Liderança com empatia

É CEO da empresa Mendes Gonçalves e tem o propósito de marcar a diferença na vida dos outros, pessoal e profissionalmente. Alexandra de Almeida espera agora poder encarar novos desafios que a façam sair da sua zona de conforto e continuar a aproveitar a vida com positividade.

 

Alexandra de Almeida, CEO

Alexandra de Almeida caracteriza-se como uma pessoa dinâmica, curiosa, entusiasta e gosta de encarar todos os desafios que lhe são impostos de forma corajosa, afirmando que acaba por ter uma visão de “problem solver”. Se pudesse escolher uma palavra que a definisse, seria “e se”, porque vive num mundo onde há infinitas possibilidades e oportunidades para inovar. “Acredito que a inovação faz parte do meu ADN”, confessa a CEO da Mendes Gonçalves.

A entrevistada conta que, cada vez mais, “nós somos um”, no sentido em que, apesar de termos o nosso papel, a nível pessoal e profissional, é difícil dissociar os dois, porque estes papéis acabam por se relacionar. Aquilo que mais a motiva, em todos os quadrantes da sua vida, é ter um impacto positivo no próximo, quer nas relações pessoais, como profissionais. Alexandra gosta de sentir que faz a diferença de alguma forma.

No que diz respeito aos valores que a norteiam, a gestora conta que passam pelo respeito e a liberdade e remata dizendo que a sua perspetiva, em relação à forma como vê a vida, foi mudando, ao longo do tempo. “Nós vamos evoluindo, enquanto pessoas. Não somos os mesmos aos 20, 30 ou 40 anos.”

Com mais de 15 anos de experiência em gestão na indústria alimentar, em Portugal, a empresária considera que o trabalho neste sector acarreta uma responsabilidade acrescida, sendo que é um dos sectores que não podem faltar na nossa vida. Por isso, “é preciso ter muito cuidado, não descurar a sustentabilidade na produção, as formas de utilização dos recursos e o impacto que causamos no meio ambiente, o que é o maior desafio desta indústria”, diz Alexandra de Almeida. Para além disto, afirma que é necessário ser competitivo, para que seja possível dar resposta às economias mundiais.

Ainda a respeito da responsabilidade social das empresas da indústria alimentar, na questão da sustentabilidade, a CEO acredita que, atualmente, entre os stakeholders e a indústria, tem de haver uma visão de “win, win, win”, ou seja, para além dos stakeholders “ganharem”, também o ecossistema e o planeta em que estamos inseridos, tem de ser preservado. “A sustentabilidade de um único organismo, por si só, não é sustentável”, justifica.

Enquanto líder, a constante formação e a atenção ao que se passa à sua volta são aspetos cruciais e que podem fazer a diferença numa boa liderança. “Um líder que não consiga aperceber-se das suas limitações e pontos a melhorar, entra no mercado com uma visão enviesada”, explica Alexandra, acrescentando que “temos de evoluir e estar informados acerca de novas técnicas e tecnologias, adquirindo novas capacidades e, assim, causar impacto nas organizações em que nos inserimos”. Para a mesma, os líderes da atualidade têm desafios nunca antes vistos e são postos à prova perante situações que estão fora do seu controlo, mas que têm influência nos seus negócios, como a guerra e a pandemia, por exemplo.

Hoje, a empresária da Mendes Gonçalves tem uma voz ativa na sociedade e no mundo empresarial, algo que justifica pelo facto de liderar com empatia, tendo em consideração as pessoas que trabalham consigo. É a favor da “humanização na liderança”, o que consiste em perceber como é que os pontos fortes de cada pessoa podem ser uma mais-valia para a empresa, mantendo a realização e felicidade de cada colaborador.

O desejo para 2023 será que o mundo chegue ao final do ano completamente recuperado da conjuntura em que vive atualmente, o que será muito positivo, “depois de três anos de resiliência”.

You may also like...