Hugo Teixeira um apaixonado pelas motos

Desde cedo apaixonado pelas motas, Hugo Teixeira tem vindo a traçar o seu próprio caminho no Campeonato Nacional de Enduro e Super Enduro. A Revista Business Portugal teve o gosto de estar à conversa com Hugo que nos contou todos os desafios que tem enfrentado ao longo da sua carreira e, ainda, nos apresentou os patrocínios que tornam todo o seu percurso possível.

 

Hugo Teixeira

 

 

Hugo é piloto no Campeonato de Enduro e Super Enduro, campeonatos estes que sempre sonhou estar presente e ser um dos pilotos de referência em Portugal. O Enduro é a modalidade de Motociclismo, praticada em pistas maioritariamente de todo o terreno. A maior parte dos eventos, são provas de regularidade, ou seja, cada piloto deve cumprir o trajeto da prova num tempo previamente designado e com três especiais cronometradas ao longo de cada volta ao percurso. A prova de Super Enduro é um evento que se desenrola num recinto fechado, utilizando motos de enduro num percurso com obstáculos, elementos naturais e artificiais como pedras, troncos, água, lenha, terra, areia, similares aos que se encontram numa prova de Enduro, mas estrategicamente colocados, de forma a dificultar o percurso. Desde sempre, Hugo revelou-se um apaixonado por motas: “Sempre gostei de motas, carros, sempre estive ligado ao ramo automóvel. Desde os três anos de idade que pedia uma mota ao meu pai”. O simples barulho de uma mota a passar na estrada despertava a total atenção de Hugo, “quando estava em casa e ouvia uma mota na estrada, ia a correr para a janela para a ver”, conta entusiasmado.

Aos dez anos de idade, o pai de Hugo deu-lhe a sua primeira mota, mas decidiu impor uma condição: “O meu pai dizia-me que se tirasse boas notas que me dava uma mota e, sem dúvida, que isso foi um incentivo, pois era algo que eu queria mesmo muito. Aos dez anos deu-me a minha primeira mota, uma moto 4, que por minha vontade andava nela todos os dias”, lembra.

 

 

 

Contudo, foi aos 16 anos que Hugo experimentou, pela primeira vez, uma mota de duas rodas: “Foi a primeira vez que subi a uma mota de duas rodas, percebi logo que afinal o meu caminho passava por aqui e não era o que tinha”. Apesar da paixão, os treinos, no início, eram um desafio, “sentia dificuldade em arranjar com quem andar, era uma responsabilidade grande ir com uma criança andar de mota para o monte, tinha de ter companhia, não podia ir sozinho. No entanto, fui conhecendo pessoas e progredindo de ano a ano. Em 2019 senti que já estava a começar a ter um nível de pilotagem melhor e percebi que seria a altura certa para ir atrás do sonho de participar no campeonato nacional de enduro. Era algo que os meus pais não queriam, no entanto fui em busca de patrocínios e nesse mesmo ano fiz o meu primeiro ano de corridas na classe Hobby”. Hugo fez sozinho um portfólio desportivo: “Comecei sem saber bem o que fazer, fiz um portfólio e comecei a enviar para as empresas. E foi a partir daí que consegui o primeiro apoio”. As corridas entraram para a vida do piloto em 2019 “os meus pais tinham medo, principalmente a minha mãe, mas mesmo assim arrisquei e parti à procura de apoios”.

Hugo demonstra-se muito grato a todos os patrocínios que o apoiam, apesar de ter recebido muitos ‘nãos’, não esquece a primeira porta que lhe foi aberta. Foi a Pincelaria Universal a primeira a acreditar no processo de Hugo. Num desporto como o Motociclismo, os patrocinadores são cruciais “o meu esforço é muito por eles, acreditam em mim, devo-lhes o meu empenho e determinação”, refere o piloto, fazendo questão de enumerar todos os seus patrocinadores. “Sou muito grato à Pincelaria Universal, ao Carvadino Construções, ao Reizinho & Silva, à Modiflex, ao Snopão, ao Nf Design, ao ST Papelarias, Rui e Sousa Peças, à Auto Eugénio Teixeira, Santa Cera, Glass_media, à JGP Consulting, ao Restaurante Panela Velha, Móveis D’Arte, XTRB, BB Racing e JJ Pinto (JJP). Este sonho só é possível devido a todos eles, graças aos apoios obtidos, já consegui uma melhoria significativa de condições”, ressalva o nosso entrevistado.

 

 

 

 

Ser piloto não é o único sonho de Hugo, ambicionava ser engenheiro mecânico, sonho realizado ao concluir a Licenciatura e Mestrado no ano curricular de 2022/2023. Mas a questão é, como é possível conciliar os estudos com a prática deste desporto? “Um dos meus grandes desafios passou por aí, ter de gerir o tempo entre  as aulas e os treinos, foi um bocadinho complicado, mas consegui. Este ano ingressei no mercado de trabalho, pensava que tudo se ia tornar mais fácil, mas infelizmente não tem sido assim. O ano passado atingi os meus melhores resultados, terminei o campeonato em 3º na classe Verdes 2 e 4º à geral de verdes. Ao contrário do esperado, este ano não estou a conseguir atingir os objetivos. Comecei o ano super motivado, mas devido a um problema mecânico na primeira prova do campeonato que me impossibilitou chegar ao fim e uma intervenção cirúrgica não estou a atingir o esperado, mas o facto de ter os meus patrocinadores que continuam a acreditar em mim, faz-me ter força para avançar e continuar, principalmente a Pincelaria Universal, que sempre acreditou em mim, então sinto que merecem o melhor de mim”, sublinha.

Para o futuro, Hugo ambiciona continuar envolvido no mundo das motas “até não poder mais, até ser mesmo velhinho, ou não aguentar fisicamente. Espero que isto continue mesmo para sempre, não me imagino a deixar, foi algo que sempre ambicionei, e agora que o consegui, não me vejo a não fazer corridas. Quando tenho uma prova passo os dias a contá-los até chegar o grande dia”.

O nosso entrevistado tem como maior ambição ganhar as provas que estão por vir e não esconde a sua paixão: “O meu objetivo é honrar os meus patrocinadores, o compromisso comigo próprio, superar-me prova após prova e ganhar”.

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