Higiene Oral

Para que mantenha uma boa higiene oral, é necessário que adquira alguns conhecimentos e competências. Actualmente, essa aprendizagem é potenciada na infância e adolescência, mas, como em tudo, nunca é tarde para aprender.

 Para manter uma boa saúde oral, há algumas regras basilares a seguir:

  1. Escovar os dentes depois das refeições principais e antes de dormir. Só com uma escovagem eficaz é que se consegue remover a placa bacteriana. Os dentes devem ser escovados durante 2 a 3 minutos. Esta prática deve iniciar-se logo que os dentes erupcionem. É essencial que o dentífrico tenha flúor na sua composição (1000-1500 ppm). A escovagem dos dentes com um dentífrico fluoretado remove a placa bacteriana e promove a remineralização dos dentes, tornando-os mais resistentes. Até aos 6 anos, deve colocar-se na escova uma porção de dentífrico semelhante ao tamanho da unha do dedo “mindinho” do bebé ou da criança.

A partir dos 6 anos, é suficiente usar cerca de 1 cm de dentífrico, por cada escovagem dos dentes. Quanto à escova dos dentes, o tamanho deve ser adequado à boca de quem a utiliza. A textura deve ser macia ou média e quando os pêlos começam a ficar deformados, a escova deve ser substituída (normalmente de 3 em 3 meses). A escova de dentes é um objecto pessoal e intransmissível.

  1. Passar o fio dentário uma vez por dia. Esta prática ajuda a remover a placa bacteriana que se acumula nos espaços entre os dentes, onde a escova de dentes não chega, prevenindo, assim, o aparecimento da cárie dentária e das doenças periodontais. As crianças devem começar a usar fio dentário quando tiverem destreza manual para o fazer (normalmente a partir dos 8 anos de idade).
  2. Usar elixires. Para tornar os dentes mais resistentes e prevenir o aparecimento e o desenvolvimento da cárie dentária.
  3. Fazer uma alimentação saudável (evi- tando doces entre as refeições e consumindo alimentos com fibras).
  4. Consultar o Médico Dentista e/ou Higienista Oral, duas vezes por ano.

 

As principais doenças e alterações orais provocadas por uma higiene oral deficitária são: a Cárie Dentária, a Gengivite, a Periodontite e a Halitose.

A placa bacteriana é constituída por micróbios (bactérias) e componentes da saliva que aderem fortemente aos dentes, condição que lhe permite resistir às forças de autolimpeza fisiológica, relacionadas com os movimentos da língua e das bochechas.

A cárie dentária é uma doença localizada e com origem nas bactérias. Estas bactérias, a partir dos açúcares dos alimentos, produzem ácidos que provocam uma perda dos minerais do dente, formando-se com o tempo uma cavidade no mesmo.

Gengivas avermelhadas, inchadas e a sangrar facilmente, são sinais de gengivite. A periodontite é a inflamação e destruição dos tecidos que suportam os dentes na boca. Há uma perda do osso e alteração das gengivas, ficando os dentes com mobilidade e “descarnados”. Estas doenças podem provocar uma entrada das bactérias para o sangue, ameaçando todo o organismo (afecções nos olhos, coração, ossos, tubo digestivo, rins, pulmões, gânglios, articulações).

A Halitose, ou mau hálito, pode tornar-se um problema preocupante, por dificultar as relações interpessoais ou diminuir a autoestima. O primeiro passo para eliminar ou minorar a Halitose, passa por ter uma boa higiene oral, limpar a língua com a escova ou limpadores próprios e, antes de dormir, bochechar com elixires.

Os portadores de prótese dentária, devem lavá-la sempre e após as refeições e mergulhá-la uma vez por semana em soluções desinfetantes.

Deve beber muita água durante o dia, principalmente se sentir a boca seca. Estimular as glândulas salivares com pastilhas elásticas e rebuçados sem açúcar também ajuda. É importante fazer uma alimenta- ção rica em alimentos fibrosos, pois a alimentação é a melhor forma de estimular as glândulas salivares.

O tabaco e o álcool são agentes a evitar, pois além de secarem a boca, são grandes promotores de halitose. Se tem uma boa higiene oral e a halitose persiste, deve consultar o médico.

 

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