Fazer mais e melhor por Miranda do Douro
Helena Barril é a primeira mulher a assumir a presidência da Câmara Municipal de Miranda do Douro, depois de ter obtido um resultado bastante expressivo e revelador de uma vontade inequívoca de mudança. Em entrevista, a autarca salienta que pretende fazer mais e melhor, assumindo como mote, a defesa intransigente dos interesses de todo o povo de Miranda.
O voto de confiança expressado pelos mirandeses dá-lhe mais motivação para fazer mais e melhor pela terra de onde é natural e reside? Quais são as prioridades estratégicas assumidas para este mandato?
O resultado das últimas eleições autárquicas não deixou qualquer margem para dúvidas, consequentemente, houve uma manifestação de vontades inequívoca para a mudança. O sentimento de mudança esteve implícito desde que estivemos no terreno, desde o primeiro dia. Nós próprios acreditámos e fomos transmitindo esse querer às pessoas e as pessoas retribuíram a crença no nosso projeto, nas nossas ideias inovadoras, nos nossos projetos para melhorar o nosso concelho, tendo corrido às urnas e tendo expressado clara e inequivocamente as suas vontades. O grande objetivo da nossa candidatura foi o de fazer mais e melhor pelo povo de Miranda, tendo sido para isso eleitos e tendo como mote o da defesa intransigente dos interesses de todo o povo de Miranda. Vamos apostar na melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes do concelho. Vamos ainda apostar em áreas como a agricultura, silvicultura, tratamento de águas, construção de um novo pulmão verde por todo o concelho, nomeadamente em áreas ardidas, aposta forte na habitação social, com um forte investimento de seis milhões de euros pagos a 100% por fundos comunitários, avançar com a construção de zonas industriais e ainda a construção de um novo Matadouro.
Olhar para as relações transfronteiriças e promover parcerias com cidades da vizinha Espanha, para fomentar laços comerciais, empresariais, culturais e sociais são pontos importantes para revitalizar e recolocar o concelho na rota da prosperidade?
As parcerias transfronteiriças são para manter e para fazer crescer, sem qualquer margem para dúvidas. Somos um território, ao nível do comércio local, muito dependente dos nossos vizinhos espanhóis, por isso, não temos margem para falhar nas relações que se venham a estabelecer.
Uma das bandeiras assumidas é o regresso do ensino superior que, noutros tempos, imprimiu grande dinâmica ao concelho, bem como uma aposta forte na cultura e no turismo. Estes são pilares essenciais de uma marca diferenciadora e cada vez mais próxima das pessoas?
O ensino superior vai regressar a Miranda, através da UTAD, mas não nos mesmos moldes que se concretizaram há uns anos a esta parte. Está em execução a obra do centro de genética na aldeia de Malhadas e, queremos, sim, uma vez concluído esse projeto, criar parcerias com várias universidades, quer em Portugal, quer em Espanha, numa tentativa de criar a partir desse Centro de Genética um Pólo de Desenvolvimento no nosso território. Relativamente à Cultura e ao Turismo, são dois sectores que caminham a par, ou numa quase relação de dependência, apenas temos de fazer acontecer, temos vários projetos que, em breve e se a pandemia deixar, sairão do papel e serão concretizados. Temos de dinamizar o nosso concelho para conseguir atrair turistas, investidores e novos residentes.
Fazer acontecer eventos, a promoção dos mesmos, divulgar o nosso território, pegar nos nossos elementos culturais diferenciadores, desde a nossa língua mirandesa, aos Pauliteiros de Miranda, à gastronomia, às raças autóctones, a nossa paisagem e trabalhar para conseguir projetar a imagem do nosso município, a nível nacional e internacional, não apenas na nossa zona envolvente. Temos idiossincrasias únicas e vamos apostar nesses fatores para atrair pessoas.
Aos leitores deixo uma palavra amiga, tenho esperança que nos visitem, venham conhecer este magnífico concelho, venham sentir Miranda do Douro, venham ao encontro deste Reino Maravilhoso.