Mais de 79 mil novos casos de diabetes diagnosticados no último ano

Mais de 79 mil casos de diabetes foram registados no último ano, elevando para quase 880 mil o número de pessoas inscritas nos Centros de Saúde com a doença, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“No último ano foram registados 79 241 novos casos de diabetes, estando inscritas nos Centros de Saúde 879 853 pessoas com diagnóstico da doença”, adiantou a DGS, com base nos dados divulgados do Programa Nacional para a Diabetes (PND) relativos ao período de outubro de 2021 a setembro de 2022.

A DGS reconheceu que, tendo em conta as estimativas da International Diabetes Federation, este número “poderá apontar para a existência de pessoas por diagnosticar”, o que faz com que o PND mantenha como prioridade o diagnóstico precoce, através da avaliação do cálculo de risco da diabetes tipo 2.

Nos Cuidados de Saúde Primários de Portugal continental, entre 2019 e 2021, foram registadas 2 431 050 avaliações de risco de diabetes tipo 2 na população adulta sem a doença, correspondendo a 41 % da população alvo, avançou a Direção-Geral.

Desse total de despistes, cerca de 770 000 apresentaram risco elevado de vir a desenvolver diabetes num prazo de 10 anos, alertou ainda a DGS, ao salientar que essa doença foi a causa de 3,3 % do total de mortes registadas em 2020, um valor ligeiramente mais baixo do que os 3,9 % verificadas em 2016. Cerca de 66 % das mortes por diabetes ocorreram em pessoas com idade igual ou superior a 80 anos.

A DGS indicou ainda que o Programa de Rastreio da Retinopatia Diabética apresentou uma cobertura crescente até 2019, tendo-se verificado uma redução em 2020 devido à pandemia de COVID-19. Segundo o relatório, em 2021, o rastreio do pé diabético nos Centros de Saúde Primários incluiu 62 % das pessoas com diabetes, uma melhoria relativamente a 2020, mas verifica-se ainda a persistência de um número de admissões elevado, com cerca de 2700 pessoas internadas devido a esta complicação da doença. No mesmo ano foram realizadas 2639 amputações em pessoas com diabetes, um valor que a DGS considerou elevado e semelhante ao registado em anos anteriores.

Os dados mais recentes indicam também que mais de 4100 pessoas com diabetes tipo 1 estão em tratamento com sistemas de perfusão subcutânea contínua de insulina (bombas de insulina), cerca de metade crianças e jovens, registando-se um número crescente de pessoas com este tipo de tratamento. “A diabetes custou 418 milhões de euros em 2021 em encargos com antidiabéticos não insulínicos e insulinas, mantendo-se uma evolução crescente em relação a anos anteriores”, referiu a DGS.

Fonte: Agência Lusa

 

Abriu primeiro centro integrado de esclerose múltipla do país

O primeiro Centro de Responsabilidade Integrado de Esclerose Múltipla (CRIEM) do país foi inaugurado no dia 4 de dezembro, no Hospital Santo António dos Capuchos – Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), permitindo aos doentes ter no mesmo espaço todas as valências para o seu tratamento.

Em comunicado, o CHULC explicou que esta estrutura resulta de uma evolução do Centro de Tratamento de Esclerose Múltipla, cujo conhecimento e diferenciação técnica conquistou um posicionamento central no atual contexto português.

O CRIEM funciona em espaço próprio, configurado para garantir uma resposta assistencial em regime de ambulatório ao longo das diversas fases de evolução da doença, integrando num mesmo local as diversas áreas de prestação de cuidados, como a consulta médica de diagnóstico, consulta de enfermagem, consulta farmacêutica, reabilitação neuropsicológica, apoio em psicologia e serviço social.

Esta nova unidade, que constitui o oitavo centro de responsabilidade integrado do CHULC, disponibiliza ainda medicação em hospital de dia, fisioterapia, psicologia de grupo e tratamento pelas especialidades médicas intervenientes.

O CHULC, através de equipa nuclear de neurologistas e enfermeiros dedicados ao tratamento da esclerose múltipla, dá resposta atualmente a uma população de 1300 doentes (o maior número no Serviço Nacional de Saúde), desde a fase de diagnóstico às diversas etapas de evolução da doença.

Fonte: Agência Lusa

 

Dia Mundial do Cancro

O que é?

O Dia Mundial do Cancro (DMC) é uma iniciativa da União Internacional de Controlo do Cancro (UICC), da qual a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) é full member desde 1983.

Criado em 2000, o DMC, que se celebra a 4 de fevereiro, pretende capacitar e unir a população para enfrentar um dos maiores desafios de saúde pública. Consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva, na luta contra o cancro, são o foco do DMC.

Ações conscientes e determinadas, nomeadamente na área da prevenção, permitirão evitar milhões de mortes por cancro. É urgente divulgar a mensagem e proporcionar um acesso igualitário a tratamentos e cuidados de saúde.

Porquê?

A incidência de cancro tende a aumentar em todo o mundo, morrendo anualmente cerca de 10 milhões de pessoas, o equivalente à população de Portugal. Os especialistas estimam que, se nada for feito, em 2030 as mortes por cancro atinjam 13 milhões de pessoas.

No entanto, mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado. Outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado adequadamente. Ao implementar estratégias apropriadas, e recursos para a prevenção, deteção precoce e tratamento, podemos salvar até 3,7 milhões de vidas todos os anos.

Juntos criamos a mudança

Hoje, sabemos mais sobre cancro do que nunca. Por meio do investimento em pesquisa e inovação, testemunhamos avanços extraordinários no conhecimento científico, medicina, diagnóstico e tratamento do cancro. Quanto mais sabemos, mais progresso podemos fazer na redução dos fatores de risco, aumentando a prevenção e melhorando o diagnóstico precoce, o tratamento e os cuidados ao doente.

Apesar destes avanços inspiradores, muitas pessoas encontram barreiras e dificuldades a cada passo, nomeadamente económicas, de educação, geográficas ou mesmo de estatuto social. Mas, estas barreiras não são imutáveis.

Todos os anos, o DMC é a oportunidade para Organizações de todo o mundo se unirem sob uma mesma causa e falarem a uma só voz. São centenas de atividades e eventos em todo o mundo, reunindo comunidades e indivíduos em escolas, empresas, hospitais, mercados, parques, na rua e online. Estas atividades, sublinham a responsabilidade de todos, para a redução do impacto do cancro. Só pessoas unidas fazem a mudança acontecer. Ao aumentar a literacia e a compreensão do público e da política em torno do cancro, reduzimos o medo, aumentamos a compreensão, dissipamos mitos e conceitos erróneos e mudamos comportamentos e atitudes.

No DMC, ações de âmbito local podem ganhar relevância global, porque juntos criamos a mudança.​

Tema 2022- 2024:
​Close the Care Gap – Por cuidados mais justos

Uma campanha de impacto a 3 anos

O DMC é mais do que um dia no calendário. É por isso que a campanha “Por cuidados mais justos” é construída para inspirar mudanças e mobilizar ações, para lá do próprio dia. Uma campanha de vários anos significa maior exposição, mais oportunidades para construir uma consciência global e significa, mais impacto.

O acesso a diagnóstico precoce e a tratamentos oncológicos salvam vidas! Assim, este acesso deve ser igual para todos, independentemente do seu nível de instrução, rendimento ou o local de residência.

O tema “Por cuidados mais justos” visa conscientizar para essa lacuna de equidade que afeta muitas pessoas. A campanha trianual constitui um fio orientador para trabalhar um tema específico a cada ano, constituindo a trilogia: conhecer (2022), agir (2023) e desafiar (2024).

​O 2º ano é a oportunidade para unir vozes e entrar em ação: vamos mobilizar nossos amigos, familiares, colegas e vizinhos, pois sabemos que juntos somos mais fortes. As nossas ações podem assumir diferentes formas: inscrever-me como voluntário da Liga Portuguesa Contra o Cancro, participar no desafio 5k ou sensibilizar para que as escolas garantam refeições saudáveis.

Quem promove o Dia Mundial do Cancro?

O Dia Mundial do Cancro é uma iniciativa da UICC (União Internacional de Controlo do Cancro), a maior e mais antiga organização internacional que se dedica a combater o cancro. Sendo uma rede de cooperação internacional, a UICC é composta por diferentes membros e organizações, tendo representatividade e possibilidade de contribuir em discussões e encontros ao mais alto nível direcionados para políticas de saúde na área da oncologia.

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), fundada em 1941, é uma das mais antigas instituições no espaço europeu na luta contra o cancro. A LPCC é full member da UICC desde 1983, colaborando ativamente no desenvolvimento e implementação de políticas de saúde através de projetos nacionais e internacionais.

O logotipo do Dia Mundial do Cancro expressa a partilha de experiências no que diz respeito às diversas vivências do cancro, representando uma pessoa que abraça o mundo.

 

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