde vendia vários produtos, nomeadamente, cosméticos. Quando viajei para Portugal, reparei que nos centros comerciais portugueses ninguém vendia os produtos que eu vendia. Por esse motivo, achei que seria um bom sítio para criar um negócio. Foi ainda, em 2009, que abri alguns quiosques em Portugal. Abri também o meu escritório, na cidade do Porto, e os meus negócios foram evoluindo cada vez mais. Entretanto, fundei outra empresa e comecei a vender acessórios para telemóveis, um negócio que correu bastante bem e que existe até aos dias de hoje, empregando mais de 200 trabalhadores (hoje, a atividade comercial inclui todas as lojas Xiaomi do país, Miniso e, em breve, a nova JV de MAX e Fortera). Em 2014, entrei no mercado de real estate, e considerava que Portugal era o local indicado para iniciar o negócio. Comprei o primeiro terreno e, em conjunto com os meus parceiros, comecei a fazer mais investimentos e a atrair investidores. Foi também, neste ano, que surgiu a Fortera, que começou por ser um negócio mais pequeno, mas foi crescendo e ganhando relevância no mercado. Começámos a investir em operações com maiores dimensões e a evoluir, até aos dias de hoje. Três anos mais tarde, em 2017, mudei-me oficialmente para Portugal, trazendo a minha família comigo.

 

Enquanto CEO da Fortera, quais as linhas orientadoras da sua gestão e que cunho tenta imprimir na sua liderança?

Eu tento criar um ambiente de trabalho dinâmico e inovador. O objetivo é sermos diferentes dos restantes, e considero que deixamos a nossa marca em tudo o que fazemos. Não queremos fazer “mais do mesmo”, porque isso já existe. Tentamos imprimir o nosso cunho em todos os projetos que realizamos. É assim que deve funcionar uma empresa, na minha opinião. Enquanto líder, gosto que todos partilhem as suas ideias e sugestões, porque este é um local onde podem sonhar e criar. Não basta pensar nas coisas, é necessário executá-las, e é isso que fazemos. Penso que é por pensarmos e agirmos desta forma, que conseguimos fazer com que o negócio evoluísse tanto. Todos os projetos desenvolvidos pela Fortera têm uma história por trás. Não nos baseamos só no processo de comprar um terreno, construir um edifício e vendê-lo. Trabalhamos para deixar uma marca e criar impacto naquela área e nas pessoas que lá vivem.

 

De que forma descreveria a equipa que compõe a Fortera e que, de certa forma, garante que a empresa seja considerada um nome de referência na promoção imobiliária em Portugal?

Nós temos pessoas fantásticas na nossa equipa, que nos acompanham e crescem connosco. Eu não gosto de substituir pessoas, gosto de escolher bem quem vai trabalhar comigo, alguém em quem possa confiar, sabendo que trabalha para atingir os mesmos objetivos que eu. A equipa é composta por vários profissionais que são especialistas na área de real estate. Entre eles, estão engenheiros, arquitetos, gerentes de projeto, contabilistas. Os nossos trabalhadores têm muita liberdade para criar e deixar um pouco de si mesmos nos projetos.

 

Um dos projetos que a Fortera planeia construir é o edifício mais alto de Portugal, que irá localizar-se em Vila Nova de Gaia. O que nos pode contar acerca do mesmo?

O edifício será um hotel de cinco estrelas e um conjunto de serviced apartments de luxo e vai ser, certamente, bastante icónico e emblemático. Temos pensado muito acerca deste projeto, nos últimos dois anos, e depositado muito esforço e dedicação para que se concretize e seja excelente. O edifício que vamos construir terá 29 andares e vai contemplar uma área de mais de 54 mil metros quadrados. À volta, vamos ter uma grande “área verde”, onde vai estar um parque público.

O “Skyline” será construído em cinco fases e contempla, ainda, um centro de congressos para mais de 2500 pessoas, uma praça urbana, 300 apartamentos para o segmento médio alto, parque de estacionamento para 700 veículos e escritórios. No telhado, haverá uma “surpresa”, um incrível e transparente skywalk, que as pessoas poderão visitar, o que vai ser, sem dúvida, bastante notável.

Acredito que este projeto vai colocar Vila Nova de Gaia no “mapa” e vai trazer, certamente, muitos visitantes à cidade. É de construções como esta que eu falo, quando digo que quero fazer coisas diferentes das outras empresas no mercado.

 

O Grupo Fortera está a lançar um novo conceito, Alive by Fortera, que representa um investimento inicial de cerca de 115 milhões de euros, com uma previsão de investimento global de 500 milhões em cinco anos e em mil novas habitações. Em que consiste este projeto e que vantagens poderá trazer para as pessoas?

Este conceito é o verdadeiro significado de evolução. Quando olhamos à nossa volta e reparamos nos edifícios e condomínios que já existem em Portugal, percebemos que é “mais do mesmo”, não há vida. Nós fizemos uma pesquisa, há pouco tempo, e concluímos que mais de 80% das pessoas não conhece os seus vizinhos, por exemplo, o que não faz nenhum sentido. As pessoas não consideram os edifícios onde moram, nem os que frequentam, entusiasmantes. Nós queremos mudar essa perspetiva. Com o conceito “Alive”, queremos que as pessoas se sintam vivas nos nossos edifícios. Não basta respirar, é preciso estar vivo.

Espinho One

Pensámos em várias formas para colocar o conceito em prática e percebemos que, para que fosse bem-sucedido, precisamos de ter áreas comuns fantásticas. Um dos exemplos que posso apresentar com esta característica é o Alive Riverside, também em Vila Nova de Gaia, surpreendentemente localizado acima do rio e a 250 m da futura estação do Candal da linha rubi. É um empreendimento onde os imóveis são rentabilizados, através da criação de espaços para trabalhar, para estar com a família, para socializar com os vizinhos, e isso é muito importante. Para além desta versatilidade, está implementado o nosso conceito Alive, em que uma aplicação vai incentivar a interação da comunidade num conjunto de espaços comuns, interiores e exteriores, destinados ao convívio.

O nosso objetivo é conectar as pessoas e, para conseguirmos fazê-lo, baseamo-nos num pilar principal: a app Alive, através da qual se pode interagir com os outros, programar e fazer atividades juntos ou sugerir atividades, entre muitas outras coisas. Há um gestor de atividades na aplicação e, todas as semanas, surgem atividades novas para adultos e para crianças, aulas de ioga, pilates, palestras, atividades ao ar livre…e isto é algo incrível e faz com que as pessoas se sintam entusiasmadas para vir para casa. Acreditamos que a vida se deve basear no entusiasmo e na felicidade. Só vivemos uma vez e temos de desfrutar da vida ao máximo. É isso que queremos proporcionar.

Em breve, vamos também abrir um novo empreendimento em Espinho, o Alive Espinho, também baseado neste conceito, e queremos implementá-lo em todos os edifícios que construirmos e expandir por todo o país, nomeadamente, Lisboa, Maia, Leça, Braga e muito mais. Projetos com vida, onde as pessoas se podem sentir vivas. Felizmente, o mercado está entusiasmado com este conceito e, como resultado, vendemos mais de 50% das unidades da fase 1 em apenas semana.

Espinho Downtown

A empresa foi criada em 2014, com o propósito de se tornar líder no desenvolvimento e gestão imobiliária no mercado português, com especialização em Renovação e Reabilitação. Considera que o objetivo está a ser cumprido? Qual o balanço que faz dos últimos sete anos?

Eu acho que cumprimos o objetivo inicial e alcançámos muito mais do que isso. A Fortera tornou-se um nome de referência no mercado de real estate e temos conseguido concretizar projetos incríveis. Sete anos neste mercado é muito pouco tempo, mas há tantas coisas que se podem fazer neste país e nós somos tão criativos e temos tantas coisas planeadas, que acredito que vamos contribuir para que Portugal seja um sítio mais bonito e atrativo para visitar, trabalhar e viver.

Portanto, para mim, conseguimos alcançar muito mais do que alguma vez esperámos. Nunca pensei que pudéssemos chegar onde estamos hoje. É inacreditável.

 

Sabemos que, até ao momento, os projetos da empresa foram quase todos construídos na zona norte do país, essencialmente no distrito do Porto. Por que motivo escolhem esta localização para o fazer? Pretendem expandir as construções para outras regiões portuguesas?

Fortera Plaza

Há boas oportunidades de negócio em todo o país, mas nós consideramos que é preferível estarmos próximos do projeto, a um nível geográfico, para que o possamos acompanhar e gerir a 100%.

Ainda assim, temos vários planos e coisas programadas para outras zonas do país. Até agora, temos estado muito ativos nas regiões do Porto, Vila Nova de Gaia (onde estamos fortemente investidos e, recentemente, mudámos a nossa sede, após a aquisição do edifício de escritórios VIA GAIA, que passará por uma grande reforma e tornar-se-á o FORTERA PLAZA, um espaço de trabalho inovador), Espinho ( onde temos o nosso 3º e mais significativo empreendimento, o ESPINHO DOWNTOWN, com mais de 40 mil m2 de GCA – Gross Leasable Area)  e Braga, mas estamos a planear algo muito especial e inovador na zona centro do país, um projeto sobre o qual poderemos revelar mais pormenores no final deste ano. E vamos, definitivamente, investir na capital de Portugal, Lisboa, talvez em 2023. Por agora, queremos focar-nos nos projetos que já temos, no norte do país, e em sermos excelentes, criando uma estrutura coesa.

Azul Boutique Hotel

Para terminar, que planos tem em mente para o futuro da Fortera?

A Fortera tem grandes planos para o futuro. Vamos continuar a investir em Portugal e estamos focados em desenvolver os projetos da nossa pipeline, que são muitos, e é algo que vai ser bastante intenso, nos próximos anos. Queremos continuar a marcar a diferença pela nossa capacidade de sermos inovadores e distintos. As pessoas devem ficar atentas, porque vão surgir projetos grandiosos, por parte da Fortera. É com isso que podem contar!

 

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